Confira o que rolou de melhor nos dias dedicados ao trap e ao rock no The Town
A Woo! Magazine está no The Town 2025! E o primeiro final de semana do evento, que teve trap no sábado e muito rock no domingo, brindou o público com grandes shows, provando a capacidade do festival em abraçar os mais diversos gêneros musicais. A seguir você confere a nossa seleção dos 10 melhores apresentações dessa primeira etapa do festival:
A Consolidação do Trap no Cenário Musical do Brasil
O The Town iniciou as atividades no sábado, 6, com um dia dedicado ao funk, rap e, principalmente, ao trap, versão mais arrastada e autotunada do rap, que conquistou os jovens brasileiros. Nem mesmo o frio e a garoa foram suficientes para diminuir o ânimo do público. Tanto que o show de Don Toliver precisou ser interrompido por 20 minutos motivos de segurança, já que o público pressionou a grade à frente do palco. Confira os 5 melhores shows do dia:
5. MC Cabelinho

Ainda que as interações com o público tenham sido um pouco exageradas, Cabelinho trouxe suas músicas mais emblemáticas, contendo a essência do trap nacional e ainda arriscou alguns covers ousados. Faixas como “Né Segredo”, “Loucura”, “X1” e “Só Rock 3”, agitaram a galera e após a faixa “Rastafari”, surpreendeu o público com um cover bem executado de “Céu Azul”, sucesso da banda Charlie Brown Jr., e ainda arriscou alguns versos do clássico “Metamorfose Ambulante” de Raul Seixas. Ninguém ficou parado.
4. Travis Scott
Maior foi expoente do trap mundial, Travis Scott se garantiu na sua enorme base de fãs no Brasil. Pode não ter sido o terremoto de magnitude 7 que estávamos esperando, mas com certeza sacudiu os fãs no The Town, trazendo toda a sua já conhecida estrutura de palco com amplos telões e espetáculos pirotécnicos. Em um show curto, mas de tirar o fôlego, os artista incluiu seus maiores sucessos, como “Goosebumps”, “I Know”, a balada “My Eyes” e, é claro, “Fein”, tocada 3 vezes.
3. Burna Boy
Não muito conhecido no Brasil, o artista nigeriano conquistou o público com seu carisma, beleza e um afrobeat contagiante, que botou todo mundo para pular e dançar. A presença de palco do artista teve seu ápice em músicas de colaboração com outros artistas, como “For my hand”, do repertório de Ed Sheeran e seu o hit “Last Last”, na qual se alterna entre dois idiomas, o inglês e o iorubá. Quem não conhecia, com certeza se apaixonou.
2. Matuê

Mais uma vez, Matuê deu uma mostra de como se tornou um dos maiores nomes do trap nacional. Em constante evolução, o artista não só fez um grande show, mas trouxe uma estética de palco original e primorosos arranjos “trap rock” para a apresentação. No setlist, enfileirou sucessos, como “Luxúria”, “Honey Babe”, “Mantém” e “Vampiro”, estas duas últimas com o trapper WIU, que faz parte do selo 30PRAUM, lançado por Matuê. Além de WIU, Teto e Brandão também representados pelo selo, fizeram participações no show.
1. Lauryn Hill, YG e Zion Marley

Quem esperava um setlist inteiramente baseado inteiramente na obra prima “The Miseducation of Lauryn Hill” pode ter se decepcionado. Mas quem conhece a artista e sabe da sua capacidade de se reinventar, testemunhou um show histórico. Na companhia dos filhos YG e Zion Marley na maior parte do tempo, a artista despejou toda sua potência vocal e arranjos primorosos. No setlist, grandes sucessos como “Everything is Everything”, Lost Ones”, “Ex-Factor” e “When it Hurts só Bad” e “To Zion”. Ao final do show fez a plateia vibrar ao convidar Wyclef Jam, parceiro da época dos Fugees para cantas os sucessos do grupo “How Many Mics”, “Killing Me Softly With His Song” e “Fu-Gee-La”. Um show que conectou diferentes gerações e colocou todo mundo para dançar.
O (Punk) Rock está muito vivo
Domingo foi o único dia do festival inteiramente dedicado ao rock, com ênfase no punk rock, subgênero que atravessou diferentes gerações e teve representantes de várias épocas. Supla e Inocentes fizeram uma ode ao punk nacional dos anos 1980, enquanto Iggy Pop segue desafiando o tempo e as bandas Bad Religion e Green Day, esbanjaram carisma e competência trazendo a nostalgia dos anos 1990, quando estouraram nas paradas e o rock ainda era mainstream. Estes foram os 5 melhores shows do dia:
5. Supla + Inocentes

