Muito mais do que simples canções, tornaram-se memórias cinematográficas vivas…
A música indubitavelmente tem o poder de transformar os filmes. Não apenas a trilha sonora original ou as músicas compostas especificamente para as produções, mas também canções icônicas que, quando você as ouve mais tarde no rádio ou no sreaming, imediatamente te transportam para uma cena de determinado filme, tornando-a ainda mais vívida e memorável. Aqui você confere 11 músicas populares que se tornaram irremediavelmente associadas a uma cena específica de um filme.
“The End” (The Doors) | Abertura de “Apocalypse Now”
A maneira como Francis Ford Coppola utilizou “The End” do The Doors em seu filme de 1979 é tão grandiosa que parece que a música foi feita especificamente para o filme, apesar de ter sido lançada 12 anos antes. A atmosfera misteriosa criada pela guitarra de Robby Krieger e letras sombrias de Jim Morrison complementam perfeitamente o clima sombrio do filme antibelicista. Até hoje, ao ouvir a música, é impossível não evocar o som dos helicópteros na cena de abertura de “Apocalypse Now”.
“The Times They Are A-Changin” (Bob Dylan) | Créditos iniciais de “Watchmen”
Goste ou não da adaptação de Zack Snyder da graphic novel de Alan Moore, é preciso reconhecer: a cena de abertura acompanhada por “The Times They Are a-Changin'” de Dylan é de uma plasticidade inegável, além de se coadunar com a premissa. Se há alguns anos, a faixa do álbum homônimo, lançado por Bob Dylan em 1964, era associada automaticamente à década de 1960, agora eu desafio você a ouvi-la sem que venha à mente o icônico bóton do Smiley Face ensanguentado.
“Old Time Rock And Roll” (Bob Seger) | Tom Cruise dançando de cueca em “Negócio Arriscado”
Bob Seger escreveu “Old Time Rock and Roll” em 1979, e embora tenha alcançado um sucesso moderado na época, somente quatro anos depois, quando foi usada como a música para a icônica cena em que Tom Cruise dança de cueca em “Negócio Arriscado”, tornou-se um clássico americano.
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“Layla” (Derek and the Dominos) | Descoberta do encobrimento do assalto em “Os Bons Companheiros”
“Os Bons Companheiros” é considerado por muitos o melhor filme de Martin Scorsese. E a inserção de Layla, lançada por Derek and the Dominos em 1970, é considerado um dos melhores usos de uma música popular em um filme. Se você não se lembra, na cena do longa, Jimmy (Robert DeNiro) está cortando todos os laços entre ele e os outros envolvidos no assalto à Lufthansa. O envolvente CODA de piano e guitarra da música é colocado ao fundo, à medida que cada corpo vai sendo revelado.
“Bitter Sweet Symphony” (The Verve) | Kathryn é presa em “Segundas Intenções”
A crescente intensidade das cordas na introdução de “Bitter Sweet Symphony”, música de 1997 do The Verve que já nasceu clássica, casa perfeitamente com a lenta revelação de Kathryn (Sarah Michelle Gellar) vendo não apenas sua reputação ser arruinada, mas também tendo a cocaína escondida em seu crucifixo flagrada. Definitivamente, qualquer outra música não tornaria tão memorável a cena dessa versão jovem e contemporânea de “Ligações Perigosas”, lançada em 1999.
“Mr. Blue Sky” (Eletric Light Orchestra) | Cena de abertura de “Guardiões da Galáxia Vol. 2”
É impossível dissociar “Guardiões da Galáxia” da música, já que, ao longo de toda a trilogia, a tracklist desempenhou um papel crucial na narrativa. Mas é inegável que a faixa do álbum “Out of the Blue”, lançado pelo Eletric Light Orchestra em 1977, abrindo o Vol. 2, não só rendeu uma cena divertidíssima (a equipe enfrentando um monstro enquanto o Baby Groot dançava) como fez com que muita gente conhecesse o ELO naquele ano de 2017, sobretudo no Brasil, onde a banda britânica (lamentavelmente) não é muito popular.
“O-o-h Child” (Five Stairsteps) | Doughboy é preso em “Os Donos da Rua”
Esse clássico da música soul de 1970 ilustra a cena do filme de 1991, dirigido por John Singleton, em que Furious (Laurence Fishburne, brilhante) está voltando para casa após um dia agradável de pesca com seu filho Tre. Inicialmente, a música parece trazer um momento de paz para Furious, mas, no contexto do filme, sua atmosfera muda quase que instantaneamente quando eles passam pela casa de Dough Boy e testemunham sua prisão. A promessa de um alívio temporário, contrasta com a realidade do ambiente, que continua implacável.
“Stuck in the Middle With You” (Steelers Wheel) | Mr. Blonde cortando a orelha do policial em “Cães de Aluguel”
O longa de estreia de Quentin Tarantino traz outro exemplo de contraste entre música e imagem. No caso, essa música animada de 1972 e a extrema violência criam uma atmosfera única e impactante. Nessa cena, Mr. Blonde (interpretado por Michael Madsen) corta a orelha de um policial que ele previamente amarrou e torturou. A produção de 1991 já mostrava uma das principais características de Tarantino: o bom uso de música pop para criar cenas icônicas.
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“Bohemian Rapsody” (Queen) | Cena do carro em “Quanto Mais Idiota Melhor”
Não mencionar Bohemian Rhapsody de “Quanto Mais Idiota Melhor” seria o maior dos equívocos. É um exemplo mais que perfeito de como uma música pop clássica bem colocada pode eternizar uma cena. Depois do clássico do Queen de 1975 foi inserido nessa sequência icônica do longa de 1992, quase ninguém mais consegue ouvir aquela ponte sem bater cabeça.
“Tiny Dancer” (Elton John) | Cena do ônibus em “Quase Famosos”
O clássico composto por Elton John e Bernie Taupin em 1972 é uma das melodias mais belas da música pop, bastante característica dessa fase mais inspirada da dupla. Perfeita para se cantar junto. A cena da viagem de ônibus da banda Stillwater em “Quase Famosos” (2000) é o ponto chave do amadurecimento do jovem William e o momento combina perfeitamente com a vibe da música.
“Where Is My Mind” (Pixies) | Final de “Clube da Luta”
A faixa do Pixies, lançada no álbum “Doolittle” (1989) integrou-se perfeitamente à dramática cena final de “Clube da Luta”, lançado em 1999, quando as paredes literalmente desabam ao redor do Narrador (Edward Norton) e Marla (Helena Bonham Carter). Ali, enquanto ele confessa que ela o encontrou em um momento muito peculiar de sua vida, os vocais de Black Francis questiona, amparado pelas guitarras distorcidas que caracterizam a sonoridade da banda, “onde está minha mente?”
Imagem Destacada: Divulgação/Dreamworks/Columbia Pictures
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