O novo longa da Netflix, “Esquadrão Trovão” mergulha no universo dos heróis a fim de fazer uma sátira bem humorada dos longas do gênero. No entanto, apesar de se esforçar para divertir, o filme esbarra em uma história rasa que deixa de explorar protagonistas promissoras.
O longa apresenta uma realidade onde humanos com tendências psicopatas ganham super poderes e são denominados “meliantes”. Emily Stanton (Octavia Spencer), que perdeu os pais em um ataque desses vilões, passa toda sua juventude fazendo pesquisas para poder combate-los, o que à afasta de sua melhor amiga Lydia (Melissa McCarthy). Mas, anos depois, elas se reencontram e, após acidentalmente Lydia ganhar super poderes, tornam-se a única solução no combate ao crime.
Logo de início, “Esquadrão Trovão” tenta ser auto explicativo para criar a atmosfera do seu próprio universo. Contudo, após estabelecer sua base, torna-se tão raso que mesmo as relações não constituem-se de forma palpável. Dessa forma, tudo que o roteiro apresenta depois da introdução é um emaranhado de situações cómicas que pouco predem o espectador.
Enquanto isso, ainda que propositalmente estereotipados e de motivações fúteis, os antagonista são pouco aproveitados dentro da história e poucos funcionais para a trama, não representando aparente risco real as protagonistas. Falta um embate realmente contundente.
Ainda, outro ponto que incomoda é o quanto o longa não se esforça para surpreender. Os plots são descarados e não criam expectativas. No final ficamos esperando que algo mais ocorra, mas não acontece e temos que nos contentar com clichês previsíveis.
Por sua vez, a direção consegue entregar momentos satisfatórios quanto trata-se da ação. Nesse ponto, temos algumas cenas realmente empolgantes das heroínas em combate, pena que estas são poucas.
Sem dúvidas, Octavia Spencer e Melissa McCarthy possuem sintonia em cena. Há funcionalidade em coloca-las uma como contra ponto da outra, o que acumula algumas situações divertidas durante o longa.
Por fim, falta a “Esquadrão Trovão” um roteiro que seja digno do que a premissa quis apresentar. Apesar de trazer uma história leve, incomoda o fato de faltar desenvolvimento em várias áreas do longa e das situações serem tão desconexas. Assim, o que poderia até se tornar uma franquia de mais filmes, já que há gancho e um universo interessante estabelecido para isso, torna-se apenas uma produção episódica e pouco atraente da Netflix.
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