Como é possível julgar a sério algo que não se leva a sério? A franquia que teve como ponta pé corridas com carros tunados, há algum tempo descentralizou seu foco para virar ação e mais um monte de coisas. Com isso, se criou todo um universo onde quase tudo é possível com uma boa dose de desrespeito a leis de trânsito e da física. Agora, em “Velozes e Furiosos 9” parece que o surpreendente era elevar toda essa loucura ao quadrado e acreditar que daria certo. E, supreendentemente, deu.
Desse modo, o novo longa adentra o passado de Dominic Toretto (Vin Diesel), e traz um aprofundamento sobre a origem do personagem. Aqui, Dom se vê frente a seu irmão Jacob Toretto (John Cena), que busca vingança devido ao atrito que separou os dois. E, por trás dele está Cypher (Charlize Theron), a vilã que também busca vingança. Então, a família, como se considera a equipe liderada por Dom, fica a frente de mais um desafio que os leva ao limite da loucura.
Com um roteiro recheado de liberdade e que não perde tempo para mostrar a que veio, o filme já entrega nos primeiros 30 minutos as primeiras sequências insanas. Tais, reincidem no decorrer do filme, cada vez mais extravagantes. No entanto, apesar de conseguir criar essas situações impossíveis de maneira divertida, o mesmo roteiro não consegue entregar um diálogo que passe do banal e de frases de efeito – excetos em partes que apelam para a comicidade.
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Enquanto isso, a direção de Justin Lin consegue entregar cenas satisfatórias de ação. Essas situações improváveis são levadas a tela das formas mais loucas, mas também mais agradáveis que se poderia. Com isso, mesmo podendo incomodar o fato de que nada daquilo seria palpável, ainda conseguimos nos divertir durante todas as sequências.
Outro ponto que agrada positivamente e que a franquia já demostrou que consegue fazer bem são os efeitos espécies. Portanto, as destruições em grande escala são um show a parte, com carros voando, explodindo, capotando e até mesmo indo para o espaço.
Mas, o que faz que “Velozes e Furiosos 9” seja elogiável mesmo diante de inúmeras falhas e absurdos roteiristicos e atuações que não vão além do trivial, é o fato de como o filme é autoconsciente de que beira ao trash. Assim, em inúmeros momentos o longa rir de si mesmo e está tudo bem porque é disso que o público fã dessa franquia gosta.
Por isso, se você espera que esse filme chegue para surpreender e corrigir erros antigos ou absurdos que a franquia sempre apresentou, desista. Nada aqui é pra ser levado a sério. A ideia aqui é ser louco ao quadrado, com muito fã service. Consequentemente, temos mais situações desses personagens queridos que possuem um público grande e cativo.
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