A Argentina é um país famoso por alguns motivos: futebol, alfajor, Eva Perón, Messi, Maradona, mas, talvez, o que mais lembra a Argentina, o maior fator de exposição dos nossos “hermanos”, seja o Tango.
A música envolvente, que denota muita paixão, romantismo e sensualidade, é o motor do filme argentino O Último Tango. O documentário musical recria como dois dos maiores dançarinos de Tango se conheceram e tornaram-se lendas: María Nieves e Juan Carlos Copes.
Misturando algumas dramatizações com depoimentos de ambos, o filme mostra toda sua história até a inevitável e dolorosa separação. Os depoimentos são viscerais e com uma honestidade comovedora. Vemos ali pessoas que se entregaram de coração ao Tango e viveram ele ao máximo.
O fato de misturar os depoimentos com a dramatização funciona bem nesse filme. Os bailarinos são responsáveis por dar vida aos personagens, bem como por ouvir ambos. E as narrativas ali são histórias pra vida.María é quem leva mais tempo contando. A maioria das frases vem dela. Mas, Juan também abre-se ao filme e vemos que mesmo separados, o foco que os mantiveram de pé todos esses anos foi o Tango. São dois apaixonados por essa dança. Ele sempre visionário e ela sempre acreditou nas propostas que ele tinha. São, ambos, dois grandes nomes argentinos por separado, e juntos são lendas que ficarão marcados para sempre na história do famoso estilo de dança.
O documentário faz uma bela homenagem sem ser arrastado ou brega. Germán Kral, diretor argentino radicalizado na Alemanha, faz um belo trabalho com esse projeto, deixando com que María e Juan brilhem como grandes estrelas que são. Todo o filme, como não podia deixar de ser, é acompanhado por uma belíssima trilha sonora recheada de muitos tangos.
O filme conta também com a produção de Win Wenders, diretor de aclamados documentários como Pina, sobre a dançarina alemã Pina Bausch, e O Sal da Terra, ganhador do César (maior prêmio de cinema da França) de Melhor Documentário de 2015.
O Último Tango estreia dia 6 de outubro no cinemas.

Marya Cecília é goiana de nascimento, mora em São Paulo há seis anos e ainda assim não consegue lidar com o clima 4 estações em um dia que rola nessa cidade. Tem umas manias esquisitas, tipo ver um filme que gosta várias vezes, mas esta tentando lidar com isso (ou não). Falando nisso, ela não faz questão nenhuma de ser normal, então podemos apenas seguir em frente!
