Na noite do último domingo (27), o teatro I Love PRIO, no Jockey Club do Rio de Janeiro, foi palco da última apresentação da temporada de “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”. A sessão, marcada por um público atento, um cenário minimalista e a entrega profunda de Beth Goulart, terminou sob aplausos de pé — daqueles que demoram a acabar.
Mas não se tratava de uma despedida definitiva. Ao fim do monólogo, a plateia se emocionou com o anuncio de uma nova temporada na cidade maravilhosa, desta vez no tradicional Teatro Clara Nunes. A notícia foi celebrada com entusiasmo pelos fãs, que há mais de uma década acompanham essa homenagem viva à escritora que revolucionou a literatura brasileira.
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Estreando em julho de 2009 no CCBB de Brasília, o espetáculo percorreu o Brasil em uma turnê que já levou a peça a quase 250 cidades e emocionou mais de 800 mil pessoas. Em março de 2025, retornou aos palcos com uma programação especial em celebração ao mês da mulher. O sucesso foi tão grande que a temporada foi prorrogada até o final de abril, e agora, a produção se prepara para estrear novamente no dia 9 de maio.
Simplesmente eu, Clarice Lispector
O espetáculo é uma jornada através da alma de uma das escritoras mais importantes da literatura brasileira. Ele não busca apenas contar a história de Clarice, mas revelar a complexidade de sua identidade e a profundidade de sua escrita. Idealizada, roteirizada e protagonizada por Beth Goulart, a peça é um monólogo que se constrói a partir de cartas, entrevistas e fragmentos dos mais famosos livros da autora, como “A Hora da Estrela” e “Perto do Coração Selvagem”.
A encenação, com seus jogos impecáveis de luz e som, direciona totalmente a atenção para os textos intensos e emocionantes de Clarice. Mais do que um tributo à autora, a peça se torna uma reflexão profunda sobre o papel da mulher na sociedade e na literatura. “Simplesmente Eu, Clarice Lispector” vai além de uma simples retrato de suas obras, é uma experiência que toca a alma do espectador, convidando-o a revisitar a beleza única e a complexidade da escrita de Clarice.
“Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.” — A Descoberta do Mundo”, 1984
Imagem Destacada: Divulgação/Simplesmente Eu, Clarice Lispector
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