A formula Marvel não é uma unanimidade para os chamados cinéfilos. A medida que os padrões de história se repetem filme após filme, novos aspectos precisam ser incrementados para chamar atenção do público. Publico este que sempre quer mais fã-services derivados de HQs. Isso não é difícil, visto o vasto universo em HQs e o feito da Marvel, que conseguiu estabilizar o seu próprio universo cinematográfico em bases sólidas. Assim, o início da Fase 4 já adentra em caminho diferentes, e mostra que ainda há muito para ser trabalhado. Dito isso, “Shang-Chin e a Lenda dos Dez Anéis” , abre mais um dos vários leques de alternativas que a Marvel ainda possui para trabalhar. Assim, preparem-se para o fantástico – literalmente.

Em “Shang-Chin”, assim como feito em “Pantera Negra“, existe um grande respeito e muita homenagem a cultura que esse personagem representa. Enquanto isso, a história é carregada de questões familiares e simbolismo. O que mais chama atenção durante todo o longa são as sequências de lutas. Com uma fotografia impecável e uma direção que sabe o que está fazendo, nos redemos a cenas de tirar o folego, com muito ação mano a mano. Sem contara direção de arte, que dá uma aula de figurinos e aspectos culturais mostrados em tela.
A trama em si não investe tempo com explicações sobre os anéis, ao contrário do que sugere o título. Na verdade, o foco central está em firmar o novo herói. Logo, todas as ações rodam Shang-Chi e sua relações familiares. Nesse fio, o expectador vai para uma área fantástica, que envolve a cultura chinesa, ainda abordada pela Marvel até aqui.
Ainda, vale destacar o carisma e a ótima interação dos atores Simu Liu (Shang-Chi) e Awkwafina (Katy). Além de protagonizarem o filme, os dois rendem os momentos mais divertidos com dinâmica de amizade que é o alívio entre as passagens mais pesadas trama. Já Fala Chen traz uma personagem mais sóbria e calejada, que funciona de contraponto ao irmão, mas não chega a ser uma antagonista ou anti-heróina. Diferentemente de Tony Leung (Mandarim) que traz um elevado nível de dramaticidade, no entanto tem um final morno onde nem mesmo a redenção do vilão emociona. Ainda assim, Mandarim corrige um o criticado “Homem de Ferro 3”.

Ainda, agrada como o longa adentra o universo mais fantástico que envolve o folclore chinês. Assim, com naturalidade, somos transportados para outro lugar, passando a ter mais um vasto material com o qual a Marvel ainda deve trabalhar e se aprofundar.
As problemáticas do filme estão nas escolhas ingênuas de um vilão que, teoricamente, deveria ser um pouco mais sábio. Portanto, assistimos o mesmo envolvendo-se em uma situação forçada, para ser derrotado quando tenta a redenção. E o outro ponto que deixa desejar é o ritmo que decai quando a ação dá lugar ao dialogo e flashbacks para desenvolvimento dos personagens.
No fim, o longa deixa claro que não abordou tudo que pode sobre os anéis e que ainda trabalhará isso futuramente. Ainda sim, já adentrou em um universo mais fantástico envolvendo a magia – sendo diferente de outros como “Doutor Estranho“. Assim, “Sang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” cumpre sua missão, estabelece um novo herói e está acima da média entre os do Universo Cinematográfico Marvel.

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