Nostalgia, risadas e uma performance brilhante de Eduardo Sterblich
Em cartaz no Teatro Multiplan Village Mall, o musical “Uma Babá Quase Perfeita” traz ao palco uma explosão de nostalgia e humor, revisitando a clássica comédia dos anos 90, protagonizada no cinema por Robin Williams. Com música e letra de Karey e Wayne Kirkpatrick e texto de Karey Kirkpatrick e John O’Farrell, o espetáculo que teve sua estreia na Broadway em 2021, ganha agora sua versão brasileira sob a direção afiada de Tadeu Aguiar.
A história, sobre um pai desesperado que, para ficar mais próximo dos filhos após o divórcio, se disfarça como a peculiar babá Sra. Doubtfire, foi inteligentemente adaptada ao cenário brasileiro. As piadas, repletas de brasilidades, caem como uma luva, fazendo com que a plateia se identifique e ria de maneira ainda mais espontânea.
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Eduardo Sterblich encarna Daniel Hillard / Sra. Doubtfire, entregando uma performance cômica e emotiva. O desafio de transitar entre dois papéis tão distintos – o desajeitado e afetuoso pai e a rígida e espirituosa babá – é superado com maestria. Um dos aspectos mais chamam a atenção em sua performance é sua técnica vocal versátil, que permite transitar facilmente entre a voz firme e meio desajeitada de Daniel e a peculiar fala da Sra. Doubtfire, com seu tom afetuosamente exagerado e carregado de uma doçura cômica. A capacidade de criar diferentes vozes também se reflete em outras pequenas variações que ele utiliza ao longo do espetáculo, seja ao imitar outros personagens ou criar situações absurdas com sotaques e estilos vocais diversos. Essa habilidade vocal é amplificada pelo fato de que ele também canta com extrema competência. Há um equilíbrio perfeito entre a comédia física – necessária para o papel cômico de Sra. Doubtfire – e a destreza técnica necessária para o canto e a dança. O ator consegue, assim, manter a energia da peça sempre em alta, conduzindo a narrativa com charme, humor e, acima de tudo, uma entrega genuína, que leva o público a embarcar completamente nessa jornada cômica e emocional. Ele é, sem dúvida, o coração pulsante do musical e um dos grandes responsáveis pelo sucesso da produção em cativar e entreter a plateia.
No papel de Miranda Hillard, a ex-exposa de Daniel, Thais Piza brilha em suas cenas dramáticas, mas também mostra grande habilidade cômica ao reagir às situações inusitadas criadas pela babá impostora. Seu trabalho vocal é sólido, com interpretações musicais que equilibram emoção e técnica.
A química entre os membros do elenco é palpável. Há uma sensação de coesão entre todos, e cada ator, mesmo com papéis secundários, tem sua chance de brilhar, seja em diálogos engraçados ou em números musicais e coreografias bem sincronizadas.
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A superprodução conta ainda com cenários que se alternam entre a casa da família, o set de TV, o camarim e a casa de Daniel, iluminação primorosa, rápidas trocas de figurino, executadas de forma impecável, e uma orquestra ao vivo.
“Uma Babá Quase Perfeita” é um espetáculo que atinge em cheio tanto os adultos, que se deliciam com a nostalgia do filme, quanto as novas gerações, que se divertem com as trapalhadas e a mensagem de união familiar. Em resumo, é entretenimento de qualidade para toda a família.
Se você está em busca de uma noite repleta de risos, emoção e um toque de nostalgia, “Uma Babá Quase Perfeita” é uma escolha certeira no circuito teatral carioca.
Imagem Destacada: Divulgação/Crédito: Leo Aversa
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