“Ela Era Bonita” é nova adição ao catálogo de doramas da Netflix no primeiro bimestre de 2025
Expandindo o bem-sucedido catálogo de doramas da plataforma, a Netflix trouxe para 2025 “Ela Era Bonita”, já disponível com lançamentos semanais. A produção estreou em 2015 e chega uma década depois ao Brasil; veja nossa crítica abaixo.
Falta boa vontade
Será que é possível sustentar uma história em uma boa, mas batida, premissa? É nisso que “Ela Era Bonita” (ou “She Was Pretty”) tenta se agarrar. Kim Hye-jin (Hwang Jung-eun)já foi uma garota linda e popular, com o futuro promissor, a estrela de sua escola, contudo, no presente ela vive de emprego em emprego e se tornou um patinho feio de cabelo indômito.
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Milagres podem acontecer, e ela troca uma série de e-mails com um rapaz que foi sua primeira paixão em tempos de colegial, Ji Sung-jung. Outrora gordinho, desajeitado, e vítima de bullying, ela não esperava que o rapaz tivesse se tornado um colírio e, desesperada, pede para sua amiga e colega de quarto, Min Ha-ri, que a substitua num encontro, para preservar no rapaz as boas memórias.
Apesar de ser muito popular, o reencontro com Ha-ri é um tanto morno e vergonhoso, embora Song-jung demonstre ainda ter grande estima. No mesmo dia, um pouco mais triste, a moça volta para casa e descobre que conseguiu um emprego, o que procurava tinha um tempo. O destino a leva a ser transferida de departamento e, quem diria, seu chefe é ninguém menos que o rapaz que acabou de enganar; e agora?
Se essa história soou algo de estranhamente familiar é porque é mesmo. Embora a colombiana “Yo soy Betty, la fea” (1999) não tenha criado a roda (e a fórmula), é possível ver uma mesma toada de produções voltadas à temática, apelando mais para projeção e vinganças pessoais do que propor algo realmente novo e/ou interessante. Em tempos de ultraindividualismo, aparências, e redes sociais, isso parece ser a consequência lógica.
E, claro, replicação.
A produção até que tenta convencer com atores de peso, como o badalado Park Seo-jun — sucesso garantido onde quer que esteja e que, aliás, está um um tanto quanto apagado aqui; uma pena, culpa do roteiro — mas a mocinha sofrida e batalhadora não é uma personagem, mas uma pilha de estereótipos.
Como costumamos repetir em nossas críticas, não há nada de errado em recorrer a tropos, mas é uma pena quando não reste muita coisa para além deles, evidenciando que são apenas uma muleta para construção de uma história em linha de produção. O humor de “Ela Era Bonita” também não funciona tão bem com um público ocidental, para não mencionar o discurso em torno do cabelo da protagonista, e a crítica da série parece infantilizadamente didática.
Em outra análise, “Ela Era Bonita” é perfeitamente inofensivo e designado para o consumo: não se questiona sobre o mercado de trabalho ou padrões de beleza senão pela linha fútil e moralizante, delegando a responsabilidade aos indivíduos; todo ano são lançadas meia dúzia de cópias de LFMB com requintes de “O Conde de Monte Cristo” — “Lookism” (2014), e “Beleza Verdadeira” (2018), para dizer alguns — por que mais uma, então?
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Destaque positivo para o Choi Si-won, membro do Superjunior, que faz o papel mais interessante (que o protagonista) do segundo interesse de Hye-jin, e que poderia trazer lenha para queimar, mas optou-se pelo arroz e feijão. O que não é um crime, mas há uma coleção de histórias que vão entregar a premissa de forma mais desenvolta e interessante; falta traquejo de leitura de ambiente: não estamos mais em 2006.
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix

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