Cantora fechará último dia do The Town 2025

Em contagem regressiva para o The Town 2025, os fãs de música pop já têm motivos de sobra para se animar: Katy Perry, uma das maiores estrelas da indústria, promete um show histórico no festival. Conhecida por sua energia contagiante e por transformar o palco em um verdadeiro espetáculo, a cantora norte-americana não conquista apenas pelo repertório de hits, mas também por uma trajetória cheia de detalhes curiosos que surpreendem até seus admiradores mais fiéis. Reunimos algumas dessas curiosidades para você chegar ao festival sabendo ainda mais sobre a diva do pop.

Da criação rígida à música pop

Quem vê seu sua presença na mídia talvez nem imagine que Katy Perry teve um começo bem diferente, mas comum a alguns outros astros pop. Katheryn Elizabeth Hudson foi criada em um lar bastante conservador e começou a carreira como cantora gospel, tanto que seu álbum de estreia, “Kate Hudson” (2001) é um disco cristão. Ela lá comentou em algumas oportunidades que hoje tem uma boa relação com os pais, mas afirma que não teve uma infância, e a criação restritiva a proibia de ouvir música secular.

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De lá até o lançamento de seu segundo álbum, “One of the Boys”, em 2008, muita água rolou. Ela mudou-se para Los Angeles com 17 anos, assinou com uma gravadora antes da Capitol Records, fez backing vocal pro Mick Jagger, e até apareceu em trilha de filme. A mudança de nome? Ela adotou o nome artístico a partir do nome de solteira de sua mãe para evitar ser confundida com a cantatriz Kate Hudson.

Dona de hits também de outras cantoras

Durante sua transição para a música pop, Katy teve um grande boom criativo e chegou a compor mais de cem canções, contudo, mesmo arquivando para projetos futuros, não daria para certamente para lançá-los como trabalhos solo, razão pelo qual algumas das faixas foram passadas para frente. É o caso de Kelly Clarkson, que ficou com “I Do Not Hook Up” e “Long Shot”, Selena Gomez, com “Rock God” e “That’s More Like It”, e Ashley Tisdale com “Love is a Train”.

Esse início de carreira não foi a única ocasião em que isso ocorreu. Katy também colaborou com outros artistas, como uma canção feita para Nicki Minaj para o ‘The PinkPrint’ (2014), “Get on Your Knees”, além de ter repassado “Black Widow” para Iggy Azalea, que se tornou single de seu álbum de estreia e um dos hits mais lembrados entre seus fãs; originalmente, a canção deveria integrar o álbum ‘Prism’, de Katy.

A relação com a comunidade LGBT

É provável que o leitor se lembre de “Ur So Gay”, que fez um burburinho médio nas paradas de sucesso e já à época gerou críticas por parte do próprio movimento LGBT pela letra que estereotipava a masculinidade e estigmatizava homens gays — “você é tão gay e nem mesmo gosta de garotos”.

A mudança veio no ano seguinte, no qual que Katy lançou “I Kissed a Girl”, que veio a se tornar um de seus sucessos mais lembrados e é celebrado até hoje como um hino LGBT. Perry evita falar sobre esse aspecto de sua vida, mas já se declarou como alguém de sexualidade fluida e dedicou a faixa para Scarlett Johansson.

Pelos anos seguintes, a cantora seguiu sendo uma voz importante no apoio à comunidade pela qual diz que a acolheu tão bem. Eu seu discurso de homenagem pela Human Rights Campaign, ela comenta sobre seu background conservador e sobre a mudança de chave em sua cabeça. Ela se posicionou a favor contra o banimento de pessoas trans no serviço militar pela administração de Trump, a favor do casamento igualitário, e, claro, não poderíamos esquecer da mensagem de aceitação no clipe de “Firework” (2010).

“Essas pessoas não eram nada parecidas com aquelas que eu tinha sido ensinada a temer. Eram as pessoas mais livres, fortes, gentis e inclusivas que já conheci. Elas estimulavam minha mente, enchiam meu coração de alegria e dançavam sem parar. Essas pessoas são realmente mágicas, e são mágicas porque vivem a sua verdade. Oh, meu Deus, que revelação… e não o último capítulo da Bíblia. Basta dizer que tem sido uma longa jornada para mim e tenho certeza de que será uma longa jornada para muitos de vocês por aí.”

Recordes

Como uma das figuras que mais marcou a memória musical do pop na década passada, com visuais camp e hits que eram absolutamente impossíveis de se fugir. Prova disso são os números que não mentem o sucesso.

Katy é a única artista a ter dois clipes com mais de quatro bilhões de visualizações no YouTube, além de ser a única a igualar o recorde de Michael Jackson com o feito de ter 5 canções do mesmo álbum no top 1 da Bilboard Hot 100: “California Gurls”, “Teenage Dream”, “Firework”, “E.T.”, e “Last Friday Night” — ou seja, todos os singles do ‘Teenage Dream’ com exceção de “The One That Got Away”, que atingiu o 3º lugar, atrás “We Found Love” (Rihanna) e “Sexy and I Know It” (LMFAO).

Obsessão espacial

Katy Perry sempre deixou claro seu fascínio pelo universo e pelo que existe além da Terra. A cantora já revelou em entrevistas que tem verdadeira obsessão pelo espaço, chegando a cogitar seriamente a possibilidade de fazer uma viagem espacial — e até se tornar a primeira artista a se apresentar fora do planeta, o que ocorreu em 14 de abril de 2025 no voo da Blue Origin. Esse lado cósmico também se conecta à sua curiosidade sobre vida extraterrestre: Katy já afirmou acreditar na existência de ETs e que não estamos sozinhos no universo.

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Não à toa, um dos maiores hits de sua carreira é “E.T.”, música que mistura batidas futuristas e uma letra que brinca com a ideia de um amor intergaláctico, quase alienígena. A faixa acabou se tornando uma espécie de hino pop para sua veia “espacial”, refletindo perfeitamente essa mistura de fascínio, imaginação e desejo de transcender as fronteiras da Terra.

Katy Perry se apresenta como headliner no último dia do The Town, 14 de setembro, no Autódromo de Interlagos em São Paulo.

_{Imagem Destacada: Divulgação/Rock in Rio (Créditos: G1)}