Misturando música, poesia, circo, dança e amor, a cantora Mariana Soares de 28 anos, vem encantando centenas de corações. Natural de Campos dos Goytacazes no interior do Rio de Janeiro e formada em Engenharia Ambiental, Mariana também é professora de inglês, toca diversos instrumentos e tem uma voz de dar inveja.
Compositora de canções como “Viração”, “Nariz do Palhaço” e “Pé de limão”, ela tem dois álbuns lançados: “A natureza te grita” e “Pé de limão”. Atualmente com o espetáculo “Desconcerto”, Mariana pretende chegar bem longe em sua carreira, sempre tocando o coração das pessoas, e as enchendo de bons sentimentos. Simpática, leve e descontraída, ela conversou com a gente e você pode conferir aqui em baixo.
Carolina Gomes – Como você começou a cantar?
Mariana Soares – Então, desde criança na igreja com os meus pais e depois eu fiz aulas de canto, teclado, violão, ukulelê. Formei bandas…Fui embora para Vitória/ES e passei a cantar lá também. Quando voltei para Campos surgiu a história do viração, eu conheci minha assessora, e consegui fazer um trabalho profissional mesmo, com as minhas músicas, gravei meu primeiro EP… Isso têm uns 3 anos.
CG – Como que surgiu a ideia do evento Viração?
MS – O Viração veio da música “Viração do dia”. Ela veio de um poema da minha amiga, a Elisa Cerqueira, “Viração do dia”. E nesse show a gente ia para o jardim, ao ar livre a cantávamos, passávamos uma tarde gostosa ali. Era basicamente voz e violão.
CG- No espetáculo “Desconcerto” você mistura circo, poesia, música, dança… Como que é isso?
MS- O circo veio desde Vitória. Os meus amigos de lá são do Circo do céu, eu cheguei a fazer aula de circo lá também, e já aconteciam alguns eventos assim, misturando com música. Daí eu comecei a compor com coisas que também tinham a ver com circo, e vieram as canções “Nariz do Palhaço” e “Valsa dos Contos” que é uma poesia performática bonitinha. Elas começaram a interagir, teve tudo a ver. Levamos, então, para o teatro e virou o “Desconcerto” que é todo organizado com roteiro, não é como o “Viração”,uma coisa mais solta.
CG – Hoje, eu vejo que falta um pouco dessas performances em um show. Como que é para você poder levar isso para as pessoas?
MS- É muito trabalhoso. Mas se não tiver trabalho não tem graça também, né? (risos) E é muito lindo, a nossa ideia principal é causar emoção para as pessoas, é tirá-las dessa vida “normal” do dia-a-dia que não faz a gente parar para pensar, para refletir muito. Não faz a gente ter sentimentos loucos que nos fazem chorar muito ou rir muito. Então, a ideia é causar emoções, por isso a gente fala até que é uma experiência multi sensorial, porque ali você vai trabalhar sua audição com a música, vai ver, também, então essa é a ideia de ter circo e dança: gerar uma emoção que talvez só a música não causaria. E é muito bacana para gente que tá ali, o objetivo é fazer todo mundo estar na mesma atmosfera.
CG- Fale um pouco desses artistas que estão no palco com você.
MS- A banda já está comigo desde o “Viração”, nós criamos um laço bem legal com os meninos que são bem novinhos. E daí começamos a trabalhar com eles e sempre os levamos fixos na banda. O circo, veio o Circo do céu de Vitória ano passado, e dessa vez nós trouxemos o pessoal da escola Crescer e viver. E a dança são os meninos de Campos mesmo. Nós queríamos trabalhar com os artistas de Campos também, então, a minha assessora os descobriu, e são excelentes bailarinos. E é muito importante termos artistas que falem a nossa língua, temos que ter um ciclo de amizade com uma sintonia artística.. O tempo de criação também é muito importante, porque a gente pensa em alguma coisa e as ideias se cruzam, é tudo muito natural. E é muito legal porque quem se identifica vai agregando, é uma coisa que sai do nosso controle, temos que deixar fluir. E por isso que é um time muito bem escolhido que está dando muito certo.
