“As Vantagens de Ser Invisível” é um filme de 2012 baseado no livro homônimo e que tem três grandes nomes da geração de 20 e poucos anos: Ezra Miller, Emma Watson e Logan Lerman, e conta a história de Charlie e seus amigos.
Charlie é um menino de 16 anos que acabou de entrar no Ensino Médio. O que já seria assustador para qualquer adolescente – escola nova, amigos novos e coisas do tipo – é ainda pior para ele, que passa pelo suicídio do melhor amigo e uma depressão muito forte. Ainda que os dois irmãos mais velhos estudem ou tenham estudado lá, ele acaba sozinho durante algumas semanas até que conhece Sam e Patrick, dois veteranos que estão passando pelo último ano.
A obra não é tanto sobre a depressão, mas sim a invisibilidade que muitas pessoas passam. Sam, Charlie, Patrick e seus amigos são incomuns, diferentes e, portanto, invisíveis para quem não quer se misturar com eles. No entanto, podemos ver que quase todos os personagens, sejam os próximos a Charlie, sejam os mais distantes, têm um ponto fraco, um “calcanhar de Aquiles”. São jovens que estão se descobrindo, conhecendo seus lugares como individuos e como parte da sociedade.
Ainda que dentre os personagens nós tenhamos uma cleptomaníaca, uma carente, discussões sobre violência e machismo, é no trio principal que vemos as melhores histórias. Sam é uma garota sensível e inteligente que está vivendo um romance abusivo com seu namorado mais velho. Na época de caloura, ela foi propositalmente alcoolizada por seus colegas que queriam estuprá-la. Ainda que seja uma boa aluna, Charlie e Patrick são os únicos que acreditam que ela possa entrar na faculdade que deseja, seu namorado está sempre dando um jeito de desdenhar de seu potencial.
Patrick é um garoto com um ótimo senso de humor, afiadíssimo, com as melhores tiradas, que na maioria das vezes arranca uma boa risada de todos a sua volta. Mas, esconde dentro de si o vazio de não ser assumido pelo namorado, que é um galã dentro da escola, capitão do time de futebol americano e tem um pai homofóbico. O romance está sempre obscuro e ele ainda sofre da homofobia praticada pelos colegas.
Charlie é o tímido protagonista do filme. Sensível, ele é irmão de dois grandes nomes de lá: sua irmã é uma garota popular e seu irmão foi um grande jogador do time da escola, sendo muito popular também. Charlie é, no entanto, muito dócil e diferente. Esconde sua depressão, o abuso que sofreu quando criança de uma tia, o impacto da morte do seu melhor amigo e esconde dentro de si muitas sombras, mas encontra em Sam e Patrick grandes amigos.
Sam, Patrick e Charlie descobriram entre si, e nos amigos que formam seu grupo, pessoas em quem podiam acreditar ou serem aceitos. Obviamente, a nata do ensino médio os viam como perdedores ou não os viam e isso fazia deles invisíveis, mas entre si e com poucas exigências encontraram respostas que estavam procurando. Logicamente, a amizade não é perfeita, mas é refeita em muitos momentos especiais.
Charlie se deu uma oportunidade de perceber que por mais feio que o mundo possa ser, há beleza, há amizade, há sempre um ponto de partida, mesmo que o lugar que esteja, seja feio, escuro ou triste, não é tanto sobre de onde você veio, porque isso você não pode mudar, mas sim para onde você vai, e Charlie, Sam e Patrick sabem disso e se deram a oportunidade de descobrir o que tinha por aí.
Muitas coisas fortes estão inseridas no filme, mas não são as protagonistas, a coisa mais importante não é sobre as fraquezas que eles enfrentam, nem mesmo é sobre o bullying ou o ódio, mas sim sobre oportunidades e segundas chances.
Em “As Vantagens de Ser Invisível” ainda temos o fato de ser um filme muito bem produzido, dirigido e a trilha sonora é uma das melhores feitas nos últimos anos. Então, seja pelo contexto dele, ou por ser uma ótima produção é algo que deve sempre ser visto ou revisto.
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Esse filme é maravilhoso, em todos os sentidos. Já revi mais de 10 vezes, e sem dúvidas, é um dos meus favoritos. Muito lindo. Amei a matéria.
Oi, Matheus!
Eu também sou grande fã do filme e toda vez que vejo ele descubro algo novo.
Obrigada pelo seu comentário 🙂