Bumblebee, o autobot mais amado agora tem o melhor filme da franquia Transformers
A ideia de adaptar “Transformers” para os cinemas surgiu inicialmente em 2002. O hoje produtor da franquia Steven Spielberg, precisou convencer Michael Bay a dirigir o longa após a Hasbro ceder os direitos. Primeiramente, o diretor se negou, aceitando posteriormente a direção. Os primeiros designers dos robôs surgiram em 2005 e o filme foi lançado em 2007. Na época, a crítica foi mista, apontando como principal ponto negativo o roteiro, o que foi recorrente nos filmes posteriores, e como ponto positivo o destaque ficou com as cenas mirabolantes e literalmente explosivas de batalhas, recheadas de ação e efeitos especiais inovadores – algo que também foi recorrente nos outros filmes da franquia.
Essa recorrência de estrutura cansou o público e a crítica, que nunca havia sido unanime. Já não eram mais engolidas as grandes cenas de batalhas, até mesmo o público estavam com uma visão de que Transformers havia se tornado um palco de lutas exageradas e desnecessárias, cheias de explosões, e isso recaia principalmente sobre os ombros de Michael Bay.
Foi então que, após o fracasso do quinto filme, foi decidido repensar a franquia para que a mesma ganhasse novos ares, por meio de um novo olhar. Para isso, o estúdio escolheu algo que vem dando certo com muitas outras produções ultimamente, o uso da nostalgia. Foi então que o personagem mais carismático da franquia ganhou o anúncio de produção de um filme solo. Então, hoje, temos “Bumblebee“.
O longa funciona como uma espécie de origem, conta como e por que Bumblebee e os outros Transformers (Autobots e Decepticons) chegaram à terra. No filme, o recém chegado, Bee, vive disfarçado de fusca após ser ferido em combate. Ao ser comprado e consertado por Charlie (Hailee Steinfeld), eles se tornam amigos. Ela é uma adolescente que sofre com a ausência do falecido pai e problemas de relacionamento com a mãe. Após os Decepticons descobrirem seu paradeiro, Bee precisa lutar para defender sua amiga e a Terra.
Dirigido por Travis Knigh, que até então só havia trabalhado em animações, o filme tem de início uma cena básica de batalha em Cybetron. Dessa vez, de imediato, conseguimos ver o quão mais simples é esse longa em relação ao design dos robôs e ao uso de recursos como explosões e transformações das máquinas.
Dessa vez, o roteiro, escrito por Christiana Hodson, opta por deixar a ação um pouco de lado e dar espaço ao desenvolvimento de personalidade dos personagens e suas relações de afeto. A estrutura que a história trilha segue mais uma linha de aventura, do que algo propriamente de ação. Sendo mais próximo do produtor Steven Spielberg do que do ex-diretor e agora produtor, Michael Bay.
Além disso, o filme traz um carga nostálgica pesada e que é usada e abusada em todos momentos. Para começo, temos o modelo de Bumblebee, agora na sua forma original de fusca, remetendo a origem dos Transformers nas animações, com feições robóticas quadradas. Além disso, a trilha sonora nos traz uma viagem no tempo indo de The Smiths à Simple Minds.
A história contada segue uma linha fácil, simples, e em pontos até clichê, mas que é bem correta, com poucos furos. Cada personagem tem o espaço para se desenvolver e ser útil de algum modo na trama. Entre os atores, se destaca a protagonista Hailee Steinfeld, carismática, a atriz conquista o público em sua interação com o Autobot, além de passar bem a carga dramática que a jovem personagem carrega em alguns momentos da trama. O alívio cômico fica por conta do próprio Bee, e do amigo de Charlie, Guilermo (Jorge Lendeborg Jr.), fora a família disfuncional da personagem que faz ri um bocado em alguns momentos em cena.
A verdade é que “Bumblebee“ destoa e respira dentro da franquia, isso é, se considerarmos que ele realmente pertença a ela, porque se fosse de escolha do público se iniciaria desse filme uma nova franquia. A história simples e o apelo nostálgico foram cartas bem usadas na criação desse projeto e dificilmente o estúdio abrirá mão de fazer algo a mais nesse sentido.
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