Crítica: A Era do Gelo – As Aventuras de Buck

Nos anos 90 a Walt Disney ficou marcada por estragar suas animações com continuações mal feitas que muitas vezes, se quer chagavam nos cinemas. Algo que foi corrigido principalmente após a Pixar, em parceria com a própria Disney fazer longas como “Toy Story 2”, que mostraram que dava sim para investir em uma sequência de qualidade e formar franquias de animação. A Blue Sky Studios teve com a franquia “A Era do Gelo” o seu principal legado. Ainda que as sequências tenham patinado (principalmente nos últimos dois longas), notavelmente, ainda havia uma animação de qualidade por trás e algum esforço para manter o legado da franquia. Além disso, o humor sempre esteve afiado e novos personagens ou novas temáticas sempre movimentavam a história. Agora, sob monopólio Disney, parece que o legado se esvai, e recebemos com angustia “A Era do Gelo: As Aventuras de Buck”.

No longa, os irmãos gambas Eddie e Crash, almejam liberdade e por isso abandonam o bando em busca de independência. Mas eles acabam caindo no mundo perdido com o velho conhecido Buck. Agora eles precisam salvar esse paraíso das mãos do dinossauro mais inteligente do planeta.

As ideia de trazer filmes spin-off pode ser interessante quando é necessário variar a história. No caso de “A Era do Gelo”, depois de 5 filmes de temática familiar, focar em apenas parte dos personagens trazendo algo paralelo poderia ser algo para sair da zona de conforto, mas faltou combinar com o roteirista. Assim, o longa traz uma história enfadonha, não aproveita o melhor dos seu personagens para fazer um humor que realmente divirta e o vilão é tão desprezível em suas ambições, que perdemos a vontade de ver o filme ainda na metade apenas para não nos chatearmos mais.

Ainda que quisessem fazer algo mais simples, há tanta ambientação interessante, e tanto opção no universo estabelecido na franquia que ao menos isso poderiam aproveitar. Mas ao contrário, até mesmo a nostalgia de vermos os personagens é estragada pela qualidade da animação que decai vertiginosamente em relação aos longas anteriores. Além disso, podemos também citar a ausência de personagens sem qualquer explicação.

E nesses caminhos tortuosos por onde o enredo segue, a essência da franquia é deixada de lado. O filme abraça completamente o lago bobalhão, que se antes não era o foco, e pouco (ou quase nada) acrescenta para o futuro.

Por fim, esse emaranhado de escolhas ruins, transformam esse longa em tão memorável quanto qualquer outra continuação ruim da Disney dos anos 90. E não é nenhum pesar não haver lançamento nos cinemas.

“A Era do Gelo: As Aventuras de Buck” está disponível na Disney Plus.

Crítica: A Era do Gelo – As Aventuras de Buck

Sinopse

A Era do Gelo: As Aventuras de Buck Wild acompanha os irmãos gambás malucos Crash e Eddie enquanto eles retornam ao ‘Mundo Perdido’ repleto de dinossauros, onde a doninha Buck (Simon Pegg) mora. Desesperados por alguma distância de sua irmã mais velha Ellie, os irmãos gambás em busca de emoção partem para encontrar um lugar próprio, mas rapidamente se encontram presos no Mundo Perdido, uma enorme caverna subterrânea. Eles são resgatados por seu amigo caolho, a doninha caçadora de dinossauros Buck Wild, e juntos embarcam em uma missão para salvar o Mundo Perdido da dominação dos dinossauros.

Prós

Serve como passatempo para as crianças;

Contras

Roteiro sofrível;

A animação perdeu qualidade em relação aos filmes anteriores;

A parte cômica não funciona;

1.4

Nota