O cinema nacional tem sido sucesso de público e de crítica. Muitos filmes são adaptações de obras literárias consagradas hoje vamos indicar algumas razões pelas quais a literatura salvando o cinema.
Adaptação literária
Muitos filmes brasileiros são adaptações de obras literárias. Autores como Machado de Assis, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e outros tiveram suas obras adaptadas para o cinema. Essas adaptações trazem a riqueza dos personagens, enredos e temas da literatura para o meio cinematográfico, permitindo uma apreciação ampliada das histórias.
Um exemplo disso é a obra Dona Flor e seus Dois Maridos, que foi sucesso de público por trinta e quatro anos até ser superado por Tropa de Elite 2. O filme é uma adaptação de um livro homônimo escrito por Jorge Amado que conta a história de amor de uma mulher por duas pessoas mas uma delas é visto por ela em aparições porque já morreu.
Novos talentos
A literatura brasileira também tem servido como uma fonte de novos talentos para o cinema. Autores contemporâneos estão explorando narrativas inovadoras, abordando questões sociais e políticas relevantes, e muitos deles têm suas obras adaptadas para o cinema. Essa renovação na literatura brasileira traz frescor e originalidade para as produções cinematográficas.
Histórias regionais e culturais
A literatura brasileira é rica em histórias que retratam a diversidade cultural e regional do país. Essas histórias têm o potencial de enriquecer a narrativa do cinema, proporcionando um retrato mais autêntico e representativo da realidade brasileira. Filmes baseados em obras que exploram as particularidades de diferentes regiões do Brasil contribuem para a valorização e o conhecimento dessas culturas, como o clássico O auto da Compadecida inspirado na obra de Ariano Suassuana. O filme foi assistido por mais de dois milhões de pessoas rendendo prêmios de melhor diretor, melhor roteiro, melhor lançamento e melhor ator.
Reconhecimento internacional
Filmes brasileiros baseados em obras literárias têm alcançado sucesso e reconhecimento internacional. Festivais de cinema e premiações ao redor do mundo têm reconhecido a qualidade dessas produções, o que ajuda a divulgar tanto a literatura quanto o cinema brasileiros em nível global. Isso abre portas para a indústria cinematográfica brasileira e estimula a produção de mais filmes de qualidade. A obra O Cangaceiro, adaptada de um livro de Lima Barreto, foi o percursor no festival de Cannes concorrendo na categoria aventura. Conta a história de capitão Galdino que vandaliza vilas e um dia sequestraram a professora Olivia e pediram um valor pelo resgate. Galdino e Teodoro se apaixonam por ela e brigam pelo amor da docente. Ele está inspirado na imagem de Lampião e consagrou o cinema nacional perante o mundo. Além do prêmio de melhor filme de aventura, o filme foi premiado por trilha sonora o tema mulher rendeira, interpretada por Vanja Orico e demônios da garoa.
A consagração em Cannes o levou para 80 países. O filme foi comprado pela Colúmbia Picture e passou cinco anos em cartaz na França. O personagem, assim como ocorre com filmes de faroeste nos Estados Unidos, virou quadrinhos lançados pela editora Júpiter em 1950.
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