Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: Introdução à Música do Sangue

Avatar de Rita Constantino
Rita Constantino
26 de junho de 2017 3 Mins Read

Introdução à música do sangue 5Casa na roça. Roupas no varal de corda. Balanço no quintal. Mão que cerze. Moringa de barro. São com essas imagens, em um primeiro momento inofensivas, que Luiz Carlos Lacerda nos imerge em “Introdução à Música do Sangue”, uma tentativa de estudo psicológico que, pela via da repressão e do desejo, consegue provar que a calmaria bucólica às vezes esconde sentimentos caóticos que podem eclodir a qualquer instante. Tentativa porque, mesmo esmiuçando conflitos complexos, problemas de execução e obviedade enfraquecem o que, a princípio, parecia ter potencial.

Inspirado no argumento deixado pelo dramaturgo mineiro Lúcio Cardoso, o filme gira em torno da vida de Uriel (Ney Latorraca), Ernestina (Bete Mendes) e Maria Isabel (Greta Antoine), uma família que vive isolada em um sítio na área rural da Zona da Mata Mineira. Sua dinâmica se vê modificada quando o município começa a levar energia elétrica para região, o que faz com que o patriarca, um homem de poucas palavras resignado em sua própria realidade, preocupe-se em ter sua rotina invadida. Para completar, Chico (Armando Babaioff), um peão contratado por um fazendeiro das redondezas para caçar jaguatiricas, desperta o interesse da filha do casal, que não só sofre por não saber sua origem, como passa a lidar com o amadurecimento de sua sexualidade.

Traduzir em imagem cinematográfica a existência desses três personagens é, de longe, o grande mérito de Larceda, o Bigode. Delicado, o diretor trabalha com a duração real dos acontecimentos, planos longos registram o cotidiano no campo, as conversas entre seus protagonistas, sua movimentação pela pequena casa. Subvertendo a ideia de rapidez do plano sequência, em um momento, com vagar, ele consegue fazer com que acontecimentos se sucedam em único quadro, sem cortes, para terminar em uma cena da jovem, depois de se impor diante da mãe embalar-se vitoriosa no balanço que pende de uma goiabeira.Introdução à música do sangue 9

Escolha que é muito bem amparada pela fotografia de Alisson Prodlik, que intensifica a sensação de frugalidade ao valorizar a luz natural, solar durante o dia e das chamas das velas, ao cair da noite. Recurso que, nos episódios noturnos, não só evocam arcaísmo, mas um sentimento de ameaça, de verdades ocultas, de repressão. Em sintonia com a naturalidade, está também a edição de som que privilegia o silêncio, os barulhos da natureza, mas que abre espaço, em instantes pontuais, à belíssima trilha composta por David Tygel.

Entretanto, mesmo ostentando qualidades, o projeto se perde em meio a seus defeitos. Apostando em poucas explicações para conduzir o conflito sobre o nascimento de Maria Isabel, o roteiro, também assinado por Luiz Carlos Lacerda, é deficiente em nos fazer entender, com mais peso, a forma como o pai se relaciona com a menina e com a própria esposa. Uriel é um homem estagnado, amargurado e conservador, não são exploradas as nuances em sua personalidade, não entendemos de fato os catalisadores de seu comportamento.

Além disso, o cineasta opta por alegorias constrangedoramente óbvias, dignas de projetos concebidos por amadores, como a identificação da jovem com um pássaro engaiolado – que ela solta quando perde a virgindade – ou como as goiabas que caem do galho no ponto mais alto das cenas de sexo, um modo de representação do clímax sexual. Sem falar de cenas desencontradas, como a de um flashback em sépia, recurso que até então não tinha sido utilizado e que fica perdido ao longo da projeção.

Triste também é o desequilibrado na atuação. Ney Latorraca, como de costume, é um ator sólido e não desaponta ao encarnar o pai da família, mas seu desempenho não dialoga com o de Bete Mendes e com o da estreante Greta Antoine. A primeira preenche bem o perfil de uma mulher interiorana, mas cada vez que brada “Uriel, estou cansada dessa treva!”, soa tola e artificial. Já a segunda dá o tom certo a sua personagem, mas ainda recorre a caras e bocas para situações que deveriam ser contemplativas; falta polimento.

