Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica (2) – Parasita

Avatar de Mauro Machado
Mauro Machado
5 de novembro de 2019 3 Mins Read

Parasita

Algumas obras possuem o mérito de apresentar enorme densidade e camadas de discussão para os temas que apresenta. O sul-coreano “Parasita é um deles, que mesmo deixando sua mensagem sempre evidente desde o início, o faz com sofisticação e maestria. Observamos a vista para a rua tida de uma janela da moradia de uma família pobre, sem que nenhum personagem seja apresentado já nesses primeiros segundos. Contudo, o espectador ali fica ciente que é aquela perspectiva que o filme mostrará, que a visão partirá do referencial daquela habitação e da relação que seus habitantes tem com o mundo. “Parasita” trata de desigualdade social, do conflito de classes sociais e do capitalismo selvagem tendo uma família desempregada e desfavorecida como protagonista. Não apenas ela sozinha, como ela perante outros indivíduos pobres e, principalmente, perante a elite de seu país.

Aliás, se a interação da família pobre com a família rica toma grande parte do tempo de projeção, é nessa dinâmica que vemos os contrastes sociais muito fortemente. Tanto em termos metafóricos quanto propriamente visuais. A direção dá tons claustrofóbicos na medida em que a família pobre é sempre retratada muito junta, com a câmera perto dos atores, em planos muito fechados. Em suma, toda a mise-en-scene confere esse caráter quase insalubre na residência dos personagens principais. A habitação, localizada num bairro miserável da Coréia do Sul, é sempre retratada com tons esverdeados e acinzentados, como se ali a melancolia e a falta de esperança predominasse. O design de produção, por sua vez, retrata o ambiente muito amontoado de objetos e de sujeira para reforçar as condições precárias e dimensionar sua intensidade. Já a família de elite mora numa enorme mansão com muito espaço – interno e externo – e num clima limpo, quase esterilizado. Não bastasse isso, há uma diferença visual bem interessante no que diz respeito às janelas. Se a janela dos menos favorecidos dá para a rua, para o mundo, a burguesia coreana é voltada para seu próprio quintal. Forma perspicaz e eficiente de demonstrar quem são aqueles que verdadeiramente encontram mais dificuldades e problemas no mundo externo.

Parasita 3

Vale mencionar que, ao menos num primeiro momento, os protagonistas são filmados mais ao longe, em planos mais fechados, quando nos ambientes da família rica. Isso não apenas serve para destacar o tamanho e proporção desses lugares como também ressalta o tanto que aquelas pessoas se encontram fora de seu contexto, deslocadas do lugar de origem. Diferentemente de seu ambiente doméstico, quando tudo é muito visto de perto, onde não há muito espaço sobrando. É um toque de extremo bom gosto por parte de Bong Joon-Ho, diretor do longa.

No mais, é importante ressaltar a fluidez com que “Parasita” progride durante a projeção. É um filme bastante acessível que nunca abre mão de profundidade para tal, assim como também não subestima seu público. Transita entre diversos gêneros cinematográficos como comédia, suspense e terror de forma orgânica sempre prendendo a atenção e se tornando imprevisível em alguma medida. Tudo isso bem amarrado por um roteiro que não deixa pontas soltas e é inteligente, funcionando por meio de várias pistas e recompensas, de pequenos detalhes aparentemente banais mas que mostram grande importância no todo. Contando ainda com algumas viradas que são bem colocadas, sem nenhum tipo de exagero. Além disso, o elemento da montagem que gera interessantes paralelismos mas que sabe transitar entre cenas e ambientes com elegância e que corta momentos que em nada poderiam acrescentar, a não ser puro didatismo por parte dos realizadores.

“Parasita” é brilhante e deve ser assistido por todos aqueles de forte senso crítico para com o mundo. É ousado e muitíssimo bem realizado, mesmo que carregado de mensagens simples e isso talvez seja sua característica mais interessante.


