Agente Literário. Ter ou não ter?!

Todo escritor, quando inicia sua caminhada, enfrenta dificuldades para publicar o primeiro livro. Depois de passar algum tempo, debruçado sobre as letras, se dedicando com afinco à escrita para realizar o sonho de ter o primeiro exemplar em mãos, o iniciante esbarra com o monstro da publicação. Toda aquela empolgação que o autor tem assim que termina de escrever o livro, normalmente acaba – ou pelo menos diminui – quando ele começa a se deparar com as dificuldades que aparecem por não conhecer os procedimentos para a publicação. Por causa da sua inexperiência, ele não sabe qual caminho seguir e nem quais são os meios para ingressar no mercado das editoras que é tão fechado e seletivo. Isso traz uma certa frustração e o desejo de ver sua criação estampando as vitrines de todas as livrarias espalhadas pelo país vai caindo por terra.

É nesse momento que entra em ação alguém que pode trazer de volta a esperança de alcançar o tão almejado sonho da primeira publicação. O profissional responsável por essa parte é conhecido como Agente Literário. É ele que vai poder auxiliar nessa etapa, criando uma ponte entre o autor e a Editora. E pra quem ainda não conhecia, vamos falar um pouco sobre suas funções e a importância que ele tem para o escritor.

O Agente Literário é treinado para encontrar o melhor caminho para a publicação das obras. Ele é o especialista mais capacitado para essa função. É ele que vai dar toda a assessoria e direcionamento necessário para garantir que a obra seja produzida, divulgada, distribuída e comercializada nas principais livrarias do Brasil. Ele também vai oferecer o suporte e monitoramento de todo o processo até o fechamento do contrato.

O mercado editorial é um universo muito complexo e por isso é necessário que esse profissional conheça a fundo todas as suas particularidades. Conhecer o perfil e as necessidades de cada editora, portanto, é um fator imprescindível para que o agente possa encaminhar a essas empresas os livros e autores certos, de acordo com as expectativas das duas partes. Então, ele precisa investigar como é o funcionamento da editora no dia a dia. Pode estudar catálogos, pesquisar sua produção de títulos, mapear seus avanços e retrocessos, acompanhar a rotatividade de seus profissionais. Ele deve, ainda, frequentar eventos como bienais, congressos e feiras de livros, para criar um network sólido. E depois disso, vai providenciar o envio dos originais para as editoras, deixando o escritor descansado dessa função, pra ficar livre e continuar criando suas histórias. Seu olhar deve estar voltado para as editoras, mas também para o mercado em geral.

O trabalho de um Agente Literário funciona com um filtro. Todos os dias dezenas de projetos são enviados para as muitas editoras de todo o país e ele tá sempre ali, por perto, pra fazer essa peneira separando textos que funcionam dos que não são tão adequados para aquele momento. Por esse motivo, sua atuação tem se tornado cada vez mais valorizada e essencial à cadeia produtiva do livro. Outra vantagem é que acontece uma redução no tempo destinado ao processo de prospecção. Isso contribui muito para a descoberta de novos autores e dinamiza consideravelmente as relações do mercado.

Por todas essas características abrangentes do meio em que atua, o agente literário pode escolher se especializar em determinadas áreas editoriais ou optar por trabalhar com todas, sem restrições. Mas, da mesma forma que acontece com um editor, também existe a possibilidade de rejeitar projetos. E o ideal é que ele firme um compromisso ético com seus autores de não assumir mais títulos ou autores do que seja capaz de controlar.

Registramos aqui todas as funções de um Agente Literário. Contamos um pouco do que ele faz, do seu dia a dia e como pode te ajudar na publicação de seus livros. Agora basta que você leia tudo, analise todos prós e contras e chegue às suas próprias conclusões se vale a pena contratar esse profissional ou não.

Boa sorte e boas escolhas!