CG – Quais são os seus próximos projetos, o que que está saindo do forno…?
MS- Nós temos gravado muitos videos. Ano passado tocamos com a Orquestra Municipal de Campos, e nós decidimos não perder esse arranjo que ficou incrível. Então, gravamos com eles, com as músicas que eles tocaram lá com a gente, e transformaram a música completamente. Ficamos apavorados como que uma canção pode mudar tudo. E pensamos em investir no “Desconcerto”, que virou um baby que queremos cuidar muito. Não que a gente tenha desistido dos outros projetos, mas os caminhos têm nos levamos para isso, tanto que ficamos em cartaz no Sesi em Macaé/RJ. Ah! Temos 3 músicas novas nesse “Desconcerto”: “Encomenda”, “Chão” e “Monção”. Em cada temporada nós lançamos alguma coisa. Nos dois primeiros lançamos os CDs, e agora as músicas.
CG- Fale um pouco da música “Nariz de Palhaço” e quais oportunidades que ela abriu.
MS- Essa música nos levou para lugares inimagináveis. Foi da época do circo e eu tentei trazê-la para nossa vivencia. E cada um interpreta de uma forma. Tem gente que é palhaço e vem falar comigo que é daquele jeito mesmo falado na música. E tem gente que vem falar que a vida também é…Enfim, nessa parte de aceitação das pessoas com a música em si foi uma surpresa gigantesca. Mesmo a gente tendo lançado o Pé de limão agora, as pessoas falam que nunca nada vai substituir a emoção de Nariz depalhaço. Essa música nos levou também para o festival nacional de música digital, o DNX e ficamos na categoria New talent e eles premiaram vários artistas. Tinha Milton Nascimento, Ana Carolina, Maria Gadú, Vanessa da Matta, então lá tivemos esse contato com o pessoal, trocamos várias ideias e foi muito surpreendente, nos levou para um patamar a cima. Ela também nos tirou um pouco daqui e atingiu o nível nacional. Foi trilha sonora de um curta metragem, de uma galera de São Paulo, muito bacana. Agora nós fizemos um documentário dela, cada um falou uma coisa do que que está por trás do nariz do palhaço. Vai sair a versão com orquestra também. Então, assim, não paramos de inventar em cima dela.
CG – Antes do Bate Bola, suas influencias musicais são bem importantes, e como é para você ter gente com Elis Regina e Chico Buarque te inspirando?
MS- Eu nasci nisso.É o meu berço. Eu cresci com o meu pai cantando Elis, chorinho, Tom Jobim, minha família toda é muito envolvida com isso. Então eu sinto um pouco que eles trouxeram um legado, e nós tentamos fazer um resgaste de valores e princípios na música também, pois estamos indo por um caminho muito raso, que são músicas que respeitamos, dançamos, mas também tem música para dançar, chorar, pensar. Há uns anos, na época dos nossos pais eles ouviam Elis, Tom e tinha uma relevância para eles, e eu acho que isso tem que continuar existindo. E outros artistas, colegas também sentem isso. Então, para mim eles foram isso, deixaram esse legado, essa história que precisamos continuar levando o sentido para vida das pessoas.
CG- Uma cantora?
MS- Elis Regina
CG- Um cantor?
MS- Milton Nascimento
CG- Uma música?
MS- Nada será como antes
CG- Um filme?
MS- Um amor para recordar, as pessoas vão rir disso, não critiquem. (risos)
CG- Uma mania?
MS- Fazer xixi antes de sair de casa
CG- Uma frase?
MS- “O mundo foi feito para você”
CG- Onde Mariana Soares quer chegar?
MS- Ahh! No topo, (risos). Eu quero chegar nesse lugar de resgate de valores e emoções não corriqueiras.
O próximo “Desconcerto” está marcado para o dia 16 de setembro no Teatro Trianon em Campos/RJ. E em breve ela fará uma apresentação no Rio de Janeiro, capital. E Para ficar por dentro das novidades de Mariana, a siga nas redes sociais, e escute suas músicas no Spotify.
Por Carolina Gomes
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