Nova leva de episódios de “Amor Venenoso” deve chegar agora com finalização do título
As vezes tudo que precisamos é um pouco de água com açúcar para nos fazer esquecer dos problemas; o que é que tem de mal nisso? Novo romance da Netflix, “Amor Venenoso” é um BL japonês com história encerrada em 12 episódios. Confira a nossa resenha, sem spoilers, da primeira metade, já disponível ao público.
Ordem no tribunal!
Em “Love is a Poison”, Ryoma Shiba (Shogo Hama) galgou seu caminho até o topo da advocacia entrando na melhor firma japonesa e se formando, com méritos, em primeiro lugar na sua turma. Sua reputação, porém, é terrível entre seus colegas: apesar de ser uma verdadeira máquina, ele não consegue um parceiro fixo, que sinta estar a sua altura.
Vivendo em uma casa grande e confortável em Tóquio, Ryoma tenta se convencer de que não sente falta de algo em sua vida, tendo a companhia de suas plantinhas suculentas em casa, e de seu melhor amigo, Kazama Kotarou (Kogaken), com quem ocasionalmente sai para o happy-hour.
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As coisas começam a apertar quando o chefe de Ryoma o intima a achar um parceiro logo, já tendo rejeitado quase cem, afinal, se ele deseja se projetar para o exterior e pegar trabalhos importantes e de volume, não poderá fazê-lo sozinho.
Coincidentemente, seu destino se cruza com o de Haruto (Hyodo Katsumi). Apesar de nunca ter experimentado o que é amor romântico, Ryoma começa a ter sentimentos estranhos pelo rapaz, que se mostra um ótimo cozinheiro. Haruto, contudo, é um trambiqueiro de marca maior, e Ryoma decide usar isso a seu favor para conseguir vantagem nos tribunais, além de, sob insistência de Haruto, arranjar um colega de quarto.
Um bom título para um catálogo que pode fazer mais
“Dokukoi ~ Doku mo Sugireba Koi to Naru” (em tradução nossa “Passado o Veneno, vem o Amor”) é um título divertido em um catálogo relativamente pobre em obras LGBT asiáticas. Apesar de muito populares, sobretudo no Japão, e estando na linha de frente na expansão da paixão por dorama para o Ocidente, esse é um acerto quase desconexo.
Com dezenas de dramas asiáticos entrando todo ano, um dos principais públicos do catálogo, a Netflix deixa a desejar comendo poeira para uma audiência tão vocal quanto quem gosta de BL — uma pena ter que esperar por novos títulos com uma boa fatia desses nem sendo tão bons assim.
Falando da produção, podemos resumi-la como divertida; Dokukoi entrega o que promete. As atuações tipicamente de uma escola vertendo à comédia romântica mais caricata entretêm sem ressalvas, mas se perde quando tenta — e demais — fazer o público empatizar com o plano de fundo dramático.
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Para nós, vale um sólido oito, isto porque, cansados ou não de tramas tribunal — e hospitalar, que o leste asiático particularmente é também fissurado — Dokukoi traz leveza a trazer as situações que poderiam ser das mais banais à galhofa e ao ridículo; todos já viram “Suits”, mas não com um gay trambiqueiro atrapalhado e possivelmente neurodivergente.
Temos que ser mais duros, porém, com o potencial desperdiçado com jogos de câmera e convenções (desgastadas) de roteiro — e aqui estamos falando da execução do que foi, e não do que poderia ter sido! — mas o que há de errado em ser um pouco mediano se o resultado é agradável? Os próximos episódios devem chegar logo, uma vez que a série finalizou dia 3 de dezembro, com 12 episódios, no Japão. Faça-se um favor, se gosta de um bom BL, e adicione o título como o próximo da sua lista da Netflix.
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix
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