“A Paz Perpetua” volta em nova temporada
Após uma temporada de grande sucesso, consagrada pela indicação ao 29° prêmio Shell de Teatro na categoria de melhor direção, Aderbal Freire-Filho retorna em janeiro, no Teatro Dulcina.
Com uma montagem inédita do premiado dramaturgo espanhol Juan Mayorga, “A Paz Perpétua” é uma fábula teatral protagonizada por cachorros: Odin (João Velho), Emanuel (Kadu Garcia) e John-John (José Loreto/Manoel Madeira), que disputam através de um misterioso processo seletivo liderado pelo cão Cassius (Alex Nader) e pelo Humano (Gillray Coutinho) a prestigiada “coleira branca”, que só é dada à elite canina de combate ao antiterrorismo.
‘A Paz Perpétua’ teve tradução do próprio Aderbal, que se apaixonou pelo texto e decidiu montá-lo.
“Esse texto me desnorteou quando li, antes de começar a traduzir. A dimensão de cruel humanidade dos cães, os valores em discussão, tudo isso é muito assustador na peça. Depois, à medida que traduzia, que entrava nos labirintos e complexidades do texto, fui sendo arrebatado. Quando terminei a tradução já estava certo de que queria completar o serviço: isto é, encenar a peça’’, conta Aderbal.
Os personagens são cachorros (à exceção de um, o Humano) e, em cena, os atores não tentam esconder os homens, mas, pelo contrário, a construção se dá a partir deles.
Sobre Juan Mayorga
Filósofo e matemático, ampliou seus estudos em Münster, Berlin e Paris. É autor de mais de 50 obras, entre as quais se destacam Siete Hombres Buenos (1989), Cartas de Amor a Stalin (1997), El Cartógrafo (2009), El Arte de la Entrevista (2014) e El Golem (2015). Sua obra ultrapassou as barreiras nacionais, tendo sido traduzida e montada nos principais teatros do mundo. Ganhou, entre outros, o Prêmio Nacional de Teatro, em 2007; o Prêmio Valle-Inclán, em 2009; o Prêmio Cares, em 2013; o Prêmio La Barraca, em 2013; o Prêmio Max de Melhor Autor, em 2006, 2008 e 2009, e Melhor Adaptação, em 2008 e 2013; e o Prêmio Nacional de Literatura Dramática, em 2013.
Sobre Aderbal Freiro-Filho
Diretor, ator e dramaturgo, criou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (1989-2003) e foi membro do Conselho Diretor do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádiz, Espanha. Coordenou a comissão que criou o Curso de Direção Teatral, da Escola de Comunicação da UFRJ. Escreveu as peças Lampião, rei diabo do Brasil (1991); No verão de 1996 (1996); Xambudo (1998); Isabel (2000) e Depois do filme (2011). Entre suas traduções e adaptações publicadas ou encenadas estão Turandot ou Congresso dos Intelectuais(1993) de Brecht; Luzes de Boemia (2000), de Valle-Inclán; Casa de Boneca (2001), de Ibsen; Hamlet (2008) e Macbeth (2010), de Shakespeare, e Na Selva da Cidade (2011), de Brecht. Dentre os prêmios que recebeu estão o Prêmio Molière, em 1981; o Golfinho de Ouro, em 1984; o Prêmio Shell na categoria Especial, em 1992; o Prêmio Shell na categoria Direção, em 2002, 2003 e 2013, e o Prêmio APTR, em 2006.
O espetáculo estreia dia 13 e janeiro no Teatro Dulcina no Rio de Janeiro, confira outras informações em nossa agenda.
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Por André Lamare
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