O primeiro filme do Universo Cinematográfico Marvel protagonizado por uma mulher, “Capitã Marvel“, chega aos cinemas essa semana. A nova personagem, vem para ser uma das estrelas da futura fase quatro do universo compartilhado. Esse, sabidamente, deve passar por grandes mudanças de personagens após “Vingadores: Ultimato“.
Entre erros e acertos, ” Capitã Marvel” é apenas um filme médio dentre tantos outro da Marvel. Ele introduz de forma assertiva a nova personagem, entretanto, não empolga em ação tão pouco em sua história e/ou com sua protagonista pouco carismática.
No longa, Carol Danvers, é uma piloto da força aérea americana que perdeu a memória e acredita pertencer a uma raça alienígena. Durante uma de suas incursões ela acaba na Terra, onde conhece Nick Fury – um agente de uma organização governamental, que a ajuda a descobrir a origem de seus poderes e sua real história de vida.
Com o típico longa de introdução de personagens, “Capitã Marvel” foca na história de sua protagonista caminhando rumo ao heroismo. Personalidade, flashs do passado, evolução como pessoa, tudo isso é jogado em tela para entendermos quem é a nova cara do Universo Marvel. Quanto a essa construção o filme se sai bem, temos bastante informações contundentes que se revelam no decorrer do filme, mas ao mesmo tempo a estrutura tropeça em um clichê desnecessário.
O protagonismo feminino acaba sendo apenas um detalhe, por não enfatizar um empoderamento, mas ele está ali. Entretanto, é diferente de Pantera Negra que é um filme bem mais forte e sabe utilizar bem a representatividade a seu favor, trazendo empatia e gerando comoção.
Brie Larson, por sua vez, está apática a maior parte do filme. Falta carisma, algo que cative o público. Sua expressividade é sempre a mesma durante qualquer que seja a cena, podem ser essas de ação, mais dramática ou durante os inúmeros momentos de alívios cômicos (nem mesmo o sorriso é por inteiro). Em contraponto, Samuel L. Jackson – mais jovial que nunca, devido ao excelente trabalho da equipe de efeitos visuais – esbanja carisma e boas passagens em cena, vemos um Nicky Fury bem diferente e menos sério.
O desenrolar da trama bebe bastante em outros filmes do gênero, sem grandes surpresas para trazer a criação da heroína e o descobrimento de seus poderes. Até o mistério que envolve o surgimento dos vilões e o grande embate final, fica a desejar, com aquela fórmula básica da liberação total do poder e sempre lutando por algo justo. O que fica de sentimento é a falta de algo a mais em pelo menos uma dessas passagens do longa. Falta um melhor desenvolvimento do enredo, um vilão que convença mais, falta uma cena de batalha de tirar o fôlego e um ápice realmente impactante. Sem falar que as mudanças de circunstâncias são frouxas, deixando tudo ainda mais insosso. Com isso, nos momentos em que o filme tenta impactar, ele não é nada mais que normal.
Em resumo, o grande destaque do longa são os efeitos especiais com um ótimo trabalho ao trazer um Samuel L. Jackson jovem. O departamento de arte e sua recriação de época, que ambienta muito bem o filme, e a forma bem humorada como as tecnologias são apresentadas, acaba sendo outro ponto alto. Ao mesmo tempo, a boa trilha sonora, principalmente quando apela para clássicos populares nostálgicos, contagia e deixa a história um pouco mais interessante.
” Capitã Marvel“ é só mais um filme de herói comum, sem grande história, roteiro e principalmente sem uma grande protagonista. O filme carrega momentos que não passam a barreira de bons, mas como todo produto Marvel consegue – minimamente – divertir. A melhor parte do longa se reserva a cena pós crédito, que tem grande importància para “Vingadores: Ultimato“.
Obs: Fique até o fim dos créditos, serão duas cenas pós-créditos.
Fotos e Vídeo: Divulgação/Marvel/Walt Disney Studios
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