Era (mais) uma vez, uma nova versão atualizada do clássico e batido conto da Cinderela. Nova mesmo, levaram ao pé da letra, pois o resultado é algo não muito do jeito que já conhecíamos. Foi isso que prometeram e pode-se considerar que conseguiram cumprir com sucesso, a Cinderela está realmente diferente.
A Ella interpretada por Camila Cabello é latina, mais ousada, cheia de atitude e muito girl power, toda uma mulher com ambições, determinada, que sabe do que é capaz, defende que beleza é ser você mesmo e se sentir bem e desafiou todos que disseram que ela não poderia seguir o seu sonho, do qual não quis desistir para ser princesa e uma mera decoração, que não poderia fazer quase nada, ao lado do amado e mudou o modo de pensar de muita gente ao redor dela ao longo da trama. E Camila, em seu primeiro trabalho oficial como atriz, entregou uma performance não extraordinária, mas bastante satisfatória. E a letra de Million To One, faixa que ela mesma escreveu para compor a trilha sonora, é bem inspiradora. Aprovadíssima!
Mas, claro, tiveram falhas, como ainda não fugirem do fato de que o relacionamento dos sonhos entre os protagonistas surge muito de repente, sem ser construído de forma progressiva e mais natural, e, de cara, já é chamado de amor, apesar de fazerem Ella se recusar a dar um rótulo ao que possui com o príncipe Robert (Nicholas Galitzine), dando um toque de contemporaneidade a esse casal de conto de fadas. Tentativa válida, vai? Continua clichê? Claro. Mas, tudo bem, se considerarmos que se trata de uma fantasia. E nem todo clichê é necessariamente ruim, não custa nada sonhar só um pouquinho. Há uma certa moderação, um equilíbrio. O melhor dos dois mundos, rsrs.
O humor está impecável e deu um charme a essa versão, que também teve uma outra coisa bem interessante que chamou a atenção: Não é só a Cinderela que está diferente, a madrasta também está.
Vivian (Idina Menzel) é mais profunda e humanizada, não é uma criatura abominavelmente cruel que tortura a pobre filha do falecido marido. Ela se importa com a menina. É rígida com ela, mas tem seus motivos para tal.
Resumindo: Vale a pena o play lá no Prime Video, mas não vá com muitas expectativas. É um filme bobo, divertido e uma boa releitura, que melhorou a história, mas nem é tão arrebatadoramente revolucionária assim, apesar das mudanças notáveis e pequenos avanços que são o mínimo necessário em pleno século 21.
Tenham um gostinho com o trailer a seguir!
![](https://woomagazine.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Cinderela.jpg)
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