O quinto título da franquia Piratas do Caribe chegou inesperadamente em meio a um grande número de remakes em Hollywood. Estreando no dia 25 de maio, a franquia voltou a criar um estilo de diversão similar ao primeiro filme, o que renova o interesse no pirata mais popular dos últimos tempos.
Mas, antes mesmo de aproveitar o longa, notícias sobre pirataria tornaram irônico o próprio título do filme. Piratas, não piratas do mar, mas sim hackers, invadiram os computadores da Disney, conseguiram o filme, e queriam que a companhia os pagassem uma vasta soma de dinheiro para que eles não divulgassem o título online. A Disney , é claro, disse que não iria pagar.
Independente do que aconteceu, o fato de “Piratas” lembrar o primeiro da franquia dá nova vida a ideia que parecia já expirada.
O primeiro da franquia, “A Maldição do Pérola Negra”, foi inspirado pela atração de mesmo nome nos parques da Disney. O filme conta a história de Will Turner, interpretado por Orlando Bloom, um ferreiro apaixonado por Elizabeth Swann, interpretada por Keira Knightley. Quando Elizabeth era criança, ela achou um medalhão em meio a pedaços de um navio destruído o qual, depois de anos, o amaldiçoado pirata Barbossa (Geoffrey Rush) busca possuir e torna a jovem sua prisioneira. Desesperado e sem ter mais o que fazer, Will decide contratar um outro pirata para que o ajude a resgatar sua amada. Assim, o público é apresentado a Jack Sparrow, interpretado por Johnny Depp, o famoso pirata que deu vida à franquia.
O fato de Jack Sparrow ter se tornado tão famoso foi surpresa para muitos nos estúdios Disney. Por exemplo, um dos ex-CEOs da empresa havia ficado furioso quando viu o tipo de atuação criada por Johnny Depp, e o acusou de arruinar o filme, ainda perguntando se o personagem é gay. O ator, surpreso, respondeu que todos os personagens que atua são gays. Embora Depp acreditou que seria demitido, os executivos decidiram ver onde isto iria dar e o resultado foi uma das maiores franquias de sucesso da Disney, responsável até mesmo por reformular as atrações de seus parques.
Porém, o segundo e o terceiro da franquia saíram um pouco de linha daquilo que o primeiro havia criado. Com efeitos especiais cada vez mais impressionantes e com histórias cada vez mais complexas, os longas seguintes impressionaram em relação ao seu visual, mas confundiram os espectadores com seus enredos. A própria maldição dos piratas, que era simples de entender no primeiro filme, se torna mais complexa e difícil de acreditar. Além disso, cenas que mais parecem ficção científica do que pertencentes a um longa de aventura, como o caso de um navio que encontra um portal para uma outra dimensão dentro do oceano, deixou muitos fãs desapontados.
E é aqui que o quinto filme, “Piratas do Caribe: A vingança de Salazar”, faz diferente. O título reconta a história do terrível capitão Salazar (Javier Bardem) que promete assassinar todos os piratas do mundo, inclusive Sparrow, e traz cenas majestosas com um enredo mais divertido de acompanhar, entretendo da mesma maneira que o primeiro.
* Texto escrito por: Daniel Bydlowski, cineasta brasileiro com Master in fine Arts pela University of Southern of California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. É membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Atualmente, está produzindo Nano Éden, primeiro longa em realidade virtual em 3D.
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