A temporada 2016-2017 do Ballet Bolshoi chega agora em outubro na UCI cinemas, abrindo com o espetáculo “The Bright Stream”, dirigido por Alexei Ratmansky e gravado em abril de 2012. Somos apresentados à história de duas amigas de infância que se reencontram durante as festas da colheita: Uma dançarina de um grupo visitante e Zine, bailarina local que sofre com as traições do marido. Para das um basta na situação, a amiga e seu companheiro decidem trocar de lugar com Zine na apresentação daquela noite.
A apresentação traz um misto de encanto e comédia, sendo capaz de hipnotizar o público com os movimentos magníficos do balé e ao mesmo tempo arrancar risadas com as deliciosas confusões provocadas pelo grupo de amigos para enganar o marido de Zine.
Já que não fazem o uso de palavras para contar a história, os bailarinos precisam aliar os movimentos de dança às expressões faciais capazes transmitir cada mensagem e todos o fazem com muita competência. Os protagonistas chamam a nossa atenção, mas dois personagens roubam a cena, dois bailarinos que interpretam um hilário casal de idosos que também parecem estar de passagem pela cidade. O senhor também se encanta com a amiga de Zine e também cai na teia armada pelos amigos dela, protagonizando junto ao parceiro da bailarina uma das cenas mais engraçadas do espetáculo.Outra parte importantíssima nesse tipo de espetáculo é a orquestra, que traduz as emoções e a intensidade de cada cena e em “The Bright Stream” essa parte não deixa a desejar. A música se alia aos movimentos e expressões dos bailarinos com a precisão fundamental para se contar a história. Deve-se também destacar o bom trabalho com as luzes e os cenários que dão uma visão sensacional e contribuem grandemente para a imersão no espetáculo. Vale muito a pena viver essa experiência de assistir ao Ballet nos cinemas.
Elenco: Svetlana Lunkina / Mikhail Lobukhin / Maria Alexandrova / Ruslan Skvortsov
Gleicy Favacho é uma maquiadora com alma de artista. Quando pequena sonhava em descobrir um mundo fantástico através do armário muito antes de se ouvir falar em Nárnia. Essa imaginação a levou a seguir uma profissão onde ela pudesse participar da construção de vários mundos e histórias diferentes, sendo apaixonada por cinema, teatro e outras artes. Claro que, sendo adulta, já mantém um pouco mais os pés no chão, mas sempre olha dentro de um armário ou outro, afinal, vai que… né?
