Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: A Mulher que se Foi

Avatar de Luísa Lacombe
Luísa Lacombe
1 de maio de 2017 3 Mins Read

18194659 1685960738365000 7580198203958658741 nDepois de passar 30 anos presa por um único crime que não cometeu, Horacia enfim se vê livre. O mundo, obviamente, não é mais o mesmo. Determinada a encontrar o filho desaparecido e se vingar do ex-namorado que a incriminou, Horacia abre mão do pouco que ainda possui numa jornada com final já esperado, mas não previsível.

Para os padrões do cineasta Lav Diaz, o filme – vencedor do “73º Festival de Veneza” – é quase um curta (só 3h46 min). Para quem está acostumado ao padrão ocidental Hollywood, mas de 2h pode parecer exagero. Diaz, entretanto, possui uma habilidade narrativa invejável, de forma que não desperdiça um minuto que seja do longa com o superficial. Mesmos os momentos onde o tempo é distendido ao limite, não soam banais ou despropositados. A montagem e o uso de tomadas mais longas permite que a ação se desenrole sem tropeços, dando tempo ao tempo.

Outra escolha a princípio inusitada – para os padrões ocidentais – é a fotografia em preto e branco. “A Mulher que se Foi” têm um roteiro quase que em sua totalidade narrado pelo ponto de vista de sua protagonista. Entretanto, Diaz – que também é responsável pela direção de fotografia – optou por uma decupagem de planos americanos e gerais, sem o uso de closes em nenhum momento. De forma alguma essa escolha nos afasta de nossa heroína ou dos outros personagens. Na verdade, dá o espectador um sentimento de cúmplice silencioso da jornada.

Horacia não é qualquer heroína, mas sim uma heroína trágica. Assim como a Antígona de Sofócles, a professora e ex-presidiária enfrenta uma polis totalitária, encarnada, neste caso, na figura de Ricardo Trinidad, o ex-namorado rico e violento. Cercada de figuras marginalizadas como ela – o vendedor corcunda de balut, a prostituta transgênero Hollanda, a mendiga Mameng – Horacia é dotada de um senso de justiça e amor pelos outros extremamente comoventes. Às vezes até mesmo agressiva e impiedosa, Horacia não representa apenas a si mesma, mas a toda uma classe de mulheres e homens que vivem a mercê de uma ordem maior. Na época de Sofócles, essa ordem estava expressa nas figuras dos deuses e do Estado. No filme de Diaz, ela se encontra na elite nunca contestada.

a mulher que se foi 1

O elenco todo emprega uma naturalidade invejável a suas atuações, embora os destaques sejam Chatos Santo-Cocio (Horacia) e John Lloyd Cruz (Hollanda) – apesar de que Diaz poderia ter usado uma atriz transexual. Mesmo em meio à história de forte carga emocional, Diaz não se rende ao melodrama barato. A consciência do cineasta em relação a história que deseja contar é tão certeira que não existe desperdício nem de emoções. A ausência de uma trilha sonora reforça a ideia de que a emoção venha do trabalho dos atores, sem muletas.

Em meio a tanto desespero, existe uma ternura que se expressa desde a relação de Horacia com suas colegas de prisão, ao seu relacionamento com Hollanda e os outras pessoas que conhece no caminho. Ternura fundida com humor e até raiva, mas fundamentalmente humana. Essa é de fato a diferença entre Horacia e seu algoz, Rodrigo, como fica expressa em duas das melhores sequências: quando a professora e Hollanda cantam juntas, e quando Rodrigo conversa com o padre (esta cena, por sinal, é uma excelente representação do fetiche hipócrita pela religião). Se tratando de uma tragédia, a jornada de Horacia tem, como já foi dito, um fim esperado. Essa percepção, porém, não invalida toda a caminhada da protagonista e de seus companheiros.

Como uma boa tragédia, “A Mulher que se Foi” parte de sua heroína – superior aos outros humanos, em termos de carácter – para tratar de questões universais, inerentes à condição humana. A história de Horacia, embora se passe nas Filipinas, em 1997, já foi contada de diversas formas. O modo como Diaz constrói seus personagens e seus dramas é que torna o longa uma verdadeira pérola.

Reader Rating0 Votes
0
10

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Compartilhar artigo

Avatar de Luísa Lacombe
Me siga Escrito por

Luísa Lacombe

Sua formação é em cinema, e os interesses incluem televisão e quadrinhos. Nas horas vagas, faz tirinhas.

Outros Artigos

charles bukowski
Anterior

Poetas da loucura

WP09
Próximo

Tom sobre Tom: Curtindo o Feriado

Próximo
WP09
1 de maio de 2017

Tom sobre Tom: Curtindo o Feriado

Anterior
30 de abril de 2017

Poetas da loucura

charles bukowski

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Claire Danes como Agatha 'Aggie' Wiggs e Matthew Rhys como Nile Jarvis, um ao lado do outro, olhando como se recalculassem a rota, de pé, na frente de um prédio de estrutura clássica na série "O Monstro em Mim".
    O Monstro Em Mim | É a Netflix Acertando Mais Uma Vez no Entretimento Semanal
    Roberto Rezende
    Terra Nostra está em exibição especial na Globo
    Terra Nostra | Resumos dos Capítulos de 17/11 a 21/11
    Amanda Moura
    Pluribus
    Pluribus | Episódio 3 Coloca uma Granada no Meio do Livre-Arbítrio
    Aimée Borges
    Pluribus
    Pluribus | Primeiras Impressões da Nova Ficção Científica de Vince Gilligan na Apple TV+
    Aimée Borges
    Labubu vai virar filme!
    Labubu Vai Virar Filme!
    Amanda Moura

    Posts Relacionados

    Claire Danes como Agatha 'Aggie' Wiggs e Matthew Rhys como Nile Jarvis, um ao lado do outro, olhando como se recalculassem a rota, de pé, na frente de um prédio de estrutura clássica na série "O Monstro em Mim".

    O Monstro Em Mim | É a Netflix Acertando Mais Uma Vez no Entretimento Semanal

    Roberto Rezende
    16 de novembro de 2025
    Labubu vai virar filme!

    Labubu Vai Virar Filme!

    Amanda Moura
    14 de novembro de 2025
    Meryl Streep (esquerda) e Anne Hathaway (direita) em elevador de óculos escuros reprisando os papéis de Miranda e Andy na continuação "O Diabo Veste Prada 2". Ambas estão de preto e câmera as pega do busto para cima.

    O Diabo Veste Prada 2 | Filme Ganha Primeiro Trailer

    Nick de Angelo
    12 de novembro de 2025
    No Other Choice

    No Other Choice | O Homem Comum em uma Jornada Criminosa Macabrabramente Bem Humorada

    Rodrigo Chinchio
    5 de novembro de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner novidades amazon