Pioneiros do punk rock nacional, na ativa desde os anos 1980, Supla e Inocentes fizeram um grande show no palco The One. Inocentes subiu ao palco primeiro, abrindo o show com “Rotina”, de 1985, em que Clemente bradou “CHEGA DE ESCALA 6 POR 1!”. As faixas “Expresso Oriente” e “Pátria Amada” seguiram com a força do discurso político que sempre permeou a obra do grupo. O cover de “I Fought the Law” trouxe Supla ao palco, agora sim, dividindo os vocais com Clemente. A partir daí, o “Papito” com sua banda, o Punks de Boutique tocou as faixas “Charada Brasileiro”, “Green Hair (Japa Girl)” e uma mpusica nova do album “Nada Foi Em Vão”. A apresentação teve ainda um surpreendente cover de “As It Was” de Harry Styles. Uma verdadeira celebração do punk rock paulistano.
4. Bad Religion
Substituindo a banda Sex Pistols no lineup, os veteranos do Bad Religion entregaram um show de energia e memória do gênero. O setlist foi uma verdadeira celebração aos mais de 40 anos de trajetória da banda, abrindo com “Recipe of Hate”, sem deixar de fora os clássicos “You”, “21st Century”, “Infected”, “Sorrow”, “I Want to Conquer The World” e “Generator”. E encerraram um show primoroso com o hino “American Jesus”. Com bom humor, o frontman Greg Graffin saudou o público em português e ainda brincou com o chamado repentino para entrar no festival.
3. Bruce Dickinson
Aos 67 anos Bruce Dickinson mantém a voz impecável e uma energia de dar inveja a qualquer garoto. A apresentação teve como foco a divulgação de seu novo álbum “Mandrake Project” (primeiro trabalho solo em quase 20 anos), mas não esqueceu de músicas mais antigas e sucessos recentes da carreira. O setlist incluiu clássicos como “Accident of Birth”, “Tears of the Dragon” (uma de suas músicas mais ouvidas no Brasil) e até duas músicas do Iron Maiden, “Revelations” e “Flash of the Blade”. Ao final do show, o artista provou que não precisa ser o frontman de uma grande banda para fazer música boa.
2. Green Day

A escolha do Green Day para encerrar o dia dedicado ao punk rock no The Town foi muito acertada. Reunindo diferentes gerações de fãs, desde os que vivenciaram o auge da banda nos anos 90 até jovens atuais, a banda esbanjou carisma e mostrou como se faz um show para festival. A performance seguiu roteiro parecido com o do Rock in Rio 2022, começando com “American Idiot” e incluindo discursos políticos característicos do vocalista Billy Joe Armstrong. Estiveram presentes no set grandes hits como como “Minority”, “Basket Case” e “Wake Me Up When September Ends”, além algumas faixas do álbum mais recente “Savior”. O encerramento foi poético, com Armstrong sozinho no violão tocando “Good Riddance (Time of Your Life)”.
1. Iggy Pop

Histórico, é a melhor definição para o show de Iggy Pop no The Town 2025, encerrando o palco The One no domingo. Aos 78 anos, a lenda viva do punk rock apresentou um espetáculo irretocável de um dos precursores do movimento punk, sem camisa e com atitude rebelde, embora mais contido que no passado. O show começou pontualmente às 21h55 com “TV Eye” e incluiu clássicos como “Raw Power”, “The Passenger” e “Lust For Life”. O repertório foi executado quase como um medley, passando por toda a carreira do artista. Após seis décadas em ação, o carisma e a irreverência de Iggy permanecem magnéticos. Um verdadeiro privilégio para os fãs do gênero.
O The Town 2025 terá mais um fim de semana de shows pela frente e você acompanha tudo por aqui!
Imagem Destacada: Divulgação/The Town
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