Em 1958, em meio ao pandemônio do mercado editorial, surgia, como uma miragem em meio ao caos da época, um dos mais aclamados prêmios da Literatura. O Prêmio Jabuti. Considerado como o Óscar literário, o Jabuti é uma das mais democráticas honrarias. Afinal, ele engloba – atualmente – 29 categorias, d’entre elas melhor Capa, Contos e Crônica, Ciências e Tecnologias, Biografia e etecetera.
“Mas porque Jabuti”? O nome é uma influência direta da época, no qual se bebia da mesma fonte do Modernismo e do Nacionalismo. Assim, com o nome de um animal típico da fauna brasileira, conseguiam homenagear tanto a cultura popular, como o ufanismo exacerbado daquele tempo. E matando dois coelhos de uma vez só, o jabuti era – e ainda é – considerado uma figura mítica, representante da longevidade, e da sabedoria.
Agora, comemorando sua 59º edição, o prêmio chega com novidades, honrando o nome e o modernismo da época em que foi criado. As categorias Histórias em Quadrinhos e Livro Brasileiro Publicado no Exterior vêm abrilhantar ainda mais esse enredo. E a Woo! Magazine fez questão de trazer um pouco desse show lindo para os nossos booklanders. Logo, confira abaixo, alguns nomes que fizeram história esse ano.
Melhor Adaptação
O já renomado autor de novelas Walcir Carrasco levou o primeiro lugar com a obra “Romeu e Julieta”. Sim, a do maior escritor/dramaturgo de todos os tempos, William Shaskepeare.
Melhor Biografia
Luis Bernardo Pericás ganhou com “Caio Prado Júnior: Uma Biografia Política”. O livro conta com uma extensa pesquisa sobre a vida política de Prado Júnior. Aborda temas com o marxismo nas Américas, sua intensa militância e e a ANL (Aliança Nacional Libertadora).
Melhor Poesia
Dessa vez, o prêmio foi para Simone Brantes, com “Quase Todas as Noites”. Com uma escrita desordenada e caótica, o título que dá nome a obra nasceu – literalmente – de um sonho da autora. Se trata de uma narrativa de múltiplas vozes e que mesclam o que é sonho e o que é realidade.
Melhor História em Quadrinhos
Quem deu vez a essa categoria estreante no Prêmio Jabuti, foi Gidalti Oliveira Moura Júnior, com “Castanha do Pará”. E o que mais chama atenção nesse caso, é que além de concorrer a uma categoria completamente nova, Moura Júnior não teve o afã de uma máster editora. Ele concorreu com uma publicação independente. E a obra conta a história de passagens vividas pelo próprio autor – que é mineiro, mas com coração paraense – em Belém. Lugar onde viveu muitos anos de sua vida.
Melhor Infantil
“Drufs” de Eva Furnari foi quem arrematou o prêmio nessa categoria. “Drufs” é um livro bem fofinho sobre histórias – nem todas tão interessantes assim – que os alunos da professora Rubi lhe contavam. A obra conta com ilustrações, o que é um chamariz para as crianças e sabe os dedinhos da capa? São da própria autora.
Melhor Juvenil
José Castello leva a melhor em “Dentro de Mim Ninguém Entra”. Um nome bem sugestivo para uma narrativa bem peculiar. Com muitas perguntas a si e aos leitores, o autor adentra no universo juvenil com muita força e garra.
Melhor Livro Brasileiro Publicado no Exterior
E quem levou a melhor? Raduan Nassar com “Um copo de Cólera” (A cup of rage). Essa obra é tão densa, tão cheia de pormenores, que nos faltam palavras para descrevê-la. Mas por sorte a Woo! antecipa tendências, e não é que já temos uma resenha desse livro maravilhoso. Quem quiser dar uma conferida, é só clicar aqui.
Então, gostaram?
Além das categorias citadas acima, existem outras que deram o que falar esse ano. Então se quiser conferir se o seu autor preferido entrou nessa lista, é só dar uma conferida no resultado completo, publicado pelo site oficial do Prêmio Jabuti.
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