Filmes baseados em fatos sempre são um desafio gigantesco. Principalmente, quando são tão dramáticos e tiveram tanta propagação quanto a tragédia do Golfo do México, quando a plataforma Deepwater Horizon explodiu, causando mortes e uma catástrofe ambiental sem precedentes.
Mike Williams é um dos trabalhadores da plataforma. Pai de família, Mike volta para plataforma e já descobre que os donos do dinheiro estão irritados e estressados com o atraso para chegar ao tão esperado petróleo, tanto que chegam ao ponto de dispensar a equipe de testes antes de concluir todos eles.
Essa errônea decisão desencadeia o mais avassalador acidente petrolífero dos Estados Unidos, deixando os trabalhadores no meio do mar, com uma plataforma pegando fogo e vazando milhares de litros de petróleo no oceano, enquanto tentam salvar suas vidas.
O filme americano não tem nada de original. A tragédia foi intensamente divulgada pela imprensa do mundo todo, o julgamento dos responsáveis muito transmitido e toda a dor pelas vítimas acompanhada por dias à fio.O roteiro faz um bom trabalho. Começa de maneira bem clichê mostrando o protagonista como o típico americano com uma família, planos e um bom emprego, mas depois começa a melhorar. Entretanto, é quando Mike chega com seu superior, Jimmy Harrell, e a equipe da qual faz parte na plataforma, que as coisas realmente começam a acontecer e, quando tem esse início, elas não param.
Mark Wahlberg está bem na pele de Mike. Wahlberg nunca realmente conseguiu convencer ninguém como um bom ator, seus trabalhos sempre oscilam entre atuações medianas e corretas. Kurt Russel e John Malkovich levam seus personagens ao máximo, suas interpretações são as melhores e as que mais se destacam. Kate Hudson, como a esposa de Mike, Felicita, entrega uma interpretação simples e objetiva. Gina Rodriguez tem mais destaque ao ser uma das mulheres que trabalham na plataforma e tem uma atuação ao mesmo tempo forte e sensível.
O trabalho dos efeitos especiais é realmente um dos mais impressionantes da produção. A realidade com que as explosões foram feitas é de uma qualidade elogiável. A fotografia trabalha um pouco com câmeras nervosas que, às vezes, parecem seguir e ser uma pessoa ao lado do personagem que esta acompanhando. Há um objetivo de mostrar o filme como uma luta contra o tempo, e fotografia, sonoplastia e atuações trabalham nesse sentido.
Peter Berg é o diretor responsável por esse filme e entrega uma produção eloquente, responsável e sensível com a verdadeira tragédia do Golfo Mexicano.
Horizonte Profundo – Tragédia No Golfo estreia dia 10 de novembro em todo Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=165LSNKGO6s
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