Os filmes de destruição em massa ganharam os cinemas principalmente a partir dos artifícios dos efeitos especiais que permitiram levar a tela cenas de verdadeiros apocalipses de forma mais realista. Isso resultou em alguns longas de destaque com a temática, principalmente no final da década de 90 e início dos anos 2000, onde estúdios investiram milhões nessas tramas. Alguns se tornaram brockbusters como “Independence Day”, “Impacto Profundo” e “O Dia Depois de Amanhã” conquistando o grande público, apesar de algumas contestações por parte da crítica, principalmente em relação aos roteiros.
Bebendo dessas fontes e com pouca inovação no que se diz em relação a história, “Destruição Final: O Ultimo Refúgio” apresenta uma trama de sobrevivência com drama familiar característico. Inclui uma boa premissa, mas com uma execução que não vai além do clichê.
Na trama, uma família corre contra o tempo para chegar ao abrigo secreto do governo, local para onde estão sendo levadas as pessoas selecionadas para serem salvas. Mas durante o caminho John Garrity (Gerard Butler), sua mulher Allison (Morena Baccarin) e seu filho Nathan precisam lidar com os piores lados da sociedade para tentar sobreviver.
A inconveniência das tramas familiares em filmes de grande potencial, é um dos maiores problemas que vários filmes apresentam. Além do método clichê que esses dramas são implementadas nas histórias, há um grande conveniência nos roteiros para construir as esse tipo de trama. Isso fica nítido quando vemos o desenvolvimento das personagens em “Destruição Final: O Ultimo Refúgio”, onde é criado um atrito inicial entre os protagonistas para posteriormente haver um momento de união. Com isso, o foco do filme fica sempre em a família se salvar, deixando de lado outros aspectos que poderiam ser interessantes a história. O que consegue trazer algum alento são as atuações competentes por parte de Butler e a brasileira Morena Baccarin.
Já, algo que o “Destruição Final: O Ultimo Refúgio” faz com eficiência, se utilizando muito do artifício de trilha sonora e escolhas de luz ou filtros, é o clima de fim do mundo criado. E, é, muito instigante ao espectador a tensão gerada na corrida contra o tempo, enquanto meteoritos caem a todo momento do céu, trazendo o risco para perto dos protagonistas o tempo todo.
É perdida a chance de um aprofundamento maior em relação as questões científicas que poderiam ser abordadas. Além disso, a comoção mundial diante da situação não fica tão evidente, exceto pelo depoimentos de alguns jornalistas, que por motivos não se sabem quais, continuam fazendo seus trabalhos por rádios.
Os efeitos especiais são pontos que apesar de não mirabolantes, conseguem ser bem utilizados no filme, afim de criarem boas sequências. Mas é nítido que a produção não investiu o necessário para mostrar as destruições em escala global.
Por fim, ainda que cumpra o que promete em relação a história entregue, “Destruição Final: O Ultimo Refúgio” deixa a sensação que poderia um pouco mais se ousasse fugir do drama familiar para trazer uma trama mais densa.
O longa está disponível no serviço de streaming Prime Video.
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