Série da HBO estreia em meio a polêmicas
A polêmica série da HBO “The Idol”, produzida por Abel Tesfeye (The Weeknd), estrelada por ele e por Lily-Rose Depp e dirigida por Sam Levinson estreou no dia 4 de junho e disponibiliza um novo episódio a cada domingo.
A história acompanha a estrela pop Jocelyn, interpretada por Lily-Rose Depp, que enfrenta as consequências de um colapso nervoso desencadeado pela perda de sua mãe. Após interromper sua turnê, ela tenta retornar aos holofotes com uma personalidade mais madura e sedutora.
Abel Tesfaye (The Weeknd), desempenha o papel de Tedros, um misterioso produtor musical e dono de uma boate. O envolvimento entre os dois personagens promete trazer complicações para Joss (Jocelyn), enquanto sua equipe trabalha incansavelmente em sua carreira sem saber do relacionamento.
É evidente que os dois primeiros episódios seguem uma fórmula semelhante, dividindo-se em duas partes: a boa e a ruim.
A primeira metade dos episódios destaca o lado positivo, focando na jornada de Joss e em sua luta para lidar com o luto e a pressão da indústria, mesmo demonstrando teimosia em certas situações.
A parte ruim mostra tudo que envolve The Weeknd com sua atuação rasa, além das cenas exageradamente explícitas que mostram a marca registrada do diretor Sam Levinson.
Cenas que fazem apologia a abuso além de serem extremamente desconexas com o resto da narrativa apenas provam que o diretor é obcecado por expor corpos femininos por trás de um discurso libertário e progressista.
Embora seja compreensível que cenas sensuais frequentemente apareçam em produções audiovisuais, não faz sentido focar quase metade dos episódios em torno disso e ainda fazer de forma contraditória.
Mas a série não tinha muito para onde fugir já que as polêmicas começaram ainda nas gravações.
Polêmicas nos bastidores
Em abril de 2022, a diretora Amy Seimetz deixou a produção com cerca de 80% da série já pronta. Sam Levinson assumiu o controle e, de acordo com a HBO, a série passaria por uma grande revisão criativa e ajustaria o elenco e a equipe. The Weeknd também afirmou em entrevista que “The Idol” estava com uma perspectiva muito feminina, e apoiou as mudanças para ter mais tempo de tela.
A revista Rolling Stone publicou uma matéria em março de 2023 após ouvir 13 fontes que trabalhavam na produção e disseram que a obra “saiu dos trilhos de uma maneira selvagem e repugnante”. As fontes também afirmaram que a produção foi caótica, cheia de roteiros incompletos e cenas refeitas.
Essas fontes contaram sobre duas cenas que foram escritas mas não chegaram ao set. Em uma, Tedros bate no rosto de Jocelyn, que pede para ser espancada novamente. Em outra, Jocelyn precisa carregar um ovo em suas partes íntimas sem deixar cair ou quebrar.
A série foi chamada de “pornografia de tortura sexual” pelos ex-funcionários.
De qualquer forma, é inegável que “The Idol” tem dois pontos fortes: a trilha sonora e a fotografia. E não poderia ser diferente, já que conta com The Weeknd, um dos maiores artistas da atualidade, e Sam Levinson, que já fez um excelente trabalho com a fotografia de Euphoria.
De qualquer forma, importante ressaltar que até o momento de publicação deste texto só estavam disponíveis os dois primeiros episódios.
Com a atuação sólida de Lily-Rose Depp, existe uma pequena chance da série dar a volta por cima e entregar algo melhor. É uma pena que tanto recurso e um bom roteiro tenham ido para a mão de um diretor controverso.
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.
Amei a matéria