No dia 7 de agosto de 1945, na cidade de Santo Amaro na Bahia, nascia o mestre musical Caetano Veloso. Sua carreira já ultrapassa cinco décadas e sobreviveu aos mais diferentes momentos da música brasileira, como a Bossa Nova e o movimento da Tropicália. Além disso, contou com diversas parcerias e discos lançados. Desde o fim da Bossa Nova, Caetano vem surpreendendo e inovando a cada novo trabalho lançado.
Irmão de coração do cantor Gilberto Gil e de sangue da, também cantora, Maria Bethânia, Caetano é filho da mais conhecida Dona Canô e de José Teles Velloso, Seu Zezinho. Sua carreira teve inicio com a influência de João Gilberto, com canções da Bossa Nova. Participou ainda do início do movimento da MPB e teve seu lançamento na música por sua irmã que gravou sua música “Sol Negro” em parceria com Gal Costa.
No Tropicalismo, com o intuito de sacudir a cultura brasileira e as músicas da época usando o rock e a guitarra elétrica, Caetano participou ao lado de Nara Leão, Tom Zé, Gal Costa, Gilberto Gil, Torquato Neto, Os mutantes e muitos outros intelectuais. Foram as impactantes apresentações de Caetano Veloso defendendo a música “Alegria, alegria”, e de Gilberto Gil com “Domingo no Parque” no Festival de Música Popular Record de 1967, em plena ditadura militar, romperam com os padrões da época que, oficialmente, deram início ao movimento.
Caetano fez parte da turnê “Doces Bárbaros” composto, também, pelos músicos Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa, em 1976. O intuito da turnê pelo Brasil era comemorar os dez anos das carreiras individuais de cada cantor(a). Além disso, a turnê resultou em um disco gravado ao vivo e um documentário dirigido por Jom Tob Azulay.
Ao lado de Ivete Sangalo e Gilberto Gil, gravou o especial “Ivete, Gil e Caetano”, em 2012, que rendeu um Grammy Latino de “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”. O especial contou com músicas como “Luz de Tieta”, “Toda Menina Baiana”, “Atrás da Porta”, “Você é linda”, “Tigresa” e “O meu amor”. Mais adiante, lançou o álbum “Abraçaço” que lhe rendeu dois Grammys, um de melhor álbum de cantor-compositor e melhor design de encarte.
Ao ser perguntado se música cansa em entrevista ao Estadão, Caetano responde:
Música é bom e eu gostaria de ter mais talento. Só para aumentar o prazer. Muitas vezes, percebo a imensidão do prazer de Djavan, de Milton, de Guinga. O que cansa é aeroporto, avião, hotel, estrada. – Caetano Veloso ao Estadão.
Porém, não é isso que percebemos, Caetano roda o Brasil, o mundo e encanta milhões de pessoas por aí. Seu último trabalho comemorou seus 50 anos de carreira ao lado do amigo Gilberto Gil com o projeto “Dois amigos e meio século de música”. O show rodou não só o Brasil mas também atingiu níveis internacionais passando pela Europa e pela América. O espetáculo resultou, ainda, em um disco e um DVD. Outra parceria de muito sucesso foi com a cantora Maria Gadú, os dois gravaram canções como “Leãozinho” e “Quereres”.
Após a grande turnê com Gil, Caetano embarcou no show “Caetano apresenta Teresa” ao lado da cantora Teresa Cristina. Após Teresa cantar sucessos do sambista Cartola, ela se junta a Caetano e os dois se apresentam com as canções dos mais de 50 anos de carreira do compositor, como “Tigresa”, “Desde que o samba é samba”, “Odara”, o clássico “Sozinho” e “Abraçaço”.
Em maio de 2017, depois de muita polêmica envolvendo biografias não-autorizadas, chegou às livrarias o livro “Caetano – uma biografia (a vida de Caetano Veloso, o mais Doce Bárbaro dos Trópicos)”, de autoria de Carlos Eduardo Drummond e Marcio Nolasco. Atualmente Caetano gravou a abertura da novela das 9, “A força do querer” com a música “Quereres”, 30 anos depois de seu lançamento.
Parabéns, Caê! Que venham muitos anos de vida e música de qualidade para gente.
Por Carolina Gomes
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.