Listas de fins de ano costumam sempre gerar debates acalorados, principalmente entre fãs. Nós da Woo! resolvemos fazer um balanço disso e, pensando nisso, trouxemos uma lista mais enxuta, mas com quatro jogos que foram problemáticos ao longo de 2023, que não são necessariamente consensos na comunidade, mas que foram grandes decepções. Conheça os piores jogos de 2023.
The Lord of the Rings: Gollum
A melhor maneira de começar a lista é eliminando o candidato mais óbvio possível. O universo criado por Tolkien rendeu o autor o alcunha de “pai da fantasia”, com uma das franquias de maior sucesso em literatura e cinema; há um grande cuidado na escolha de produtos licenciados para manter a memória de Tolkien, ou ao menos assim se esperava.
“The Lord of the Rings: Gollum“ se tornou um meme instantâneo na comunidade, e se ainda havia dúvidas se se tratava de hate por review bombing, os prints do jogo falavam por si só: o jogo pega uma chance de ouro de reinventar um mundo cheio de camadas, paisagens e personagens complexos, mas entrega apenas o superficial — nem a ambientação nem a história acrescentam algo de valor (ou mesmo buscam incorporar elementos menos plásticos), a ponto da gameplay fazer o jogador se questionar se, caso tirasse o protagonista esse ainda seria um jogo de LOTR.
Alguns meses separaram o lançamento e o patch para correção de vários bugs — 85 mudanças no total — que, embora ajudem, não tornam a jogabilidade menos morna. A expectativa colocada para o título não ajudou, com os fãs esperando gráficos à altura do fascínio da Terra Média, mas que receberam texturas e personagens à moda do início da década passada.
Call of Duty: Modern Warfare III
O mal que a franquia de CoD padece não é exclusividade nessa lista. O lançamento de “Call of Duty: Modern Warfare III” veio pouco mais de um ano após o lançamento de seu antecessor na trilogia. E o fandom fervoroso pode se segurar na sua cadeira, porque não é que o jogo seja ruim, ele só é uma reciclagem daquilo que já foi feito — e como é delicado dizer isso para uma franquia tão poderosa e que todo ano traz algo novo (ou quase!).
Se o remake anterior trouxe boas lembranças do original de 2009, o Modern Warfare III adiciona pouco e quase nada para os modos solo e multijogador, e lança a pergunta se era mesmo necessário um jogo ou uma DLC do II cumpriria o papel — mas sabemos bem os porquês.
Redfall
Quem conhece a Arkane Studios pela série Dishonored (sem trocadilho entendido!), Redfall se configura como uma das principais decepções do ano. Perguntar-se onde foi que uma companhia com títulos tão competentes trouxe uma aposta que deu muito errado é sempre difícil, mas necessário. Se na já mencionada duologia o fator de replay é um de seus pontos altos, a própria campanha de Redfall é seu ponto baixo: são várias as missões, e com tantas obrigatórias semelhantes, o jogador se encontra hora após hora fazendo a mesma coisa.
A troca de personagem não soluciona a questão, pois pouco muda entre o estilo de gameplay, que mostra potencial, mas não empolga como propõe; um grande devir relacionado ao que poderia ser não fosse seu acabamento em animação e bugs.
Pokémon Scarlet and Pokémon Violet (DLC)
Para quem diz que só falamos bem de Pokémon, essa é a hora de prestar as contas. Pokémon Scarlet and Violet foi lançado efetivamente em 2022, e suas DLCs, que já eram conhecimento comum desde antes de seu anúncio, fazem desse um jogo em lançamento contínuo. Uma última, prevista para 11 de janeiro deve concluir essa etapa da nona geração.
Como comentado com CoD, Scarlet and Violet entrega um problema crônico há muito criticado pela comunidade — e Pokémon se tornou referência nessa questão. Falando das DLCs em questão, elas não resolvem críticas dos jogadores, como remoção de Pokémon, movimentos e elementos até então recentes — mas contam com uma história que entretém, embora abuse demais na aposta por minigames bobos — é uma franquia infantil, afinal, mas há um tom crescente de duvidar da inteligência de sua própria playerbase.
Veja: não há nada naturalmente ruim com o lançamento de conteúdo extra para um jogo, o que é questionável é a entrega de um material incompleto, repleto de bugs, feito às pressas para cumprir com calendário anual de lançamentos. Isso infelizmente não há de frear o apetite da Nintendo; SV é um dos maiores sucessos da franquia, que ano após ano vêm entregue jogos cada vez menos inovativos, cortando features importantes e literalmente embutindo reciclagem de jogos anteriores. É até difícil falar de decepção para configurá-lo nessa lista, quando as expectativas tornam-se cada vez menores.
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