Amigos, tive o prazer de entrevistar Edinho Santa Cruz, a quem admiro muito por seu trabalho. Autor e intérprete de diversos temas que fizeram parte de trilhas sonoras de telenovelas da Rede Globo e produtor musical à frente de sua banda no programa Domingão do Faustão, Edinho lançou um projeto totalmente diferente em sua carreira. Traz a público um projeto autoral instrumental para comemorar seus 54 anos de carreira. Para que vocês possam também conhecer um pouco mais sobre ele e sobre seu novo projeto fiz algumas perguntas em nome da Woo! Magazine.
Gustavo – Como surgiu a ideia do projeto?
Durante esses 54 anos de carreira, compus muitas canções que eu ainda não havia mostrado para o público antes. E eu sempre tive o sonho de realizar um grande concerto. Com o incentivo da minha família e dos meus amigos, finalmente resolvi reunir algumas delas e idealizar o projeto “Jogo do Silêncio”.
Gustavo – Qual a origem do título “Jogo do Silêncio”?
O título “Jogo do Silêncio” surgiu justamente pela idéia de quebrar o “silêncio” de todos esses anos e mostrar ao público algumas das minhas composições que representam momentos muito significativos de minha vida.
Gustavo – Jogo do Silêncio é anunciado como algo diferente de tudo que foi feito por você até agora. Qual seria a grande novidade do novo trabalho para quem o acompanha desde o início da carreira? O que destacaria como especial?
“Jogo do Silêncio” é um trabalho autoral, autobiográfico e instrumental. Nele, eu conto um pouco da minha história e apresento composições em homenagem a pessoas, lugares e momentos especiais da minha trajetória. Gravado e apresentado com grande Orquestra e com um repertório diferenciado, posso dizer que esse projeto foi uma mistura muito feliz do popular com o erudito.
Gustavo – Por que comemorar justo 54 anos de carreira enquanto outros comemoram 40, 50 ou 60?
Na realidade, só agora, com 54 anos de carreira, que fui concretizar o meu sonho. E por ser tão especial, ele merecia ser comemorado.Gustavo – A gravação do DVD foi feita com a participação da Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Agora no Rio, você estará acompanhado da Orquestra Sinfônica Cesgranrio. O que significa para você a experiência de se apresentar com músicos, em sua maioria, mais jovens?
É uma experiência fantástica. Não poderia ser mais gratificante. Quando idealizei “Jogo do Silêncio”, mais do que apresentar minhas composições instrumentais, eu queria também mostrar ao público o poder transformador da música. E foi por isso que eu escolhi, com muito carinho, a Orquestra Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli, para a gravação e lançamento do DVD em São Paulo. No Rio de Janeiro, eu escolhi para se apresentar ao meu lado a Orquestra Sinfônica Cesgranrio, da Fundação Cesgranrio. Esses jovens músicos são a maior prova de que a música transforma a vida de crianças e jovens, assim como transformou a minha 54 anos atrás. Basta ter incentivo e oportunidade.
Gustavo – É um objetivo do projeto passar um pouco da sua experiência para esses jovens? Qual dica você daria para quem deseja seguir essa profissão?
Sem dúvidas, se eu conseguir incentivar algum jovem a seguir essa profissão maravilhosa, será uma satisfação enorme. Tenho visto muitas crianças assistindo aos concertos e as reações têm sido surpreendentes. Meus próprios netinhos gêmeos de apenas um ano e sete meses são apaixonados pelas músicas. Eu acredito que elas acalmam e fazem bem para a alma. Meu conselho para quem deseja seguir na profissão de músico é para persistir e acreditar nos seus sonhos. Poder trabalhar com o que amamos é uma dádiva de Deus.
Gustavo – Você tendo passado por diversos estilos musicais, como você definiria hoje o Edinho Santa Cruz?
Por ter vivenciado a transformação da música por mais de 6 decadas, eu definiria o Edinho Santa Cruz como um músico versatil, apaixonado pelo que faz e completamente realizado. Esse projeto me define exatamente como sou.
Gustavo – Em qual área você se sente mais realizado: como compositor, cantor ou instrumentista?
Difícil dizer. O palco é o meu templo e não me vejo fora dele. Mas também amo ter meus momentos de inspiração e ir ao piano ou ao violão para compôr. Acredito que tudo se complementa.
Gustavo – Qual a sua expectativa em relação ao público carioca? Ele é receptivo a novos projetos, inclusive os instrumentais?
Minha expectativa é que o espetáculo seja tão maravilhoso como os outros. Acredito que cada cidade tem suas particularidades, mas eu espero que a minha música também toque o coração do público carioca. Inclusive, no concerto, eu toco uma música que compus em homenagem ao Rio de Janeiro numa época em que vivi aqui com a minha família. Guardo lembranças maravilhosas desta cidade que me acolheu com muito carinho e me inspirou muito. Aqui compus também alguns temas de novelas. Sem dúvidas, o Rio faz parte da minha história.
Gustavo – O público certamente irá se emocionar. E para você, como é, depois de uma longa estrada, subir ao palco mais uma vez?
É engraçado dizer isso, mas sempre quando subo ao palco é como se eu estivesse subindo pela primeira vez. A emoção e a energia tomam conta de mim. É por isso que eu considero o palco como um lugar sagrado. Um verdadeiro portal de emoções.
https://youtu.be/NAhpxOv872c
Por Gustavo Sanna
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.