Hollywood rumo ao fracasso
Você muito provavelmente já ouviu falar e/ou até mesmo já assistiu “Pretty Little Liars“ (PLL). A série de suspense teen, exibida pela canal americano Freeform ganhou o mundo e está chegando ao fim. I. Marlene King, responsável por esse sucesso, aproveitou esse momento para se manter no mercado como roteirista e showrunner em uma nova série teen, “Famous In Love“. Mas ao contrário do que se esperava, muito provavelmente essa foi uma cartada errônea por alguns motivos.
Assim como a produção anterior, “Famous In Love” também é uma série baseada em livros produzida pela/para o mesmo canal. Ainda em exibição na tv americana e sem previsão de estreia no Brasil, o piloto da série foi exibido em 18 de abril. E nessa mesma data, toda a primeira temporada foi lançada em plataformas digitais, como OnDemand, no aplicativo e sites da Freeform e no Hulu. Mas nem nas plataformas, nem na televisão a série tem conseguido o retorno necessário para fazê-la ser um sucesso. Com menos de 1 milhão de expectadores por episódio, existe uma grande possibilidade de ser cancelada após sua primeira temporada. Positivamente ou não, resolvemos esclarecer os motivos que podem levar a adaptação da obra de Rebecca Serle, que muito provavelmente poderá, cair no esquecimento.
A história gira entorno de Paige Townsen (Bella Thorne), uma estudante de economia que passa em um teste para ser a protagonista de um grande blockbuster hollywoodiano. Ela divide o apartamento com dois amigos. Cassandra Perkins (Georgie Flores), uma aspirante a atriz que tem o mesmo sonho de sua mãe, mas que para se manter esconde de seus amigos seu real trabalho. E Jake Salt (Charlie DePew), um estudante de cinema que sonha em roteirizar e dirigir seus próprios filmes. Paige e Cassandra vão juntas fazer o teste para “Locked”, um grande filme baseado em um Best-Seller, e Paige acaba ganhando o papel da protagonista. Além de amigos de anos, Paige também se sente atraída por Jake e vice-versa, mas nunca deixam isso às claras. Contudo, sua vida acaba virando de cabeça para baixo e sua amizade e responsabilidade são colocadas a prova.
Dentro da produção, conhecemos Rainer (Carte Jenkins) que é o protagonista do filme. Sua mãe, Nina (Perrey Reeves), que é a principal produtora do filme. Ela tem um caso secreto com o jovem ator Jordan (Keith Powers). Ele que era amigo de Rainer, mas que acabaram brigando por causa de sua ex-namorada. A cantora pop Tangey (Pepi Sonuga) motivo dessa briga entre os amigos também é escalada para o filme. Além disso, ainda temos a egocêntrica Alexis (Niki Koss), que perde o papel da protagonista para Paige e ganha um personagem secundário na trama.
Além deles, no decorrer da trama também são inseridos outros personagens que aparecem para intensificar a mesma. Alan Mills (Shawn Christian), é o ex-chefe de Nina, com quem teve um caso anos atrás. Ele torna-se um dos produtores executivos do estúdio que está produzindo “Locked”. Ida Turner (Vanessa Willians) é a empresária e possessiva mãe de Tangey. Brandy (Tanjareen Thomas) é a problemática mãe que Jordan, com ajuda de Nina, esconde da mídia dizendo ser órfão. Georgina (Katelyn Tarver) é uma das atrizes que acaba saindo da produção antes de começar devido a problemas pessoais e amorosos com Alexis. Wyatt é o até paciente diretor do filme (Jason Antoon). E por fim, Barrett Hopper (Nathan Stewart-Jarrett) é o principal colunista de fofoca, que acaba ganhando destaque pelos segredos que descobre.
Já que temos um numeroso elenco interpretando personagens dos bastidores de Hollywood, o mínimo que se espera são boas atuações. Porém, não é o que acontece. Com exceção de Bella Thorne, que esbanja carisma e é sempre a melhor em cena, nenhum dos jovens atores consegue emplacar. Carte Jenkins é tão bom quanto uma parede e consegue um primor: ter a mesma cara em todas as cenas. No lugar dele, Tom Maden, que faz o assistente de produção Adam, em apenas 6 episódios, tem mais cara de “galã adolescente” e é melhor ator que Jenkins. Uma escalação errada dessa, dói o peito de qualquer pessoa. Chega a ser absurdo o quão ruim é o elenco dos jovens ATORES! Já o elenco mais velho, consegue ter algumas boas passagens, mas nada significativo. Com destaque para Shawn Christian que consegue ser o melhor “canalha” em todas as produções que participa.
Os 10 episódios desenvolvidos por I. Marlene King e Rebecca Serle foram escritos por sete pessoas. E se o elenco não se faz presente, o roteiro fugiu. Não há nada de significativo, ou momento brilhantes. É um emaranhado de clichês. Tem horas que você nem acredita de tão batido se lembrarmos de outras séries teens. Junto a isso a direção, com 11 cabeças, não sabe exatamente o que faz. Além de enquadramentos que algumas vezes não se encaixam, toda a direção é novelesca. Do início ao fim, parece que estamos assistindo uma novela americana da década de 80. E olha que algumas delas, conseguem ainda ter destaques melhores que a série.
A imagem construída pela série em cima da Bella Thorne e o sucesso de “Pretty Little Liars” fez as expectativas aumentarem. Sem contar que todo mundo adora umas fofocas de bastidores. Contudo, vão ao chão após assistir aos episódios da série e reconhecer os vários pontos negativos na qual poderia melhorar facilmente. Alguns desses erros começaram na pré, seja em sua estrutura ou em seu desenvolvimento. E agora é tarde demais para voltar atrás. Obviamente haverá quem goste da produção, afinal temos entretenimentos para todos. Em seu final temos um gatilho – clichê – para reder uma segunda temporada, embora isso possa não acontecer. Infelizmente “Famous In Love” não cumpre exatamente o que promete e deixa a gente “chupando os dedos”.
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