A Pixar mostra todo o seu esplendor com “Lightyear”
Há um esforço grande das produtoras nos últimos anos em manterem franquias rendendo com inúmeros filmes. Há aqueles que implicam o fato à falta de criatividade, mas os motivos estão além disso.
Adaptar um produto com bases pré-prontas é mais barato do que criar do zero e há garantia de retorno financeiro, uma vez que existe público cativo. Assim, esses filmes costumam pegar o público principalmente pela nostalgia. Porém, é inegável que nesse formato muitas franquia declinaram em qualidade em prol do lucro.
Normalmente, os filmes caem em fórmulas moldadas por Hollywood onde tudo parece a mesma coisa. Uma das franquia que ainda não caiu nessa armadilha foi “Toy Story”.
Fugindo do prosaico, os quatro filmes dos brinquedos fizeram bilheterias exorbitantes com manutenção na aprovação da crítica e do público, torna-os representantes do selo de qualidade Pixar.
Agora, a Walt Disney lança nos cinemas “Lightyear“, um longa derivado que literalmente é um filme dentro do filme e mostra o personagem que deu origem ao boneco Buzz Lightyear. E o que poderia ser o início de um fracasso, demostra potencial para uma nova e independente franquia de sucesso.
O filme dentro do filme
Com a costumeira qualidade Pixar em animação, “Lightyear” entrega o que há de melhor em visual para animação. A história é totalmente independente e vai por caminhos do sci-fi mostrando Buzz como um patrulheiro galáctico que fica preso junto com toda a tripulação em um planeta hostil. A partir daí, Lightyear assume para si a missão de levar sua tripulação de volta ao espaço em busca de um lugar seguro.
O roteiro mescla ficção cientifica, carga emocional forte, humor e inúmeras referências de forma bem dosada. Somos postos ao impacto inicial de conhecer o Buzz, agora como um personagem diferente (e não só na dublagem), ao tempo que nos acostumamos com o novo universo em que ele está estabelecido.
Os personagens secundários ganham bastante relevância e são o ponto chave para o desenvolvimento do protagonista. Há também nesse ponto humor e representatividade. Afinal, como medir a importância para uma criança será ver uma astronauta negra em uma animação?
A carga emocional é elevada no primeiro momento da trama. Desse modo, uma base é criada cheia de sentimentos onde o protagonista ganha corpo. E assim passamos para um momento posterior, onde a história ganha a ação mais incisiva com doses humor, sem excessividades.
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Enquanto isso, a trilha sonora de Michael Giacchino rege de forma marcante vários momentos. São temas fortes, que ganham destaque principalmente nas cenas de ação. Esta última é muito bem dirigida e rende momentos divertidos que dão ritmo ao filme.
E, como não poderia deixar de ser, existe uma enxurrada de referência distribuídas em inúmeros momentos do longa. O fator mais notável nesse ponto é a interação de Lightyear com o vilão. Aqui somos levados ao plot, que rende momentos cômicos e emotivos, mas o fundamental é que a motivação vilanesca fica é bem argumentada.
Por fim, é legal ver que “Lightyear” se reinventa para não ficar preso à história de “Toy Story”. Com isso, consegue apresentar sua originalidade mesmo com um personagem que todos nós já conhecemos. Além disso, estabelece um universo rico para ser explorado. Assim, podemos ter este como o início de uma nova franquia e as cenas pós créditos são uma prova disso.
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