Desta vez ancorado pelos astros Jude Law e Jason Bateman, novo sucesso da Netflix, “Black Rabbit”, é receita para diversão
O mais novo sucesso da Netflix que tem dado o que falar é a minisérie “Black Rabbit”, estrelada pelo astro cinematográfico Jude Law e o astro televisivo Jason Bateman.
O inglês Jude Law protagonizou diversos filmes conhecidos em Hollywood, mesmo às vezes não sendo o principal protagonista como em “Closer – Perto Demais”, “Estrada Para Perdição”, “IA – Inteligência Artificial”, “Sherlock Holmes” etc.
Jason Bateman, o americano, é mais conhecido pelo seu jeito de americano médio e gente boa, que até tem alguns filmes de sucesso no currículo como a refilmagem de “Quero Matar Meu Chefe”, mas, ao contrário do seu parceiro na minissérie, se tornou astro no seriado televisivo “Arrested Development” e recentemente em outra série de prestígio também da Netflix, a excelente “Ozark”, em que além de protagonista é roteirista e diretor de alguns episódios.
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E por falar em Ozark, Black Rabbit tem algumas semelhanças como o tom soturno que aborda certas naturezas criminais, e principalmente nas aberturas onde uma espécie de organograma adianta algumas situações que acontecem em cada episódio, que é divertido acompanhar.
Na série, Jude e Jason são respectivamente os irmãos Jake e Vince Friedkin, que há alguns anos não se veem por circunstâncias traumáticas que no decorrer da obra vamos descobrir.
Mas eis que Vince, o irmão mais velho, retorna por um problema típico do personagem, solicitando ajuda do seu irmão mais novo e aparentemente bem-sucedido, Jake.

Só que assim como na “série irmã” Ozark, as aparências enganam, pois, produto de traumas da infância, tanto Jake quanto Vince têm questões psicológicas não resolvidas e padrões erráticos que se repetem tanto entre eles como com outras pessoas envolvidas, ou seja, apesar de tudo o que passaram os irmãos preferem ser os mesmos sem se esforçarem para mudar, e isso pode ser determinante na vida ou na morte de qualquer ser humano.
Considerando que Black Rabbit é o local de um restaurante badalado na cosmopolita Nova York (fotografada de forma “lavada”, tipo anos 70, vintage) e nome da antiga banda formadas pelos dois irmãos, é necessária cabeça no lugar e cuidados com alguns detalhes além da gerência e cuidar de pessoas, o que realmente não é muito o forte dos dois irmãos.
Sempre se desafiando uns aos outros e as demais pessoas ao redor — com um bom núcleo de coadjuvantes, mas sem destaque que está lá só para movimentar a trama —, os atores, que têm interpretações bem regulares, se esforçam para realizar um estudo de personagens que fazem questão de tomar as piores decisões possíveis, o que às vezes tira o drama do sério e passa a ser hilário sem essa intenção.
Não que seja um problema algumas reviravoltas absurdas e a necessária suspenção de descrença em qualquer produto que não seja um documentário, mas a série poderia se furtar de alguns acontecimentos previsíveis e estapafúrdios na trama que por pouco não se sustenta.
A sorte é que a obra possui dois protagonistas carismáticos: Jude Law está no auge com todo seu charme, malemolência e impecável sotaque americano, é o craque do jogo e consegue transmitir todas as emoções de seu personagem, da alegria ao desespero com muita competência e convicção.
Porém, embora carismático no seu desleixo, Jason Bateman está degraus abaixo de Law, pois interpreta um trambiqueiro nato e divertido, mas não tem variações tonais de interpretação, está sempre um tom abaixo na voz que não permite variar as emoções pelas quais passa.
E como todo sucesso novelesco, espere de tudo! Reviravoltas, dramas, suspense, traições e até cenas de ação que prendem a audiência, mas dão a impressão de que poderiam ser mais breves do que os oito episódios e, embora previsível na maioria dos seus desfechos, se torna muito difícil até pelos astros envolvidos, de não acompanhar até o fim no que a história vai dar.
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Com alguns episódios dirigidos pelo próprio Jason Bateman e alguns remanescentes em mãos como as da atriz Laura Linney (“Ozark”), Black Rabbit tem o necessário para entreter, porém não vai muito além disso esse pode ser um dos grandes segredos do sucesso da Netflix.
Porque afinal, quem disse que se precisa sempre de uma obra prima para se divertir?
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix

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