No “dia do rock” do The Town 2025, os veteranos do punk dividiram o palco em uma celebração irreverente que misturou clássicos, covers e contestação
Se o The Town é o Rock In Rio paulistano, os palcos Skyline e The One cumprem as funções do palco Mundo e Sunset respectivamente. O palco secundário do festival carioca surgiu como uma ideia de se ter encontros de artistas de diferentes estilos, ou do mesmo estilo que nunca se apresentaram juntos.
No caso do The Town 2025 o dia do Rock (ou do punk, se preferir) serviu para o The One seguir a premissa do irmão mais velho e unir no palco dois ícones, ambos paulistas, cada um à sua maneira, do Punk Rock brasileiro: Inocentes e Supla.
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Os primeiros foram pioneiros na cena. Surgiram em 1981. Já o segundo estourou em meados da década com a banda Tóquio, que teve um relativo sucesso comercial, engatou uma carreira solo e, quando estava quase esquecido, foi alçado de volta ao estrelato por conta de “Green Hair”, ainda que por conta de uma gozação feita por Marcos Mion na MTV dentro do programa “Piores Clipes do Mundo”.
O Inocentes subiu ao palco primeiro, fazendo as vezes de cicerone do dia dedicado ao estilo que sedimentou no Brasil, abrindo o show com “Rotina”, de 1985, em que Clemente bradou “CHEGA DE ESCALA 6 POR 1!”.
A segunda foi outro clássico, “Expresso Oriente”, na qual o vocalista lembrou da Palestina.
“Tá rolando um 7 de setembro aí, né? Acho que os verdadeiros patriotas estão aqui!”, disse Clemente antes de iniciar a faixa “Pátria Amada”. Daí, um mascarado de cabelo platinado e arrepiado entrou com uma bandeira negra e uma faixa presidencial onde se lia “salve-se quem puder”. “Dez reais pra quem adivinhar quem é esse cara”, brincou Clemente já que não era difícil ver que se tratava se Supla. A faixa também deu a deixa para a plateia gritar “SEM ANISTIA!”.
Depois de “Pânico em SP”, o cover de “I Fought the Law” trouxe Supla ao palco, agora sim, dividindo os vocais com Clemente. Na sequência iniciou o módulo do “Papito” com sua banda, o Punks de Boutique e a faixa “Charada Brasileiro”. A festa continuou com o cover de “As It Was” de Harry Styles (com um viés punk rock, claro).
“Green Hair (Japa Girl)” mostrou que a piada de Marcos Mion na MTV já não tem o mesmo alcance — chegou a ser ponto alto dos shows nos anos 2000 por conta da piada. Mas também teve música nova do album “Nada Foi Em Vão”.
Como os Beatles também são uma influência para ele, teve versão new wave de “Imagine” de John Lennon e “She Loves You” do fab four. “São Paulo”, e sua maior inspiração, o inglês Billy Idol, tambem foi lembrado, com o cover de “Dancing With Myself”. Na reta final, a fase anos 80, a fase Tokyo apareceu com “Humanos” (com participação de Clemente), e “Garota de Berlim”. O cover de “Blitzkrieg Bop” dos Ramones, com as duas bandas completas juntas, encerrou o início da festa punk na Cidade da Música
Imagem Destacada: Divulgação/The Town 2025 (Moriva/Fotografia: Wesley Allen)
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