Apostando em personagens quebrados e tramas mais humanas, “Thunderbolts*” entrega emoção, ação e redenção em um filme maduro
Depois de uma sequência de filmes que deixaram a desejar tanto em enredo quanto em impacto emocional, “Thunderbolts*” marca um retorno surpreendente da Marvel à sua melhor forma — e faz isso ao apostar justamente onde poucos esperavam: no desenvolvimento profundo de personagens de segundo escalão. Longe do brilho excessivo dos heróis mais populares, o filme mergulha com autenticidade nos conflitos internos, nas fragilidades e nas motivações desses anti-heróis esquecidos, entregando uma narrativa mais coesa, madura e envolvente do que muitos dos títulos recentes do estúdio.

A trama de “Thunderbolts*” se desenrola quando sete párias desiludidos (entre eles, a nova Víúva Negra – Yelena Belova, o Guardião Vermelho – Alexei Shostakov, e John Walker – o Agente Americano) se veem presos em uma armadilha mortal arquitetada por Valentina Allegra de Fontaine. Forçados a embarcar em uma missão extremamente perigosa, o grupo precisa lidar não apenas com os riscos do presente, mas também com os fantasmas do passado que retornam com força devastadora. Ao confrontarem os cantos mais sombrios de suas histórias pessoais, esses personagens — marcados por culpa, arrependimento e ressentimento — encontram no caos da missão uma inesperada chance de redenção.
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Entre os integrantes do grupo, Bob surge como a grande revelação do filme. Inicialmente tratado como um alívio cômico deslocado e subestimado pelos demais, ele aos poucos revela camadas surpreendentes de vulnerabilidade e complexidade emocional. Sua trajetória ganha força especialmente através da relação construída com Yelena, que assume um papel quase fraternal em sua jornada. É a partir do olhar de Yelena — marcado por empatia, dureza e compreensão — que Bob encontra forças para confrontar os traumas que o paralisam, assumindo um protagonismo emocional que ecoa até o final do filme. A química entre os dois personagens se torna um dos pontos altos da narrativa, provando que mesmo figuras à margem podem carregar os momentos mais humanos e tocantes de uma história.

O elenco de “Thunderbolts*” é um dos grandes trunfos do filme, reunindo nomes que trazem peso dramático e carisma a cada cena. Florence Pugh lidera com intensidade e nuance como Yelena Belova, reafirmando seu lugar como uma das figuras mais cativantes da nova fase do MCU. Sebastian Stan retorna como Bucky Barnes, oferecendo uma performance contida e carregada de melancolia. Wyatt Russell surpreende ao aprofundar a dualidade do Agente Americano, enquanto David Harbour entrega momentos de humor e vulnerabilidade como o sempre excêntrico Guardião Vermelho. Hannah John-Kamen reprisa seu papel como Fantasma com uma presença física e emocional marcante, e Olga Kurylenko dá mais profundidade à Treinadora, agora mais do que uma simples antagonista. Completando o grupo, Lewis Pullman interpreta Bob com um equilíbrio delicado entre leveza e dor, tornando seu arco um dos mais memoráveis. Por fim, Julia Louis-Dreyfus brilha como Valentina Allegra de Fontaine, manipuladora e enigmática, firmando-se como uma figura central nas tramas mais sombrias do universo Marvel.
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As cenas de ação em “Thunderbolts*” são coreografadas com precisão e carregadas de peso emocional, refletindo o estado psicológico dos personagens e suas dinâmicas instáveis como equipe. Cada confronto é uma extensão dos conflitos internos dos personagens, com destaque para as lutas corpo a corpo de Yelena, sempre ágeis e brutais, e para os momentos de fúria descontrolada do Agente Americano, que revelam o quanto ele ainda luta contra seus próprios impulsos. As batalhas não são apenas espetáculos visuais, mas momentos de vulnerabilidade, estratégia e confronto moral, o que eleva o impacto emocional de cada sequência.
“Thunderbolts*” representa um fôlego renovado para o Universo Cinematográfico da Marvel, provando que há muito a ser explorado além dos heróis tradicionais e das fórmulas previsíveis. Ao investir em personagens quebrados, relações complexas e um roteiro que equilibra tensão, emoção e redenção, o filme entrega não apenas entretenimento, mas também humanidade — algo que muitos títulos recentes do estúdio vinham perdendo. Com um elenco afiado, cenas de ação impactantes e uma direção segura, “Thunderbolts*” não apenas surpreende, como reacende a esperança de que a Marvel ainda tem histórias relevantes e envolventes para contar.
Imagem Destacada: Divulgação/Marvel

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