Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: Strong Island

Avatar de Rita Constantino
Rita Constantino
10 de fevereiro de 2018 4 Mins Read

Strong Island posterNa noite do dia 7 de abril de 1992, um jovem negro foi assassinado no subúrbio de Long Island. O motivo para a morte: um tiro que ele levou de um homem branco após uma discussão em uma oficina mecânica. O caso foi para o grande júri, mas foi considerado que não houve crime.

Para os olhos da opinião pública, talvez o episódio não passasse de um crime banal, notícia que se esquece nas páginas de jornal envelhecidas. Porém sua repercussão, mesmo que não tenha desencadeado revoltas como a dos distúrbios de Los Angeles, que aconteceram poucos dias depois, não foi menos dolorosa. A família da vítima, um rapaz de 24 anos chamado William Ford Jr., nunca mais foi a mesma depois da perda e a tentativa de lidar com o luto é o que move “Strong Island”, documentário dirigido por seu irmão mais novo, Yance, que pela força de seu relato, íntimo, consegue denunciar a política racial tóxica enraizada no comportamento da sociedade norte-americana.

Distribuído pela Netflix, o projeto – que concorre ao prêmio da Academia de melhor documentário – é uma forma de resgate das relações dos integrantes da família Ford. Ocupando lugar não só de mediador, mas de personagem na narrativa, o diretor se une à mãe, à irmã e aos amigos de William para contar os detalhes e circunstâncias que levaram à tragédia e suas consequências para a dinâmica doméstica. Ao longo dos 107 minutos de projeção, vemos o tempo passar através de vídeos caseiros e das fotos nos álbuns de recordações, sentimos a dor nos cômodos vazios da sua casa em Central Islip e peso da ausência do jovem assassinado sem ao menos ter tido o direito de justiça.Strong Island 6

“A polícia fez com que o meu irmão se tornasse o principal suspeito de seu próprio assassinato”, nos conta Yance, sempre em close, em confronto com o espectador. Assim ele segue por todo o longa: bem equilibrado entre informação e ensaio, o primeiro trabalho do diretor ao mesmo tempo que discute caraterísticas práticas como a divisão étnico-territorial de Long Island ou o funcionamento do judiciário nos Estados Unidos, abraça uma estética intimista, muitas vezes lírica, em que enquadramentos contemplativos representam o olhar e refletem a esfera emocional daqueles que participam do relato.

Essa aposta delicada na direção e na montagem – aqui feita pelo veterano Janus Billeskov Jansen -, trabalha com ideias sutis, mas prestigiosas, como usar planos subjetivos para materializar o chefe da família Ford, que faleceu anos antes da produção sair do papel. Ao ser citado na exposição da esposa e dos filhos, muitas vezes temos a visão da cabine de um trem em movimento (William pai era condutor na cidade de Nova Iorque) e ao narrar o dia de sua morte, a voz de Yance em off é acompanhada de uma sequência que flagra um jato de água irrigando um jardim; ele morrera observando as pessoas de sua varanda.

Por falar no diretor, é difícil falar de “Strong Island” sem pensar na forma como ele se coloca enquanto personagem. Quase como no belíssimo documentário nacional “Elena”, Yance sai à procura de respostas sobre a morte do irmão e, no final das contas, acaba descobrindo muito mais sobre si mesmo. Vunerável, ele não só expõe seus pensamentos direto a quem assiste (“Se você se incomoda com as minhas perguntas, é melhor levantar e sair”), mas nos permite vê-lo às lágrimas em momentos de fragilidade, além de se por cara a cara com o amigo que viu a morte de seu irmão.

Neste aspecto, sua própria sexualidade e identidade de gênero entram em jogo. Descobrindo-se transexual após o lançamento da produção – no filme ele ainda é referido no feminino -, Ford é franco sobre sua descoberta enquanto pessoa LGBT (“aquilo era algo que me fazia sentir tanto animada quanto envergonhada”) e como William, mesmo nunca tendo sabido, foi importante para ele.

