Na última quarta-feira (25), os atores e produtores do filme “TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva”, reuniram-se com jornalistas no Novotel em Botafogo para uma agradável coletiva de imprensa. À frente do grupo estava a atriz Tatá Werneck, protagonista do longa, acompanhada dos diretores e roteiristas Teodoro Poppovic e Paulinho Caruso, dos atores Daniel Furlan e Luis Lobianco e da produtora Bianca Villar, responsável pela Biônica Filmes.
O filme conta a história de Kika K. (Tatá Werneck), atriz que está passando por uma crise pessoal enquanto aparenta estar feliz para seus fãs. No meio disso tudo, ela ainda precisa lidar com sua empresária Carol (Vera Holtz), seu namorado ninfomaníaco Caio Astro (Bruno Gagliasso) e a obsessão de um fã, Felipão (Luis Lobianco).
Em meio a tanto caos Kika encontra Vladmir (Daniel Furlan), um funcionário de uma loja de discos e livros que a ajuda a encontrar as cinco letras da palavra que define felicidade, deixadas por Arthur (Pedro Wagner), seu ghost-writer, ou seja, o escritor contratado por Carol para escrever um livro como se fosse Kika, intitulado “1003 maneiras de ser feliz”.
Tatá Werneck e Teodoro Poppovic reafirmam a parceria de longa data que vem desde o Comédia MTV. Segundo Tatá, os dois queriam falar sobre as angústias do trabalho e também sobre TOC. Já Poppovic acha que o filme fala sobre felicidade, sobre ter tudo e ainda se sentir infeliz. Para a atriz, o filme foi além: a comediante não só se identifica em várias partes como reitera que toda a ideia da trama foi construída de acordo com a realidade.
Tatá falou também sobre a dificuldade que o cinema nacional brasileiro enfrenta em relação ao público.
“O diferencial é que o filme não tem necessidade de ser popular, já que conta uma história dramática com um “pé” no humor”, diz a atriz.
O produtor afirma que a comédia é uma forma de sobrevivência, sendo complementado por Werneck, que diz que a mesma ainda sofre várias críticas, inclusive de dentro do gênero. Para Paulinho Caruso, também produtor do filme, a comédia sempre foi vista como “menor”, tanto no meio nacional quanto internacional, mas ainda assim é o gênero que mais leva o público ao cinema.
Assédio dos fãs
O filme também trata do assédio dos fãs e até que ponto essa admiração deixa de ser saudável. Para a humorista, o público cobra que os atores e atrizes do gênero estejam bem-humorados quando, na verdade, eles também são seres humanos, como disse o ator Luis Lobianco. Os dois atores já passaram por situações inusitadas e, para Lobianco, esse assédio é diferente no meio virtual, já que a sociedade exige que hoje você esteja ou “muito feliz” ou “muito triste”, mas nunca “neutro”.
Representação do TOC
Questionada sobre a representação do TOC como um transtorno, Tatá diz que todos procuraram tratar o tema com respeito. Ela conta que tinha um amigo próximo com o transtorno e que, enquanto para quem via de fora a situação era cômica, para o indivíduo era muito triste, chegando a controlar a vida. De acordo com Werneck o filme não tenta, em nenhum momento, menosprezar quem possui o transtorno, mas sim mostrar como a vida de uma pessoa com TOC pode ser desgastante.
O produtor Paulinho Caruso comenta que em um primeiro momento o filme era só sobre o transtorno, na intenção de fazer humor com isso. Com o tempo, eles perceberam que estavam fazendo humor com algo sério e mudaram a trama, colocando o TOC como uma mera característica do personagem, mas que influencia no filme. Teodoro reforça ainda que não é de onde tiraram o humor.
Tatá Werneck não conhecia Daniel Furlan
A atriz conta que não conhecia seu parceiro de elenco, o ator Daniel Furlan. No começo, ela revela que não o queria no filme. Os produtores, então, mostraram uma cena do mesmo e, rapidamente, a humorista mudou de ideia.
Como se classificar o filme?
Tatá Werneck diz que o longa não tem gênero, mas que o público exige uma classificação. Para ela, TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva é um drama. Ela diz que o brasileiro vai ao cinema procurando uma comédia para “passar mal de tanto rir” e que, em vários momentos, pensou em dar seu “toque” para a personagem, mas viu que era uma característica mais da Tatá Werneck do que de Kika K.
Dificuldades na produção
Segundo os produtores, o mais difícil foi a agenda da protagonista. As cenas filmadas com a atriz Ingrid Guimarães foram feitas em um dia. As cenas com Tatá Werneck levaram 4 semanas e meia. A atriz comenta que assim que as gravações do filme terminaram, ela começou a gravar a novela Haja Coração. Para Paulinho Caruso, o mais engraçado era ver a atriz Vera Holtz improvisar com o elenco mais novo, como Werneck e Furlan, já que a cena em que Tatá contracena com Ingrid foi improvisada.
Agora fiquei com vontade de assistir kk
A crítica do filme sai amanhã, mas vale a pena a ida ao cinema sim.
muito bom o seu artigo
Obrigada, Janete 🙂