Foi animado o show de abertura do Palco The One no Festival The Town em seu primeiro dia. Conhecidas como as princesas do hip Hop, as gêmeas Tasha & Tracie subiram ao palco em cima de motos e acompanhadas dos namorados. Durante a apresentação, animaram os fãs cantando boa parte do seu repertório. Então deram lugar à Karol Conká, que cantou as populares “É o Poder”, “Louca e Sagaz” e “Boa Noite”. Tasha & Tracie voltaram no final para apresentar “Gandaia” junto de Conká.
Em seguida, Orochi fez uma batalha de rimas e apresentou, entre várias outras, algumas de suas músicas mais populares, como “Balão 2” e “Acende o Isqueiro”, — neste momento ele pediu que o público acendesse seus isqueiros de fato. Orochi ainda cantou “Poesia Acústica #6” em parceria com o rapper carioca Azzy.
Já debaixo de um temporal, a programação do palco The One continuou com Criolo e Planet Hemp, que apresentaram um show que variou entre a calmaria e a explosão, entre o reggae, MPB e o Rock hardcore. Mesmo encharcado pela chuva, o público não arredou o pé e ouviu “Preto Ganhando Dinheiro Incomoda Demais”, “Esquiva da Esguima” e a conhecida “Lion Man”. “Ogum Ogum”, um hit com crítica religiosa, foi celebrada pelo público, assim como o sucesso “Não Existe Amor em São Paulo”. Já o Planet Hemp chegou chegando com “Distopia”, para depois soltar “Jardineiro”, “Mantenha Respeito” e “Convoque Seu Buda”. Sem dúvidas, foi um show digno de um grande festival, mesmo que a chuva tenha atrapalhado um pouco.
Finalizando o sábado no The One, Racionais MC’s & Orquestra Sinfônica de Heliópolis fizeram uma apresentação que estava previamente carregada de expectativas, já que o famosíssimo grupo se apresentaria com a primeira orquestra sinfônica formada em uma favela. O problema, no entanto, foi novamente a chuva, que em certo momento fez os músicos da orquestra saírem do palco para que os instrumentos não fossem danificados pela água. O equilíbrio entre o som dos Racionais e o da Orquestra também não foi o ideal, já que, por vezes, um ou outro ficam abaixo ou acima do tom.
Mas, problemas a parte, que estava presente viu o grupo cantar a clássica “Capítulo 4 Versículo 3” e a falar sobre política e desigualdade social em meio à “Mil Faces de Um Homem Leal (Marighella)”. Afinal de contas, o The Town reúne os artistas da periferia, mas não o seu povo, que não pode pagar pelos ingressos com preços exorbitantes.
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