Imagem e vídeo: Divulgação/Pandora Filmes

Reader Rating0 Votes
0
9

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

CinemaCinema Asiáticocoreia do sulFestival de CannesParasitaSuspense

Compartilhar artigo

Avatar de Mauro Machado
Me siga Escrito por

Mauro Machado

Ser envolto em camadas de sarcasmo e crises existenciais. Desde 1997 tentando entender o mundo que o cerca,e falhando nisso cada vez mais.

Outros Artigos

Bate Coração
Anterior

Crítica: Bate Coração

O Farol 5
Próximo

Crítica: O Farol

Próximo
O Farol 5
6 de novembro de 2019

Crítica: O Farol

Anterior
4 de novembro de 2019

Crítica: Bate Coração

Bate Coração

3 Comments

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Pedro Sampaio em evento do House of Mouse Tour, em seu setlist no Rio.
    House Of Mouse | Disney Traz Evento Ao Rio Com Pedro Sampaio e Uma Experiência Inesquecível
    Joanna Colaço
    Ator Ncuti Gatwa como o Doutor de "Doctor Who" em série revival de 2024. Ele está dando as mãos para o telespectador, com ela em destaque para câmera, com um sorriso, e uma espiral futurística atrás dele.
    Doctor Who | Ncuti Gatwa se Despede da Série Após Duas Temporadas
    Amanda Moura
    Ivana Baquero, atriz protagonista de "O Jogo da Viúva", em imagem de capa promocional para filme da Netflix. Ela está com o rosto encoberto pelos ombros de um homem, mão esquerda sobre ele, revelando a aliança, e um olhar enigmático. O homem está de terno e de costas.
    O Jogo da Viúva | Conheça a História Real Que Inspirou o Longa da Netflix
    Amanda Moura
    HUnter Schafer interpretando Jules em "Euphoria". Atriz está com braço direito levantado (nossa esquerda da tela), olhando diretamente para a câmera, semi-dobrado, segurando duas folhas douradas pendentes, e um sorriso mostrando parcialmente os dentes de baixo.
    The Legend of Zelda | Hunter Schafer Pode Interpretar o Papel-título no Live-action
    Amanda Moura
    Taylor Swift em um fundo completamente branco, sentada com blusa azul claro e jeans do mesmo tom, sorrindo, cercada por seus seis primeiros álbuns de estúdio, em anúncio da compra de seus direitos.
    Taylor Swift Compra Suas Masters de Volta; Fãs se Preocupam com Reputation TV
    Nick de Angelo

    Posts Relacionados

    Ivana Baquero, atriz protagonista de "O Jogo da Viúva", em imagem de capa promocional para filme da Netflix. Ela está com o rosto encoberto pelos ombros de um homem, mão esquerda sobre ele, revelando a aliança, e um olhar enigmático. O homem está de terno e de costas.

    O Jogo da Viúva | Conheça a História Real Que Inspirou o Longa da Netflix

    Amanda Moura
    1 de junho de 2025
    HUnter Schafer interpretando Jules em "Euphoria". Atriz está com braço direito levantado (nossa esquerda da tela), olhando diretamente para a câmera, semi-dobrado, segurando duas folhas douradas pendentes, e um sorriso mostrando parcialmente os dentes de baixo.

    The Legend of Zelda | Hunter Schafer Pode Interpretar o Papel-título no Live-action

    Amanda Moura
    31 de maio de 2025
    Elenco do filme francês "Entre Dois Mundos" (2022) sentado em um cais.

    Entre Dois Mundos | O Discreto Interesse Burguês Pela Limpeza de Privadas

    Rodrigo Chinchio
    29 de maio de 2025
    Jason Statham como Levon Cade, protagonista de "Resgate Implacável". Ele segura com as duas mãos uma grande marreta e está vestido com um colete. De cara séria, ele está de frente para câmera e de trás para uma janela em semicírculo com luz natural diurna passando pelo ambiente escuro.

    Resgate Implacável | Jason Statham Brincando de Liam Neeson em Filme de Ação sobre Resgate de Adolescente

    Roberto Rezende
    28 de maio de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    ECO SHOW AMAZON BANNER