Significativo enquanto exercício de memória e reconciliação, porém, os méritos do projeto não param por aí. Político, ele é o testemunho da experiência de ser negro nos Estados Unidos, expondo todos os seus obstáculos. Se William Ford fosse branco será que o grande júri pensaria duas vezes antes de declarar que não houve crime? Ou até antes disso, a dor da família da vítima ao encarar a cena do assassinato seria respeitada? São perguntas que flutuam, mas sabemos a resposta em se tratando de um país em que o número de jovens negros mortos pela polícia é nove vezes maior do que outras etnias.

Uma boa surpresa nos lançamentos do ano passado, “Strong Island” é duro, catártico e, mais que tudo, extremamente necessário.

 

Reader Rating2 Votes
7.8
8

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

DocumentárioNetflixOscar 2018

Compartilhar artigo

Avatar de Rita Constantino
Me siga Escrito por

Rita Constantino

1995. Cobra criada em Volta Redonda. Um dia acordou e queria ser jornalista, não sabia onde estava se metendo. Hoje em dia quer falar sobre os filmes que vê e, se ficar sabendo, ajudar o Truffaut a descobrir com que sonham os críticos.

Outros Artigos

blococarnaval
Anterior

Dicas para arrasar e curtir os bloquinhos de carnaval numa boa

22405691 130008257657113 2922464320632299058 n
Próximo

Slam Resistência dos Cria

Próximo
22405691 130008257657113 2922464320632299058 n
10 de fevereiro de 2018

Slam Resistência dos Cria

Anterior
9 de fevereiro de 2018

Dicas para arrasar e curtir os bloquinhos de carnaval numa boa

blococarnaval

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    O Agente Secreto
    O Agente Secreto | Rumo ao Bi Campeonato No Oscar
    Roberto Rezende
    Desenho no estilo mural com tons de aquarela azul e amarelo e músicos de uma orquestra em traços de storyboard tocando.
    XI Festival Musimagem Celebra Trilhas Sonoras e Chega em SP em Setembro
    Nick de Angelo
    The Town 2025 está chegando!
    The Town 2025 | As Ativações Mais Criativas e a Presença das Marcas no Festival
    Nick de Angelo
    Ludmilla de olhos fechados, microfone na mão esquerda, e braços estendidos ao alto semidobrados, em show no The Town 2025.
    The Town 2025 | Ludmilla Encerra o The Town 2025 no The One Com Energia e Coesão
    Nick de Angelo
    J Balvin, camiseta e calça azul, luva preta na mão estendida, óculos escuros, em apresentação no The Town 2025.
    The Town 2025 | J Balvin Faz Baile Latino E Mostra Que Não É One Hit Wonder
    Nick de Angelo

    Posts Relacionados

    O Agente Secreto

    O Agente Secreto | Rumo ao Bi Campeonato No Oscar

    Roberto Rezende
    16 de setembro de 2025
    Desenho no estilo mural com tons de aquarela azul e amarelo e músicos de uma orquestra em traços de storyboard tocando.

    XI Festival Musimagem Celebra Trilhas Sonoras e Chega em SP em Setembro

    Nick de Angelo
    15 de setembro de 2025
    Atores de "Deuses da Peça" caracterizados em uma das imagens promocionais, com destaque a seus bustos, com várias roupas estereotipicamente teatrais.

    Deuses da Peste | Quando a Ignorância é a Pior das Pragas

    Roberto Rezende
    10 de setembro de 2025
    Mauro Sousa, filho de Maurício de Sousa, interpretando o pai mais jovem, sentado em um banco de madeira pintado em verde, ao lado de um garoto lendo um gibi do Bidu.

    Mauricio de Sousa Celebrado na 49ª Mostra de Cinema em São Paulo

    Rodrigo Chinchio
    8 de setembro de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner novidades amazon