Lembra, nós dois?
Tantos anos depois…
Noite, chuva fina,
Você não mais menina,
Uma linda mulher,
Sabe bem o que quer.
Eu, embalado pelo amor,
Sem esconder a minha dor,
Minha ilusão, minha saudade.
O beijo cheio de frieza,
Me trouxe de volta à realidade.
Ocultei minha tristeza,
E a volúpia do desejo.
Num átimo, eu voo, eu vejo,
Nós dois, entre quatro paredes,
Como peixes livres das redes,
Absortos no amor, no ritual.
Abraços, beijos, caricias etc e tal.
Lá fora, bem perto, o mar,
Batia suave nas pedras.
Pela janela, o céu sem estrelas, o luar.
No leito, nós dois sem pudor e sem regras,
Este momento tão bonito,
É o meu sonho infinito,
É o meu sonho constante,
Mesmo você distante.
“É hora de acordar”,
Diz a tua poesia,
“Chega de fantasia.
É inútil a esperança,
A dor de cada lembrança,
Me fazendo sofrer,
Em cada amanhecer”.
Atendendo ao teu anseio,
Meu coração, teu passeio,
Tua liberdade para voar quando quiser.
Aqui não é teu ninho,
Nem você minha mulher.
Outra história é te esquecer.
Porque sempre vai haver…
Noite, chuva fina.
Então a eterna menina,
Mesmo tempos depois,
Vai sempre me perguntar:
Lembra, nós dois?…
Por Ivo Crifar
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