Um mix perfeito do melhor das Artes nessas adaptações literárias para o cinema
Em tempos de “Duna 2”, uma das adaptações épicas cinematográficas de Dennis Villeneuve, que encerra a história do 1ª livro, de mesmo nome escrito por Frank Hebert em 1965, encantando as plateias e arrecadando a cada semana milhões de dólares, cabe rememorar mais cinco exemplos de obras literárias que há tempos arrebatam o público de todo mundo e quando são adaptadas ao cinema, elevam a nona arte a outro patamar.
Lembrando que há diversas outras obras e nessa miríade de possibilidades, cada um tem seu gosto pessoal e um cantinho especial em cada coração cinéfilo.
Posto isso não há ranking, apenas ordem pelo ano de lançamento, digressões sobre as obras apontadas e lembrando que nenhuma dessas adaptações, como o próprio nome diz, são totalmente iguais aos textos que lhe deram origem, até porque, são mídias diferentes que pedem, na verdade exigem, uma nova abordagem.
Leia Mais: 10 Festivais internacionais de cinema independente para ficar de olho
O Poderoso Chefão (1972)
Começando com esse clássico do cinema americano e mundial, o livro foi escrito e com roteiro adaptado às telas pelo próprio escritor, Mario Puzo, e dirigido por Francis Ford Coppola, que em breve estará de volta com seu novo filme, “Megalópolis”.
O filme épico, conta a história e os percalços da Família Corleone, principalmente de seu patriarca, Don Vito, interpretado pelo gigante Marlon Brando e do seu filho e futuro herdeiro, Michael, por um iniciante e desde já, magnético, Al Pacino.
A trilha sonora inesquecível do maestro Nino Rota, a violência, traições, reviravoltas, frases icônicas, estrutura dramática e o peso de tanto poder.
Está tudo lá e em tudo que se viu em filmes de máfia que veio depois dessa obra prima, que define o termo divisor de águas.
O filme teve mais 2 continuações, todas dirigidas pelo mesmo diretor em que quanto mais poder os Corleone’s alcançam, maior é o preço a se pagar.
Quanto a prêmios, e não que uma obra cinematográfica se meça por esses ganhos, arrebatou em 1973 os Oscars de Melhor Ator para Marlon Brando (que o recusou), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme.
O Iluminado (1980)
“O horror, o horror”.
Adaptação dirigida pelo gênio Stanley Kubrick, da obra literária do mestre do terror Stephen King, que é simplesmente o autor de livros mais adaptado da história do cinema mundial.
É sabido que histórias de terror, que permitem uma conexão com outras pessoas que compartilham os mesmos momentos de tensão, é pródigo em trazer metáforas que, depois dos sustos, faz pensar e associar a situações do dia a dia.
Leia Também: 6 Séries turcas para assistir na Netflix
E a história que se presta a isso é a dos Torrance’s, que vão às montanhas rochosas de um parque nacional americano, para serem caseiros do Hotel Overlook durante o inverno, em que o pai, Jack (um assustador e poderoso Jack Nicholson) é um escritor alcoólatra que luta contra o vício e também contra os espíritos do mal que habitam o lugar e ameaçam tragar sua alma e sua família, composta pela esposa Wendy e seu filho Danny.
Embora seja um clássico indiscutível do terror com cenas icônicas referenciadas e imitidas até hoje, curiosamente, o autor Stephen King não gostou do resultado final pela adaptação considerada niilista da sua obra, onde o diretor Kubrick não se furta de “castigar” os personagens até o limite, onde no livro o escritor é mais compassivo.
Mas nada que apague os impactos do livro e filme, que até ganharam uma continuação chamada “Doutor Sono” de 2019, um filme muito digno, dirigido pelo bem sucedido discípulo de King, Mike Flanagan.
O Senhor dos Anéis- A Sociedade do Anel (2001)
Uma saga de três livros, mas considerados como o mesmo romance, por décadas classificados como “infilmáveis”, uma grande complexidade na criação do mundo chamado Terra Média, criaturas mágicas (magos, elfos, dragões, etc), onde simplesmente se criou uma língua que alguns dos leitores mais apaixonados aprenderam a falar, a batalha suprema do bem contra o mal, dos mais fracos contra os mais fortes.
Não faltam descrições para enaltecer a obra do escritor J.R.R. Tolkien que, desde 1954, tem povoado o sonho de todos os amantes de aventuras épicas e uma grande fonte de inspiração dos jogos de RPG.
Essa obra prima do cinema, foi levada a frente pelo diretor Peter Jackson e seus colaboradores nessa empreitada onde colheram os frutos de algo inédito nos estúdios em anos recentes: filmaram os 3 filmes ao mesmo tempo, lançando 1 por ano, estratégia depois copiada e implementada por diversas adaptações literárias de livros para jovens adultos, que invadiram as telas nos anos 2000.
