Que 2017 foi um ano difícil para as mulheres, isso é fato. Mas também foi um ano de muito empoderamento em diversos ramos, inclusive de empoderamento feminino. Tanto no âmbito musical, como no de audiovisual e até mesmo literário. As mulheres estão aos poucos ganhando espaço e a Woo! Magazine reuniu cinco autoras que se destacaram no ano que passou e que ainda prometem muito mais.
Victoria Schwab/ V. E. Schawb (Editoras Record e Seguinte)
Victoria Schwab ou V. E. Schwab, como também é conhecida, é autora de diversos livros de fantasia e romances como “A Guardiã de Histórias”, “Um Tom mais Escuro de Magia” e a “Bruxa de Near”. Ela rapidamente conquistou o público com suas histórias de sabor arrepiante e com personagens cativantes.
No ano de 2017, Victoria Schwab participou da Bienal do livro do Rio de Janeiro onde promoveu o lançamento de dois de seus livros. A continuação da série “Tons de Magias”, com “Um Tom mais Sombrio” publicado pela Editora Record e o primeiro livro da série “Monstros da Violência”, com o livro “Melodia Feroz” pela editora Seguinte.
Rupi Kaur (Editora Intrínseca)
A canadense ficou muito conhecida por seus poemas tirados do livro “Milk and Honey” (em português traduzido como “Outras formas de usar a boca”), em 2014. Rapidamente o livro conquistou uma vasta gama de leitores por seu caráter de sobrevivência sobre a experiência da autora com violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade.
Ela lançou em outubro de 2017 o seu segundo livro chamado “The Sun and Her Flowers”, ainda sem uma versão em português, e que promete transportar o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida. Mas encontrando em seguida uma maneira de tirar delicadeza deles.
Natália Timerman (Editora Elefante)
Timerman trabalha como psiquiatra no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário de São Paulo, e estreou no mundo das letras transformando histórias de pacientes em literatura com seu lançamento “Desterros”. Ao combinar a objetividade da observação com a reflexão subjetiva e participante de quem se deixou transformar pela travessia, a autora encontrou uma maneira de contar o que viveu a partir de histórias de detentos e detentas.
O livro traz diversas informações e reflexões surpreendentes do sistema carcerário e da convivência entre presos e funcionários, e a dificuldade de atendimento de saúde dentro de uma unidade prisional no que diz respeito a doenças da alma. Se cuidar de uma virose já é complicado, imagine ter que cuidar de uma depressão em um ambiente onde o funcionamento dela não permite, muitas vezes, expressar as verdades mais íntimas e estabelecer relações de confiança.
Margareth Atwood (Editora Rocco)
“O conto da aia” foi transformado recentemente na série de TV homônima e que está disponível na Plataforma Hulu. A narrativa constrói uma distopia num futuro não muito distante, em que os Estados Unidos são dominados por uma seita fundamentalista cristã que obriga as raras mulheres férteis a servirem como escravas de reprodução para as famílias da elite.
O livro original é de 1985, mas muitas das situações ali presentes, infelizmente, permanecem ainda bastante atuais.
Yaa Gyasi (Rocco)
Nascida em Gana e criada nos Estados Unidos, “Caminho de Casa” é o romance de estreia de Gyasi. Ele é uma coleção das histórias interligadas de duas irmãs ganesas e seus descendentes do século XVIII até os dias de hoje: enquanto uma se casa com um fazendeiro britânico, outra é vendida como escrava nos Estados Unidos. Cada capítulo revela a perspectiva de um novo personagem, através de oito gerações.
O ano de 2017 foi um ano de muitas descobertas e para a nossa literatura não foi diferente. Independente de ser autoras do passado ou do presente, elas estão mais atuais do que nunca, fazendo parte de nossa leitura de cada dia.
Por Paula Arbex
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