Sétimo capítulo, ou melhor, filme de “Missão: Impossível” comandado por Tom Cruise, que recentemente estava em uma vibe de retomada/continuação das tramas anteriores ligadas ao Sindicato, comandado pelo vilão Solomon Lane. Porém, em “Acerto de Contas Parte 1”, tem-se um novo inimigo e uma nova arma contra a humanidade, em um nível jamais visto nessa franquia: a Skynet (ops, não resisti)!
O novo MacGuffin, (termo cinematográfico para um objeto geralmente misterioso que move a trama e do qual não sabemos totalmente do que se trata ou como funciona), chama-se Entidade. A brincadeira com a Skynet, que veio da franquia “Exterminador do Futuro”, tem um funcionamento similar e cabe bem na tentativa de definição da nova ameaça que Ethan Hunt e seus amigos têm que enfrentar.
Para aqueles que não conhecem o que se trata, vale a pena descobrir, e segue o suspense para não dar spoilers da trama…
Mas… Como sempre, não é só isso!
Há velhos inimigos que retornam, novos aliados que surgem e o risco crescente da nova ameaça à humanidade, que somente os agentes da Missão Impossível Force (IMF) têm a dimensão e o discernimento necessários para manejar e tomar a decisão certa do que fazer!
O risco é realmente global e, obedecendo ao clichê usual, pode realmente mudar o mundo como o conhecemos. Além dos nossos amigos, pessoas dos mais variados tipos e motivos também querem esse item em suas mãos.
Então, mais uma vez, acredito que pela quinta vez, Ethan precisa tomar decisões não muito populares frente aos chefes e, claro, à bandidagem para fazer o que é certo e tentar salvar o mundo.
Digo “tentar” porque estamos falando da parte 1 de uma história que só se concluirá no próximo ano, quando chegar à sua conclusão.
Então, prepare-se para adrenalina, correrias eletrizantes ao redor do mundo, decepções e enganações típicas dos filmes de espiões e aquela “caça ao tesouro” bem divertida, com resultados formidáveis envolvendo as melhores técnicas cinematográficas que Hollywood pode pagar, embalado em todo o carisma de personagens novos ou corriqueiros que habitam o mundo de Ethan Hunt.
Porém, o MacGuffin do filme carece de novidade (lembrem-se da piada com a Skynet), e o clima é bem mais soturno e, diria, célebre que o anterior, que ainda é o meu favorito.
Não há problema em usar clichês, e eles estão aí porque funcionam há décadas. Porém, pela expectativa gerada por esse filme, dada a qualidade do anterior, é que, mesmo não reinventando a roda, dariam um ar de novidade ou respiro sobre o tema da nova ameaça global. Ou seja, é bem legal, tem perseguições legais, saídas engenhosas, mas, de alguma forma, falta a agilidade e fluidez que o filme anterior tinha.
Pode ser o fato ou a sensação de que se trata da primeira parte de um díptico, de uma sequência que encerrará uma grande história. E embora não termine com um “cliffhanger apelativo” (é interessante para o(a) leitor(a) do site que ainda não conhece esse termo, procurar entender), pelo contrário, termina com muita classe, e ainda há aquela sensação de que algo está faltando.
Quanto ao elenco, Tom Cruise dispensa apresentações quanto à sua utilidade na franquia, e as cenas de ação estão no nível de todos os outros filmes da série. Rebecca Ferguson e sua personagem Ilsa Faust continua bela, misteriosa e mortal. Ving Rhames e Simon Pegg como Luther e Benji são eficazes, quando não eficientes, e lembram aos espectadores que Ethan Hunt não pode resolver tudo sozinho. Ou seja, aquela turma gostosa de assistir e se envolver, sem medo de ser feliz. Sobre Hayley Atwell, é uma bem-vinda adição à franquia, agindo com senso de humor e surpresa na medida certa do que acontece ao seu redor e baseada na sua importância na trama. Esai Morales (o Exterminador na série dos Titãs da DC), vilão da vez, exala confiança e ameaça tanto quanto falta de escrúpulos como um bom adversário da IMF deve ter. Porém, lhe faltam as nuances de um Solomon Lane. Já nossa saudosa Mantis (Pom Klementieff), em Paris, é uma típica assassina muda/sádica/mortal, que um grande vilão teria em seu domínio.
Portanto, vale a pena ver “Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1” em qualquer cinema do mundo. Ademais, por todas consequências do filme, espero e desejo mais sorte ao Sr. Hunt em sua próxima missão.
Por Roberto Rezende
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