“Amor à Primeira Vista” conta uma estória de amor entre dois jovens que se conhecem em um voo onde ambos vão para Londres. Enquanto Hadley está indo para o segundo casamento de seu pai, que ela não perdoou ainda por ter se divorciado de sua mãe, Oliver está indo para a despedida de sua mãe, que se encontra com câncer de pulmão terminal.
O filme consegue ter uma direção geral, fotográfica e uma montagem bastante aguçada para um filme que é voltado para um grande público. Oque surpreende em comparação com outros trabalhos vindos da Netflix que não ultrapassam o medíocre já esperado nesse gênero.
Claro que não tem muito oque exigir no quesito atuação em um filme que utiliza a mais forçadas facilitações narrativas para acontecer, mas que fazem sentido. Sentido pelo fato de Oliver ser um personagem paranoico com estatísticas, oque faz todo sentido nesse contraste.
Algo que tem um casamento certeiro com a atuação e narração da atriz Jameela Jamil que consegue conduzir a obra de forma cômica e brincando em utilizar a quebra da quarta parede e se tornando figurante em alguns momentos, tendo contato com o casal protagonista.
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O trabalho de iluminação do filme consegue fazer jus à diferença de ambos os personagens e que vão se unificando aos poucos, seja na sequência do avião até a sequência final, onde a cor se torna uma só de ambos. Mesmo com um trabalho técnico bom, o filme não foge de ser mais uma comédia romântica de dois jovens passando problemas normais e que acabam, por forças apelativas do roteiro, de acabarem se apaixonando.
Trilha sonora que faz de tudo para tornar alguns momentos aquilo ser algo mais dramático ou romântico possível, mesmo ambos os protagonistas não tendo mais oque fazer para melhorar esse roteiro que claramente não tem salvação. Mas como aquele que vos escreve disse nos parágrafos iniciais, não tem muito oque esperar de uma comédia romântica, vide produzida pela Netflix.
Porém, pelo menos, a obra em seu contexto geral consegue funcionar sem ser tão ruim como poderia ser. É possível enxergar um trabalho delicado na direção geral para montar uma estória sem ser displicente. Tirando o plano contra plano que aparece na sequência inicial do aeroporto onde o casal se conhece que é feito da forma mais desmedida possível, o resto da técnica chama bastante atenção do espectador.
No quesito cômico, o filme consegue tirar algumas risadas do espectador com certas piadas, surpreendentemente funciona em conjunto do casal e com os outros personagens a cerca deles. Além de não ter nenhum personagem que se utilize de forma gratuita como alívio cômico, todos correspondem na forma medida com cada situação proposta pela narrativa.
“Amor à Primeira Vista” consegue se salvar de ser mais uma comédia romântica esquecível por conta de escolhas certeiras da direção de conduzir a obra de forma detalhada no trabalho fotográfico, na iluminação e da narradora(Narradora que é um dos principais pêndulos do filme não cair em uma mesmice já premeditada).
Não tem muito oque acrescentar à essa obra que consegue acertar, mediante á mais um roteiro medíocre qualquer, com oque a direção tinha em mãos. “Amor à Primeira Vista” consegue ser um entretenimento funcional para aquele espectador que quer simplesmente passar o tempo, sendo assim: a obra consegue fazer seu papel proposto.
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