Irregular, “Introdução à Música do Sangue” é um filme ambicioso nos temas que quer tratar, mas acaba se perdendo no meio do caminho. O ser humano é uma criatura sofisticada e, infelizmente, é preciso mais que epígrafes superexpositivas antes do rolar dos créditos para tentar resumir nossos experiências.

Reader Rating0 Votes
0
6.5

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

ney latorraca

Compartilhar artigo

Avatar de Rita Constantino
Me siga Escrito por

Rita Constantino

1995. Cobra criada em Volta Redonda. Um dia acordou e queria ser jornalista, não sabia onde estava se metendo. Hoje em dia quer falar sobre os filmes que vê e, se ficar sabendo, ajudar o Truffaut a descobrir com que sonham os críticos.

Outros Artigos

image w1280
Anterior

Mergulhe nas maravilhas da Literatura Africana que fala a mesma língua que você

75JdPoX4kQndXPF3X0t0r0SfkW1
Próximo

Crítica: Meu Malvado Favorito 3

Próximo
75JdPoX4kQndXPF3X0t0r0SfkW1
26 de junho de 2017

Crítica: Meu Malvado Favorito 3

Anterior
26 de junho de 2017

Mergulhe nas maravilhas da Literatura Africana que fala a mesma língua que você

image w1280

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Colin Farrell como Lord Doyle, em um cassino, no filme "A Balada de um Jogador".
    A Balada de Um Jogador | Colin Farrell Aposta Tudo em Novo Filme do Diretor de “Conclave” e “Nada de Novo No Front”
    Roberto Rezende
    Allison Janney como a presidente Grace Penn na terceira temporada de "A Diplomata", série da Netflix. Ela está no palanque oficial da Casa Branca, com rosto virado, vestida formalmente, uma bandeira dos EUA atrás, e há a legenda "Anúncio de estreia" em maiúsculo e o logo da Netflix, por se tratar de thumbnail de trailer.
    A Diplomata 3ª Temporada | Vem Aí o Maior Desafio da Protagonista
    Roberto Rezende
    Katy Perry
    The Town 2025 | 5 Curiosidades Sobre Katy Perry
    Nick de Angelo
    Colagem com duas fotos de apresentação do espetáculo "República Lee", em homenagem à obra de Rita Lee.
    República Lee — Um Musical ao Som de Rita | Um Tributo Cinematográfico em Forma de Peça
    Thiago Sardenberg
    Noel Gallagher, camiseta social branca levemente rosada, tocando guitarra em show dia 16 de agosto de 2025 em Dublin. Imagem colorida.
    Noel Gallagher Pode Estar Preparando Novas Músicas em Meio à Retomada Histórica do Oasis
    Cesar Monteiro

    Posts Relacionados

    Colin Farrell como Lord Doyle, em um cassino, no filme "A Balada de um Jogador".

    A Balada de Um Jogador | Colin Farrell Aposta Tudo em Novo Filme do Diretor de “Conclave” e “Nada de Novo No Front”

    Roberto Rezende
    20 de agosto de 2025
    Criança de "A Hora do Mal" vista apenas por sua silhueta preta abrindo uma janela de noite, de costas.

    A Hora do Mal | Terror Grotesco Com Julia Garner e Josh Brolin Prende do Início ao Fim

    Pedro Mesquita
    13 de agosto de 2025
    Irmãos de "Faz de conta que é Paris" (2024) de braços dados com o pai fingindo estarem em uma viagem a Paris em um trailer. Estamos diante de uma paisagem campestre.

    Faz De Conta Que é Paris | O Afeto a Partir de Falta Dele

    Roberto Rezende
    13 de agosto de 2025
    Crianças em sala de aula em "A Hora do Mal", de cabeça para baixo. Um garoto, ao fundo, é o único de cabeça erguida, com um sorriso desconcertante e maquiagem à Coringa.

    A Hora do Mal | O Maior Terror É O Desconhecido

    Roberto Rezende
    12 de agosto de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner novidades amazon