É muito comum a paixão por cães. Não é a toa que popularmente ele se chama “o melhor amigo do homem”. São animais domésticos, companheiros, carinhosos, que se tornam membros de muitas famílias. Normalmente, muitos donos os tratam como filhos, dando a eles muito amor e dedicação.
Já observando esse comportamento marcante da sociedade, o cinema muitas vezes trocou suas estrelas seres humanos por umas com mais pelos. Diversos filmes em que o cachorro é o personagem principal, ou essencial para o desenrolar da narrativa, são conhecidos, e outros ainda sendo e serão produzidos. Para você que é um daqueles que atravessa a rua para fazer carinho em um cachorrinho, com certeza esses filmes têm lugares especiais em seus corações.
Um dos mais recentes lançamentos sobre esse assunto foi “Quatro vidas de um cachorro”. Baseado no livro best-seller (que ficou 49 semanas na lista de mais lidos do New York Times), de mesmo nome, o longa metragem traz Bailey, um golden retriver como principal. No entanto, esta é apenas sua primeira vida. O cachorro morre e reencarna quatro vezes, em que cada uma delas ele continua a se perguntar “Qual é o sentido da vida?”. Embora tenha outros donos, nomes e aventuras em suas vidas seguidas, o sonho de Bailey é reencontrar seu primeiro dono, Ethan (KJ Apa e Dennis Quaid). Ao longo do filme, acompanhamos as vidas desse cachorrinho com a narração dele mesmo.
O filme promete e cumpre trazer muitas lágrimas, seja durante as vidas que ele vive ou quando ele falece. Quase impossível se segurar, não é? Mas, além de toda emoção que o filme faz brotar dentro de nós, Bailey nos faz pensar sobre nossas próprias vidas. A importância dela, nossas ações, as pessoas ao nosso redor e como pequenas coisas podem trazer muita felicidade (como uma bola de futebol americano velha, que é a favorita de Bailey).
Vale lembrar que a produção do filme foi acusada de maus tratos aos animais do elenco, principalmente após o vazamento de um vídeo do set de filmagem no qual um cachorro era submetido a um momento de risco e quase se afogava. Isto provocou um grande boicote ao lançamento do longa, o que diminuiu muito o público nas salas de cinema.
No entanto, após análise de todo o caso, a Organização de defesa dos animais, American Humane, constatou que o vídeo foi manipulado. A organização afirma que nenhum animal foi ferido durante as filmagens, e que para qualquer situação adversa, medidas preventivas estavam em ordem para garantir a diminuição de problemas e proteção aos animais. Além disso, estavam presentes nos sets de todas as filmagens outros cinco especialistas em saúde animal.
O caso foi importante para o próprio público, pois mostra que devemos saber sobre aquilo que assistimos, e pesquisar. Como os casos de violência contra os bichinhos, por exemplo, podem e devem ser evitados, para que o nosso entretenimento não esteja pautado no sofrimento alheio.
Um detalhe importante da produção é o diretor de “Quatros vidas de uma cachorro”, Lasse Hallström. O sueco já está ficando conhecido como um arrancador de lágrimas do público. Isto porquê ele também foi diretor do emocionante “Sempre ao seu lado”.
“Sempre ao seu lado” levou e leva muitos a se emocionar. Considerado até como um dos melhores filmes caninos da atualidade. O grande responsável pelo enorme afeto a produção é Hachi, o cão akita, personagem também principal da história. Ainda filhote, é encontrado na estação de trem por Parker Wilson (Richard Gere). A afeição entre a dupla se torna muito forte, tanto que Hachi acompanha e busca Parker na estação de trem todos os dias, ao voltar do trabalho. A reviravolta do filme mexe com qualquer um que o assista.
A história de Hachi é baseada em um acontecimento real. Com o verdadeiro nome de Hachiko, nascido no Japão em 1923, foi adotado pelo Dr. Eisaburo Ueno. De acordo com a tradição japonesa, os akitas são especiais pois são fiéis e “escolhem” o seu dono. A história dos dois virou um artigo de jornal, publicado pelos principais jornais do país em 1932. O relato ficou extremante popular e hoje é símbolo de amor incondicional para os japoneses. Em 1934, Hachiko ganhou uma estátua de bronze na estação de Shibuya, onde esperava todos os dias por seu dono.
Diferente de Bailey, não ouvimos Hachi, durante o filme, conversar com o público e narrar a história. É um cachorro como estamos acostumados. Mesmo assim, ambos os filmes com suas formas diferentes despertam no espectador grande empatia aos animais.
São clichês sim, mas, às vezes, é bom assistirmos esse tipo também. Eles fazem com que expressamos nossos sentimentos de forma verdadeira e simples. A lista de produções assim é gigantesca, com cachorros e outros animais. Além (claro) das diversas animações que marcaram a vida de muitas pessoas, esses bichinhos desenhados que são os queridinhos de muitos. É uma boa dica fazer uma sessão pipoca em casa com alguns filminhos assim, e uns lencinhos ao lado podem ajudar.
Por Gabi Fischer
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