A Escola Brasileira de Audiovisual em parceria com o Instituto Zeca Pagodinho e através do projeto Cinema Leva Eu ensinam audiovisual e atuação para moradores da Baixada Fluminense
A arte encontrou na Baixada Fluminense solo fértil. Em Xerém, através do projeto Cinema Leva Eu, serão produzidos 5 curtas metragens de diferentes temáticas e feitos exclusivamente por moradores da região.
O curso, que está em sua segunda turma, é ministrado de forma totalmente gratuita no Instituto Zeca Pagodinho, através da EBAV (Escola Brasileira de Audiovisual), criada por Sérgio Assís.
Assim como os alunos da turma anterior, os atuais passaram por um processo seletivo em duas fases para produzirem seus curtas. A primeira fase foi na inscrição onde apenas 30 argumentos de roteiros foram selecionados. Posteriormente, entre as 30 histórias, 5 alunos foram os escolhidos pela própria turma para levarem suas histórias para as telas.
Entre documentários e curtas de ficção, o racismo, o cotidiano periférico, além de um pouco de terror e do absurdo serão temáticas das produções
As produções selecionadas abordam temáticas distintas e trazem, cada uma ao seu modo, um olhar sobre a baixada. Assim poderemos ver “Pé de Cabra”, o curta será uma ficção em formato de mocumentário, misturando realidade e o fantástico dentro de Xerém. A história, escrita por Bruno Santiago, acompanha a cabra de seu Chico Assis, uma cabra que supostamente faz milagres.
Outra trama que se passa em Xerém é “Carnaval Cáos”. O curta de João Vittor Pedroza promete uma levada mais sombria para mostrar a relação de medo entre uma criança e os bate-bolas conforme o carnaval se aproxima.
Enquanto isso, “Dandara”, curta de Felipe Coelho e produzido por D’Andrade é um filme que traz o racismo estrutural como pauta. A temática sensível é abordada através da ficcionalização inspirada em um caso que chocou as pessoas e que ainda se repete de diferentes maneiras e precisa ser combatido.
Por sua vez, documentários trazem a periferia como ela é, e sob a perspectiva de quem vive a realidade na pele. Em “Barbearia nas Periferias”, Gabriel Sabatini, que além de roteirista e diretor do curta também é barbeiro em Vila Canaã (Duque de Caxias), mostra o poder de sedução que a sua profissão tem sobre os jovens das comunidades e como isso vem mudando a vida dessas pessoas e como mudou a dele própria.
Já Vitória Dias, dá vez para pessoas comuns, que trabalham duro e são a base da pirâmide em “Quem Faz o Rio”. O documentário é um retrato do cotidiano visto por uma jovem que da janela de sua casa descobriu beleza em pessoas que para maioria são invisíveis, mas que na verdade são as engrenagens que fazem tudo funcionar.
A EBAV também oferece de forma gratuita o curso de formação de atores
Não basta apenas um roteiro se não tiver alguém que dê voz, emoção, gestos e se entregue a história. Sendo assim, a EBAV em parceria com o Instituto Zeca Pagodinho e através do projeto Cinema Leva Eu também oferece o curso de atuação para pessoas da Baixada Fluminense.
Assim como na formação audiovisual, o curso de atuação é ministrado de forma gratuita e os alunos também podem ser selecionados para atuar em algum dos curtas produzidos pelos próprios alunos.
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