Compre Agora: Box Pocket Luxo De O Senhor Dos Anéis + O Hobbit - 1ª Edição
A história traz vida à saga de Frodo Bolseiro, um Hobbit, criatura de baixa estatura, a quem é confiada junto aos seus leais companheiros, encabeçados pelo Mago Gandalf, a tarefa praticamente impossível de leva um Anel, artefato mágico e maligno, que desde sua criação, corrompe a tudo e todos, ao único lugar em que ele pode ser destruído: A Montanha Da Perdição, um vulcão, lar do seu criador e encarnação do mal, Sauron, o mago que caiu em desgraça e junto as suas criaturas está reunindo forças para atacar o mundo mais uma vez e dominá-lo para sempre.
Embora não tenha inventado o termo, se algum filme ou saga é digno de ser chamado de épico é esse triunfo em 3 filmes do neozelandês Peter Jackson, que para sempre fará parte da história do cinema.
Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)
Eis que surge a grande febre cinematográfica que, ao longo de toda década do ano 2000, tentou dominar os cinemas e capturou a imaginação de milhões de adoradores.
Trazido diretamente das páginas da escritora J.K. Rowling foram oito livros e nove filmes (com o último livro dividido em duas partes), que contam a história do aprendiz de bruxo do título. Harry Potter, sem querer, se descobre um ser predestinado a triunfar contra as forças do mal, diante toda história de uma vida que ele não conhecia e pelos diversos mistérios envolvendo seus pais, os habitantes e estudantes da escola de magia Hogwarts – essa dirigida pelo ambíguo bruxo Alvus Dumbledore.
Embora seja repleto de clichês e siga à risca a clássica jornada do herói, traz algo que nenhuma outra obra literária ou cinematográfica havia feito ou alcançado até hoje nessa escala: trouxe a façanha de acompanhar literalmente o crescimento de seus expectadores junto aos personagens/atores da saga.
Adquira Já: Box Harry Potter Premium Vermelho (7 Livros em capa dura)
Ou seja, pelo espaço de uma década em que os livros eram lançados e os filmes realizados, permitiu que uma criança ou pré adolescente, chegasse até a vida adulta ao lado dos seus personagens preferidos, entre jovens e renomados atores, como por exemplo, Daniel Radcliffe e o saudoso Alan Rickman – que deu vida ao misterioso Severo Snape.
Uma sacada que, independente de conscientemente ou não, gerou o engajamento de toda uma geração e milhares de produtos, de vestimentas a games que dominam até hoje a história do entretimento.
Embora tenha filmes irregulares por conta da quantidade e mudança de diretores, é uma obra perene no coração de milhões de fãs.
Orgulho e Preconceito (2005)
Ah, o amor… Ah, os romances de Jane Austen…
O livro mais famoso dessa escritora inglesa, traz uma daquelas histórias de amor (quase) impossível, em que tudo conspira contra os dois amantes predestinados, contando com a torcida e o ranger de dentes dos expectadores até o encantamento final.
O filme mais famoso e celebrado, dirigido por um jovem e surpreendente Joe Wright, gira em torno da família das irmãs Bennet, em decadência econômica em que a sobrevivência social da família, depende de um bom casamento com algum nobre inglês e abastado.
Como conciliar esse dever social e financeiro com o amor? Como escapar das armadilhas justamente do orgulho e preconceito quando tudo que está em jogo é a percepção do sentimento do outro?
Aproveite Hoje: Box Grandes Obras de Jane Austen: Nova edição exclusiva Amazon
Durante a história, essas e outras questão são respondidas com atuações memoráveis de um elenco recheado de artistas talentosos (que viriam a ser os novos rostos do cinema), como: Keira Knightley (“Piratas do Caribe”), Carey Mulligan (“Maestro”), Rosemund Pike (“Garota Exemplar”), Jena Malone (“Jogos Vorazes”) e a veterana Judi Dench, a grande dama do teatro e cinema inglês, entre outros atores.
E é no jogo de gato e rato emocional de Elizabeth e Darcy, no qual reside as melhores falas e momentos que fazem o público pensar e suspirar, tamanha empatia que a escrita da autora faz sentir.
Um clássico literário e cinematográfico. Dentre as diversas outras adaptações para os cinemas das obras de Jane Austen, vale a pena ressaltar “Emma” de feitura mais tradicional e sua variante moderninha, “As Patricinhas de Beverly Hills”.
Vídeo: Divulgação/Warner Bros. Discovery
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.