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Crítica

Crítica: The Flash

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures Brasil

Os múltiplos universos estão em voga atualmente, principalmente pelo êxito que “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” está obtendo. No entanto, vale ressaltar que a ideia precede o aracnídeo, visto que a primeira vez que o conceito foi utilizado no mundo dos super-heróis foi em uma história em quadrinhos do Flash de 1961. É até curioso que a Marvel, nos cinemas, tenha saído à frente, o que pode levar alguns desavisados a afirmarem que a DC/Warner Discovery, com seu novo “The Flash”, esteja imitando a concorrência. Digo, é curioso para quem vos escreve! Para o estúdio, pode representar uma perda considerável de dinheiro. Nesse caso, não se pode culpar totalmente os executivos pelo golpe de mestre perpetrado pela Casa das Ideias. Desta vez, o problema que pode ter causado o atraso no lançamento e problemas de produção estava no set de filmagem, e o nome em questão é Ezra Miller.

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures Brasil

Para não me estender demasiadamente nos bastidores e apenas analisar o filme, basta dizer que o ator recentemente entrou em colapso, com acusações que vão de agressões até posse de drogas. Não há nada confirmado oficialmente, mas é provável que o comportamento de seu protagonista tenha gerado insegurança no estúdio que preferiu adiar a estreia. Bem, o fato é que toda essa balbúrdia se tornou notícia, e a DC/Warner Discovery precisou de coragem para lançar um produto que já poderia estar condenado antecipadamente. Talvez não tenha sido coragem, e sim medo de um prejuízo ainda maior se o longa simplesmente fosse arquivado e esquecido.

Felizmente, no entanto, os executivos que todos amam odiar (inclusive eu) decidiram seguir em frente. Caso contrário, perderíamos um filme de super-herói decente em um momento em que esse subgênero está precisando de novos ares. Não que “The Flash” seja extremamente original, ele apenas consegue desempenhar seu papel de entreter com sequências vistosas de eventos que podem alterar o DCU. O problema nisso tudo é que o longa-metragem de Andy Muschietti abre portas para uma infinidade de outros produtos semelhantes em um mercado já saturado por eles. Portanto, existem duas possibilidades: ou não teremos “novos ares” no futuro, ou os fãs da DC podem ser agraciados com obras repletas de originalidade de agora em diante.

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Pelo menos vale a pena torcer para que o novo chefe James Gunn não descarte os personagens, o diretor e algumas boas ideias do roteiro. Seria uma pena perder as características de Barry Allen interpretado por Miller (ele talvez mereça uma segunda chance) e o carisma da nova Supergirl, que poderia ganhar um pouco mais de tempo na tela para que a intérprete Sasha Calle possa mostrar todo o seu potencial. A habilidade de condução de Muschietti também poderia ser aproveitada nessa reconstrução em andamento no DCU. Afinal, é difícil encontrar um diretor como ele, capaz de equilibrar cenas de ação com momentos dramáticos e cômicos.

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures Brasil

Mas “The Flash” possui alguns problemas que o fazem perder um pouco do brilho, como os efeitos visuais mal acabados em algumas cenas, e não me refiro apenas às de batalha, mas também às que destacam personagens importantes para a história e que são recriados por computação gráfica. Bonecos digitais sem expressão não são agradáveis aos olhos de quem assiste a uma superprodução de milhões de dólares. Nessas ocasiões, parece até que o filme foi finalizado às pressas. Como exemplo, destaco a sequência de abertura, que envolve bebês, um prédio desabando e a super velocidade do Flash. Nela, podemos ver em câmera lenta as ações do herói, o que é sempre divertido, ao mesmo tempo em que os defeitos do CGI se tornam evidentes na tela grande. Para constatar o que estou dizendo, prestem atenção na construção dos bebês.

Outro ponto negativo é o mau aproveitamento da Supergirl, como mencionado anteriormente. É dedicado um bom tempo de projeção para encontrá-la, mas pouco para a sua participação efetiva, que se limita a algumas cenas de ação que não fazem justiça ao seu poder. É verdade que sua breve presença serve a um propósito na trama, mas teria sido interessante se ela tivesse mais tempo, especialmente por ser uma personagem nova que desperta o interesse do espectador.

Portanto, “The Flash” causa uma mistura de sensações. Ao mesmo tempo em que faz o subgênero respirar, falha em aspectos básicos de sua construção. A partir de agora, veremos o que o futuro reserva para esses personagens. Será que eles aparecerão novamente ou serão esquecidos em algum universo paralelo? Só o tempo dirá.

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Obs.: Há uma cena pós-crédito sem importância. Por isso, é recomendado não perder tempo com ela.

Vídeo: Divulgação/Warner Bros. Pictures Brasil

Crítica: The Flash
Sinopse
Os mundos colidem quando Flash viaja no tempo para mudar os eventos do passado. No entanto, quando sua tentativa de salvar sua família altera o futuro, ele fica preso em uma realidade na qual o General Zod voltou, ameaçando a aniquilação.
Prós
Certa criatividade aplicada no roteiro
Boas participações especiais
Boa direção
Contras
Efeitos Visuais mal desenvolvidos
Alguns clichês inerentes ao subgênero
3.5
Nota
Written By

Formou-se como cinéfilo garimpando pérolas nas saudosas videolocadoras. Atualmente, a videolocadora faz parte de seu quarto abarrotado de Blu-rays e Dvds. Talvez, um dia ele consiga ver sua própria cama.

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