O filme começa já tirando um pouco do que seria esperado para um documentário: não vem aquele clichê quadradinho de uma entrevista chata ou desinteressante com pessoas que sabem o que falar e apenas olham para a câmera. Olympia mistura passagens ficcionais com entrevistas reais.
O tema é abrangente: desde a corrupção, fazendo uma passagem histórica, seus significados, suas matizes, como chega a população, passando pelo tema das Olimpíadas do Rio, onde há também uma pequena argumentação sobre seus benefícios e malefícios a curto e longo prazo, sobre se era realmente um desejo da população da cidade ter tal evento, até a especulação imobiliária, com construtoras, empreiteiras, contratos e negociações.
Houve, claramente, um cuidado muito minucioso para linkar todos os assuntos do filme. As entrevistas (que particularmente foi o que mais me chamou atenção) eram bem embasadas e todas com um ponto de vista para complementar umas as outras. E a parte ficcional tinha o cuidado de pôr em pratica o que foi mostrado nas entrevistas. Ficou bem claro qual era o parafraseamento do que eles estavam contando. Eu não tive dúvidas. É quase como: ‘eles não puderam dar nomes aos bois, portanto deram as vacas’. Eu apenas fiquei me perguntando se escolheram os melhores nomes para elas ou a melhor forma de mostrá-las.
O documentário chegou em mim como um tiro acertaria ao alvo (não o centro, mas pelo menos uma parte dele!), mas devo dizer que em relação ao texto final, o discurso perde para o que já foi dito por grandes políticos, partidos e empresários que há por ai.
https://www.youtube.com/watch?v=8kR_PTjEWrU&feature=youtu.be
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