Espetáculos que viraram filmes

Não é difícil vermos produções teatrais que buscaram nos filmes ideias para projetos sensacionais. Todavia, o contrário também é bastante comum.

Uma grande produção, feita para o teatro nem sempre tem o objetivo de virar um filme. Mas, em alguns casos, o roteiro é tão completo que pede uma produção cinematográfica e logo viram sucesso também nas ‘telonas’.

Veja alguns espetáculo de teatro que inspiraram filmes de sucessos.

• “Os Homens são de Marte… E é pra lá que eu vou”

Vista por 1,5 milhão de espectadores ao longo de oito anos, a montagem teatral “Os Homens São de Marte… E É pra Lá que Eu Vou” virou filme nas mãos do diretor Marcus Baldini (de Bruna Surfistinha). A comédia, foi uma das grandes apostas da distribuidora Downtown (parceira da Globo Filmes).

Mônica Martelli, a protagonista da peça, interpreta o mesmo papel na tela grande: uma mulher de 39 anos que organiza casamentos e que, ironicamente, é solteira. O que não significa que ela não tenha fé no amor – muito pelo contrário.

•  “ A Frente Fria Que a Chuva Traz”

Jovens milionários adoram festas e fazem questão de ostentar o que têm. Eles resolvem alugar uma laje na favela do Vidigal e contratam um pagodeiro para animar as baladas, regadas à muita bebida, droga, luxúria libertinagem.

A peça de Mário Bortolotto virou filme do mesmo nome em 2016. A atriz Bruna Linzmeyer perdeu 10kg para viver uma prostituta e as filmagens foram realizadas no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro.

• “Qualquer Gato Vira-Lata Tem uma Vida Sexual Mais Sadia que a Nossa”

No espetáculo, Tati busca aventuras em nome do amor. Ela e o professor de biologia Conrado estão mais apaixonados do que nunca. Na espreita do casal está o ex de Tati, Marcelo, pronto para seguir atrapalhando esse romance.
O filme ” Qualquer Gato Vira-Lata” de 2014, de Roberto Santucci, foi baseado na peça de Juca de Oliveira.

• “Minha Mãe é uma Peça”

O filme “Minha Mão é um Peça – O Filme” é a adaptação da peça teatral “Minha Mãe é uma Peça”, escrita e estrelada por Paulo Gustavo, que já levou quase um milhão de espectadores aos teatros pelo Brasil.

O espetáculo de Paulo Gustavo, que é um monólogo, conta as peripécias de Dona Hermínia (Paulo Gustavo), uma mulher de meia idade, aposentada, que após ser trocada pelo marido por uma mulher mais nova e não ter mais que cuidar dos filhos já crescidos, tem como preocupação maior procurar o que fazer.

Sem um trabalho ou um companheiro, a nada simpática Dona Hermínia passa seu tempo desabafando com a tia idosa, fugindo da vizinha fofoqueira, ou “enchendo o saco” dos filhos ao tentar continuar a “cuidar” da vida deles.

• “Orfeu da Conceição”

O filme “Orfeu” de 1999, é baseado na peça Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes.
O músico Orfeu faz um grande sucesso como letrista de escola de samba.

Sua vida começa a ganhar novos tons quando ele conhece uma nova moradora da favela, Eurídice, por quem se apaixona.

Mas se depender do traficante Lucinho, esse romance está com os dias contados.

• “No Retrovisor”

Os amigos Ney e Marcos viveram a efervescência cultural dos anos 1980, frequentando o primeiro show do Legião Urbana e o espetáculo do grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone.

Os dois sofrem um acidente de carro. Ney fica cego e a amizade termina. Hoje, Ney é um cantor de brega famoso e Marcos é um bancário frustrado.

Bebel, mulher de Marcos e que conhece Ney desde aquela época, é quem promove o reencontro dos dois.

Eles percebem que mesmo tendo tomado rumos tão diferentes, a essência continua a mesma.

O filme “Depois de Tudo” é adaptação da peça de Marcelo Rubens Paiva, que escreveu em apenas quatro dias. Otávio Müller e Marcelo Serrado foram os protagonistas da peça.

Podemos verificar vários outros espetáculos que inspiraram filmes, nem sempre mantiveram o mesmo nome. Podemos  destacar várias obras do mestre Nelson Rodrigues, que fizeram sucesso tanto no teatro quanto no cinema, como O Beijo no Asfalto, e vários outros como Lisbela e o Prisioneiro, O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.

No mundo das artes tudo pode inspirar e servir de inspiração como livros, filmes, peças de teatro, exposições etc.

A arte move o mundo.

Por André Lamare